Theodore Glass
Depois do grandioso sucesso que foi o assalto a uma das lojas mais caras da cidade, nossa gangue já estava em vários lugares da internet. E isso era até divertido, pois inventam coisas sem sentido sobre nós. Teve um site, uma vez, que falou que nós éramos pagos para fazer isso, falaram que no grupo havia mais de 30 pessoas. Chegaram a falar que já machucamos alguma pessoa. E isso nunca aconteceu. Posso ser o mais errado possível, mas nunca machucaria uma pessoa. Tirando Samuel Wallker e Nate Maslok. Eles dois são meus rivais, e a dupla de traficantes e assaltantes mais conhecida (Conhecida concorda com dupla) de Los Angeles. Já fomos todos amigos, mas depois de algumas discussões na gangue, entre eu e Sammy, fizeram-o sair, e levar Nate, seu melhor amigo junto. Até hoje quando nos encontramos, tudo é questão de discussão e briga. E já saímos na mão algumas vezes; na maioria, ele que se machucou mais.
Passamos em casa para trocarmos de roupa e guardamos nossos pertences. Em menos de quarenta minutos já estávamos divididos dentro de dois carros a caminho da boate, a qual, Nick havia conseguido várias pulseiras VIPs para que todos nós aproveitássemos a noite.
— Hoje eu preciso f***r! — falo, passando a mão por meu cabelo, enquanto olhavame no retrovisor do carro que Nick dirigia.
Estava, eu e Nick na frente, Arthur, Marco, Hayes, Sandra e Castiel nos bancos de trás.
— Arranjarei uma deliciosa pra você, bro! — fala Marco, enquanto Sandra ria escandalosamente.
— Smith, seu gosto para mulheres é estranhos, assim como você. — responde
Sandra, segurando o riso.
— Eu quero escolher a minha vítima da noite. Ou talvez... Vítimas! — digo.
— Meu garoto! — Nick soca meu ombro rindo. — Olha aquelas três delícias atravessando a rua! — fala apontando para três garotas, duas morenas vestidas de preto, e uma loira maravilhosa vestida de vermelho escuro.
— Essa loira tem uma bunda... — diz Arthur, mordendo o lábio inferior.
— Respeita, Banks. — Marco responde rindo alto, como sempre.
— O nome dela é Alexis Luppin, e ela é a terceira garota mais jovem bilionária dos
Estados Unidos. — fala Hayes mexendo em seu celular.
— Adorei essa garota. — Nick ri — Bilionária, linda e gostosa.
Ele estaciona o carro e logo saímos dele, nos encontrando com os outros.
— Vocês viram as gostosas que acabaram de entrar na boate? — fala Wang.
— São riquinhas, e riquinhas são sinônimos de patricinhas. — respondo caminhando até a entrada da boate, indo direto para o portão onde encontrava-se o segurança.
— A Alexis Luppin? — pergunta Hayes irônico. — Aquela garota tem quase vinte anos e é dona de cinco gravadoras ao redor do mundo! Tem entrevistas de caras que já transaram com ela ao redor do mundo, e todos eles falam que ela é uma v***a na cama.
— Já sei quem será o meu alvo essa noite! — fala Nick com um sorriso cafajeste.
Rimos e mostramos nossos documentos para o segurança, logo entramos no
enorme local iluminado por várias cores coloridas.
O cheiro de bebida estava impregnado no lugar. Muitas mulheres bêbadas estavam passando por nós. Mas apenas uma me chamou atenção. E era aquela loirinha de minutos atrás. Ela tinha uma coisa diferente. E essa coisa me deixa curioso por ela.
— Vou ali, já volto! — fala Hayes andando até as três mulheres de antes.
— Seu irmão tem dezoito anos e as vezes é mais cachorro que eu. — diz Arthur.
— Arthur, você é um ursinho. Todo mundo é mais cachorro que você. — rio.
Nicolas nos puxa até o canto VIP, onde encontramos duas pessoas que eu não
queria ter visto hoje. Não hoje.
Samuel Wallker e Nate Maslok.
