* Marcos *
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- Se eu fosse você Marcos, tiraria prova disso e saberia quem está fazendo essas ameaças contra você! - Guilherme fala.
- Você sabe muito bem de quem se trata isso tudo! - falo.
- Você vai deixar essas pessoas te atormentarem até quando? - pergunta.
- Se eu soubesse que tudo que eu fiz viraria nisso agora, eu jamais faria! - falo.
- Marcos está na hora de você contar para a Anastácia sobre o que você faz e sobre sua vida! - fala.
- Guilherme eu não posso, Anastácia está esperando meus filhos e eu não posso contar isso a ela agora, pela sua segurança! - falo.
- Segurança? - Se ele descobrir que ela está grávida ele vai matar ela e você também, a segurança da Anastácia ficará melhor se você contar a ela sobre tudo! - fala.
Bufo frustado.
- Eu não posso! - falo - Eu cuidarei da Anastácia como a minha vida! - falo saindo da sala.
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Meus dias com a Anastácia estão mais calmos, a cada dia que passa o barrigão dela aumenta, a coitada já não aguenta mais.
Sentir meus filhos chutarem e a melhor parte do meu dia, eles me dão vida.
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- Marcos o que é isso? - Pode me dizer o que são essas armas? - Anastácia invadiu minha sala e achou minhas armas guardadas.
- Isso não é da sua conta! - falo pegando as armas das mãos dela e guardando.
- Marcos você pode me explicar? - ela fala gritando.
- Você não tem que saber de nada, então saia! - falo ríspido.
- Marcos eu quero saber agora! - pede gritando em minha face.
- Escuta aqui, eu não te devo nenhuma explicação da minha vida, você está aqui só porque está esperando meus filhos, mas não é por isso que eu sou obrigada a abrir a minha vida particular para você Anastácia! - falo gritando.
- Eu não estou aqui porque eu quero e sim, forçada por voce! - fala gritando.
- Saia daqui Anastácia, AGORA! - grito.
Anastácia caminha em minha direção e olha nos fundos dos meus olhos.
- Eu odeio você, desejo que você morra! - ela fala e sai da minha sala.
- p***a!!!!!!! - grito.
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Minha mansão foi invadida pelos russos, a meses que eles me ameaçam por conta de algumas coisas que aconteceram em meu passado, que jamais serão esquecidas por mim e por eles. Agora depois de mais de dez anos eles resolveram vir atrás de mim, justo quando Anastácia está grávida dos meus filhos.
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- Droga! - reclamo enquanto tomo meu uísque.
Fico horas bebendo enquanto penso no que fazer, no que falar, no que contar a Anastácia.
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Acordo com o sol em minha face.
- Droga, eu durmi aqui! - reclamo.
Levanto e vou direito para meu quarto para tomar um banho e tirar o cheiro de álcool, desço para o café e vejo que Anastácia não está na mesa.
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- Ela não desceu hoje, pediu para eu levar o café no quarto dela, ela está m*l! - Dona Vera fala enquanto tomo meu café.
Inspiro profundamente.
- Ela não deveria se meter onde não é chamada! - falo.
- Senhor Marcos, com todo o respeito, a menina está grávida, eu sei que não era como o senhor queria, mas ela está grávida, ainda à espera de dois bebês, imagina ela está aqui sozinha e sem ninguém, está presa, não pode sair, não pode respirar, o senhor deveria entender ela! - Ela não conhece você é uma completa estranha e vice versa, ela não está feliz e você deveria prezar pela felicidade dela, já que os bebês sentem tudo! - completa.
- Vera isso não é da sua conta! - A Anastácia está aqui foi uma escolha dela e não minha! - falo e largo minha xicara de café, saindo da mesa e indo direto para a empresa.
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Passo por Guilherme e ele já vê que não comecei o dia bem.
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- Problemas? - chega perguntando.
- Muitos! - falo pegando meu MacBook.
- Anastácia? - pergunta.
- Quem mais poderia ser? - falo.
- Cara, você só tem um contrato com ela e os bebês, não precisa ficar se incomodando tanto, relaxa! - fala.
- Relaxar? - Ontem ela simplesmente invadiu a minha sala sem a minha permissão e achou as armas e por pouco, muito pouco, não achou as provas! - completo irritado.
- p***a, mas como ela fez isso? - pergunta.
- E eu vou saber Guilherme? - Agora saia e não me atormente, já basta a Anastácia! - falo irritado.
Guilherme sai da minha sala e eu volto ao trabalho.
Fico o dia todo enfurnado na minha sala, passei o dia todo trabalhando e pensando também, em tudo que a Vera me disse.
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Chego em minha mansão e Vera me atualiza sobre Anastácia, disse que ela não saiu do quarto o dia todo. Tomo um banho e decido falar com ela.
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- Anastácia? - a chamo batendo na porta.
- O que você quer? - ouço sua voz.
- O que acha que estou fazendo aqui? - pergunto já irritado.
- Não sei, me diga você? - ela pergunta.
Bufo de raiva.
- Pode abrir a p***a da porta! - falo gritando.
- Não! - ela fala.
- Anastácia você está fazendo eu perder a minha paciência, não queira isso! - falo irritado.
- Problema é seu! - ela fala irritada.
- Ai! - ouço um grito.
- Anastácia! - falo empurrando a porta e vejo ela com a mão na barriga.
- Ai Marcos! - ela fala gritando e olhando para mim.
- O que foi? - O que foi? - falo assustado.
- Os bebês! - ela fala em um sussurro olhando para mim.
- Calma! - Calma eu to aqui, calma! - falo ajeitando ela.
- Senta aqui eu vou chamar o médico! - falo nervoso e ligando para o Dr Saulo.
- O que houve? - Vera pergunta ao ver Anastácia na cama.
- Senti uma dor forte e to com medo de serem os bebês! - fala chorando.
Vera entra no quarto e se aproxima de Anastácia.
- Calma filha, eu to aqui! - ela fala segurando a mão de Anastácia.
Aviso Saulo sobre o ocorrido e em minutos ele já está na mansão.