Não Transo com Crianças

1567 Words
( Evelyn narrando ) Me chamo Evelyn Walker, tenho 17 anos e moro com a minha mãe. Me sinto diferente das outras garotas da minha idade, com desejos diferentes. Gosto de homens mais velhos, de beber e de me drogar. Tive que me esconder por muito tempo, apenas para ser aceita ou para que não me achassem estranha, mas finalmente encontrei um lugar que posso ser eu mesma, que posso me mostrar, saciar minhas obscenas vontades; The Doll House, uma das boates da minha cidade. - O que está fazendo aí sentada, Ev? Vamos aproveitar a noite! - Katy, uma das garotas que trabalha na boate, vem me chamar. Apenas sorrio com um cigarro entres os lábios. - Estou analisando as minhas opções. - solto um sorriso para ela e a mesma revira os olhos, rindo também. - Veja o que tem o carro mais caro e diga que o ama, nós não procuramos beleza. - ela diz e sai. E mais uma vez eu não ligo. Sou o que sou. Claro que eu adorava quando os mais ricos me davam presentes, mas o dinheiro nunca me levou à loucura. Um g***o de homens entra rindo dentro da boate e logo meus olhos felinos focam em um. O escolhido desta noite. Vou até o bar e peço uma dose de vodka. Ele está na minha frente, distraído, sorrindo com os amigos e ao mesmo tempo observando tudo ao redor. Tomo a bebida que desce rasgando pela minha garganta. Encaro-o, esperando o mesmo me notar ali na sua frente, apenas separados por uma passarela onde garotas dançavam, e ele logo me percebe. Sustenta o olhar por um tempo, curioso, e depois volta a conversar com os amigos. - Parece que minha Lolita preferida já achou a sua vítima. - Sara coloca o braço ao redor do meu pescoço. - Ele é bonito e quente. - ela debocha no meu ouvido, rindo. - Sim, ele é. - digo, o saboreando com os olhos. - E vai ser todinho meu. Digo isso e saio andando, pronta para atacar. Deixo Sara lá sorrindo que nem boba, ela adora o meu jeito convencido. Me aproximo e passo arrastando meu corpo no dele. - Me desculpe, está um pouco apertado aqui. - digo, focando uma hora nos seus olhos e na outra em sua boca. - Tudo bem. - ele sorrir, meio desnorteado. Ah, como eu o queria dentro de mim agora... Os amigos dele me percebem ali e começam a brincar, dizendo que ele tinha me ganhado. Solto um sorriso e volto para o bar. - Ele é certinho. - comento com a Sara assim que chego perto dela. - São os piores. - ela diz. - Meu interesse por ele só está aumentando. Por que ele não está me procurando? Qualquer homem já estaria instigado. Quando ele se afasta do g***o de amigos para provavelmente ir ao banheiro vou atrás. Não deixo ele nem ao menos entrar e o jogo contra a parede. - Não gosto de ser ignorada. - falo perto do seu rosto. O seu bigode o deixava charmoso e sério. - Eu sinto muito, senhorita, mas estou aqui apenas para a despedida de solteiro do meu amigo. - ele fala me olhando nos olhos. Gosto disso. - A festa é dele, mas você também pode ganhar um presente. - aproximo meu corpo do dele. Ele sorrir olhando pro chão. - Eu sou casado. - ele me mostra a aliança. - Eu juro que não conto nada para ela. - sussurro no seu ouvido e aproveita para dar uma leve mordida. - Venha. - puxo-o pela mão, sorrindo, ele me acompanha. Levo-o para a parte de cima, a parte dos quartos, e me tranco em um deles. Deito-me na cama de bruço, empinando minha b***a na direção dele, que está em pé na beira da cama. - Você é muito nova para estar nesse lugar, menina. - ele comenta, sério. Ele só pode está de brincadeira comigo. - Pare de falar bobagem e transe comigo. - digo. Escuto-o sorrir. - Não transo com crianças. - ele rebate. - Não quero te machucar. - Talvez eu goste de ser machucada. - me levanto e vou engatinhando até ele. Me sento na sua frente. - Eu posso ser o seu bebê esta noite. - pego sua mão e a passo no meu rosto e vou descendo até um dos meus s***s. - Faça o que quiser comigo. Quando vejo que ele está enfeitiçado pela sensação vou me deitando na cama e o arrasto junto comigo. Fecho meus olhos ao sentir seu peso em cima de mim. É delicioso. Estou molhada por sentir sua ereção contra a minha coxa. Ele beija meu pescoço e vai até o meu