— Ora, ora, se não é a gangue mais procurada e nunca pega de Los Angeles. — fala Sammy com o tom debochado.
— Não irei estragar o meu dia por sua causa, Samuel. — falo, apoiando-me no balcão do bar, Wallker me olha da cabeça aos pés e ri irônico, logo sai andando atrás de alguma coitada.
Fico observando as garotas sóbrias que passavam ao meu redor. Tudo bem que as bêbadas são mais fáceis, mas adoro desafios.
— Hayes está se pegando com uma garota. Wang está trocando uma ideia com aquela morena maravilhosa ali. Os outros foram arranjar alguém. Então sobra eu e você, bro. — Nick toca em meu ombro. — O que vai querer hoje? Novinha? Mais velha? Loira, ruiva ou morena? Bêbada ou sóbria?
— Nick, eu sei o que está querendo fazer. E eu agradeço por tudo o que está fazendo por mim, mas eu sei escolher a garota da noite, sei escolher muito bem. — digo sincero e rio no final. — Está tudo bem cara, sério!
Nick não fala nada, apenas assente e pede algum shot de bebida no bar, enquanto eu continuo observando aquela loirinha dançar. Ela tinha alguma coisa que me atraía. Como um beija flor era atraído por uma flor. E quando eu finalmente crio coragem de ir até ela, uma pessoa chega antes de mim. Samuel me empaca até nisso, filho da p**a. De longe, continuo observando aquela cena, até que percebi que a garota não o queria, porém ele continuava insistindo.
Não entendo esse tipo de cara, que percebe que a garota não o quer, mas continua insistindo. Isso é realmente ridículo. Existem mais garotas por aí.
Vi que a coisa ficou séria, quando a garota ficou desesperada, e Samuel a apertava, brutalmente. Dei alguns passos em suas direções, mas Hayes e a garota a qual ele estava pegando tomam conta da situação. A morena leva a loirinha para outro canto e eu me direciono para onde Hayes estava segurando Wallker.
— Você é desprezível, Sammy... — o Greenback mais novo dizia, até eu aparecer e o atrapalhar.
— Hayes, eu assumo daqui. — digo sério, tocando em seu ombro. Ele rapidamente solta nosso inimigo e eu coloco-me em seu lugar, segurando-o pelo colarinho da blusa. — Se eu te ver fazendo aquela mesma coisa com outra garota, eu acabo com a sua raça e com esse rostinho bonitinho que você acha que tem, seu babaca.
— Acha que me dá medo, Glass? — ri sarcástico. — Já fui um de seus melhores amigos. Conheço todos os seus pontos fracos, seus medos.
— Assim como eu conheço os seus. E melhor, os de Nate, seus pais e seus irmãos, Ben, Annie e Emily, certo? — falo rígido, vendo o sorriso de Samuel desaparecer e ele engolir em seco. — Imagine um garoto qualquer fazendo aquilo, que você fez e pretendia fazer com aquela garota, fazendo com as suas irmãs! Reflita, Sam. E está avisado... — solto sua camiseta. — Se eu te ver assediando e machucando uma garota, eu acabo com você.
Saio de perto daquele ser desprezível e volto para o meu canto de antes. Agora me caiu a vontade de tomar uma bebida. Pedi um Jack Daniels. Quando peguei o copo, virei-o de uma vez só em minha boca, já sentindo minha garganta queimar, porém era tão bom.
Depois de mais algumas doses, ando animadamente para a pista de dança, a procura de minha garota da noite.
Depois de tanto rodar o local, encontrei a perfeita. Alta, ruiva, sorriso encantador, cara de safada e uma b***a daquelas que de tanto eu bater vai ficar vermelha.
Ando até ela, e colado em suas costas, começo a soltar minhas cantadas baratas, que faziam todas as garotas caírem. Meus lábios percorreram seu pescoço. E minhas mãos foram para sua cintura, trazendo-a mais pra mim.
Em poucos minutos já estávamos num quarto, tirando a roupa um do outro, suando e gemendo loucamente.
ღღღ
Acordo com meu celular tocando. Olho para os lados, tentando me lembrar do que havia acontecido. Encontro uma ruiva dormindo ao meu lado, totalmente nua. Lembro-me rapidamente ao vê-la e sorrio maliciosamente. Levanto-me e procuro minha cueca. Pego o meu celular e vejo vinte chamadas perdidas de Marco e Nick. Bufo e me arrumo rapidamente, deixando a garota lá, dormindo calmamente. Talvez ela nem se lembre da nossa noite selvagem, pois ela estava muito chapada.
Desço as escadas e já dou de cara com Arthur.
— p***a, Glass! Estamos te procurando há uma hora! — fala.
— Eu estava transando, seus puto. — falo, seguindo Arthur que andava em direção aos outros.
— Apareceu, querida? — zoa Troye com a voz afinada.
— Não foi porque vocês não tiveram a mesma sorte que eu, que tenho que aturar vocês de mau humor. — respondo entrando no carro.
— Eu peguei o número de uma gatinha! — fala Wang.
— Eu também, okay? — Hayes levanta os braços.
— Todos nós pegamos alguém hoje, Glass. — Marco comenta.
— Exato, pegaram. Não comeram.
Todos se calam rapidamente e entram em seus respectivos carros.
Ganhei, novamente.
O caminho de casa foi estressante, pois Jack Bailey trocou de lugar com Hayes, e o pequeno Greenback falou o percurso inteiro sobre a tal garota chamada Violet que ele ficou essa noite.
Chegamos em casa, fui o primeiro a sair do carro, mas assim que entrei dentro de casa, Marco me para com tudo, com seu celular em mãos e um sorriso no rosto.
— Uma garota, aparentemente rica para um senhor do c*****o, ninfomaníaca com certeza, está procurando um cara para t*****r com ela quando ela quiser e precisar. E ela irá pagar por isso. — fala e todos os garotos se animam.
— Tem foto? — pergunto ao mesmo tempo que Nick e ele n**a.
— Mas podemos marcar o encontro de um de nós com essa garota e vemos se vale a pena ou não! — propõe.
E depois de muita discussão, gritaria e briga. Eu decidi que eu seria o cara.
— É sempre o Glass que fica com a melhor parte! — Castiel resmunga.
— Ela não ia querer você nem se tivesse sessenta anos e precisasse muito de sexo.
— brinco, sentando-me em minha cadeira de couro.
— Então, jovem Glass, o plano é simples! — diz Nick.
— Já marcamos o encontro de vocês amanhã. Será na casa dela, às seis horas porque ela tem compromisso. Se valer a pena, beleza. E com valer a pena, quero dizer a casa, e o seu salário. Você faz o que a garota quiser, transa com ela e o que ninfomaníacas fazem…
— Mas como você sabe que ela é ninfomaníaca, Marco? — Arthur questiona.
— Uma garota qualquer não faria essa loucura! — responde como se fosse óbvio. — Continuando... Você vai receber o salário e tentará sempre que for possível roubar algumas coisas dela. Descubra se ela tem dinheiro guardado em casa, jóias e essas coisas que nos dão grana. E aí, topa?
— Ainda tem dúvidas disso?
ღღღ
18:00p.m
Arrumo-me apresentavelmente para a minha provável futura chefe. Calço uma calça preta, folgada nas coxas e com uns simples rasgos no joelho; um vans preto e uma blusa lisa branca.
Marco e os Jack's me deixaram na frente de sua casa — ou já podemos dizer mansão? — na hora certa combinada. Subo as escadas até a grande porta branca daquelas de rico, sabe?
Toco a campainha e em alguns segundos, a garota abre a porta.
Era a garota da boate, p**a que pariu. Eu aceito com certeza ser seu empregado s****l.
“Você pode ter isso se você quiser Ter, ter se você quiser
Disse que você pode ter se você quiser
Pegue a minha carteira agora, se você quiser…
Estas joias de ouro brilhando tanto
Morangos e champanhe no gelo
Sorte sua que é disso que eu gosto, é disso que eu gosto…” — That’s What I Like, Bruno Mars.