ouvido; - Eu não transo com crianças. Vá para casa. - fala isso e levanta, destrancando a porta do quarto e indo embora. Fico parada, chocada. Qual era o problema dele? Não acredito que me deixou aqui assim. É um i****a mesmo. Encaro a porta por uns minutos e quando percebo que ele realmente não vai voltar jogo minha cabeça para trás e bufo, olhando para o teto. Certo, é a primeira vez que um homem me n**a desse jeito, não é nada grave, eu posso superar isso. Vou ao banheiro e me ajeito. Aquele i*****l não iria estragar a minha noite ou ficar na minha cabeça. Ele só é bonito, e tem melhores do que ele. Volto para o bar e a Sara fica confusa ao me vê ali, tão cedo. - Ele foi rápido, hein? - ela debocha. - Ele não fez nada comigo. Disse que não transa com crianças e saiu do quarto, dá para acreditar? - reclamo, balançando a cabeça em negação. O vejo se despedindo dos amigos e antes de ir embora ele me olha, sorrir de lado, quase um sorriso doce, e sai. - Princesa, eu já estou indo embora, você vem? - Lucas, meu amigo que trabalha aqui na boate, pergunta, parando na minha frente, me tirando do transe. - Claro. Hoje à noite não está sendo boa comigo mesmo. Falo com todo mundo e vou com o Lucas. Ele sempre me dava carona, já que morávamos perto. Lucas foi o meu primeiro namorado, o meu primeiro em tudo. Sim, ele havia tirado minha virgindade, apesar de eu nunca ter o amado. Mas sempre fomos amigos e eu não confiava em ninguém além dele para fazer isso. Mas como vocês já devem ter notado, eu não sou boa, sou um problema, sempre causo um inferno. Sou perdida e problemática, uma eterna criança maliciosa. Lucas é maduro, seguro, precisa de uma mulher ao seu lado, ele não tem tempo para minhas infantilidades, como o mesmo já disse uma vez. Estávamos aqui, na frente da minha casa, dentro do carro dele, fumando. - Que cara é essa? Geralmente fica com essa expressão quando não consegue o que quer. - ele comenta. - Um i****a apareceu no meu caminho só para estragar a minha noite. - digo, cuspindo as palavras. Não entendo porque estou tão irritada. - E daí? Aquele lugar é repleto de gente i****a, pensei que já tinha percebido isso. - Mas ele me fez desejá-lo, agora tudo o que eu consigo pensar é nisso. - confesso. Escuto-o rindo. O olho indignada. - Está rindo de mim? - O coroa te colocou na palma da mão, não foi? - ele rir mais ainda e isso me irrita. Saio do carro e bato a porta com força. - Qual é! Só estou brincando! - continuo a andar, ignorando-o. - Não me diga que está naqueles dias! - me viro e dou dedo pra ele, o fazendo cair na gargalhada. Entro dentro de casa e procuro não fazer barulho. Está de madrugada e a mamãe está dormindo. Como alguma coisa, tomo um banho e capoto na cama. [...] Acordo cedo para ir à escola, como sempre. É segunda-feira, dia do estresse. Eu havia sonhado com olhos azuis, cabelo grisalho e bigode. Maldito seja! Tomo banho, coloco o uniforme e desço para tomar café. A mamãe já estava lá. - Bom dia! - beijo sua bochecha. - Oi, linda. - ela sorrir. Minha adorável mãe, meu único e verdadeiro amor. - Já acharam um professor de matemática substituto? - Eu não sei, mas provavelmente sim. - digo colocando geleia na minha torrada. - Só espero que não seja outro que não ligue para nada. [...] Chego atrasada na escola e assim que a Sara me vê sai me arrastando para irmos para a sala. Sim, é a mesma Sara de ontem na boate. - Tá vendo? Não precisava se desesperar. O professor ainda nem chegou. - digo quando estávamos nos sentando nos nossos acentos. O diretor entra na sala, provavelmente para dar algum aviso, e todos se sentam e se calam. - Bom dia, classe! - todo mundo o responde junto. - Como vocês já sabem, o professor Carlos saiu da escola, por motivos claros. - sim, ele vivia bêbado e agrediu um aluno. - Então, quero apresentar o novo professor de vocês, o Sr. David Tyler. E quando ele entrou na sala meu cérebro entrou em pânico. Era ele! O cara da boate, o que me rejeitou, o que eu não conseguir parar de pensar desde então! Quando seus olhos encontraram os meus havia um pouco de espanto e humor.
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