Cap 07

831 Words
* Marcos * . Anastacia teve infelizmente um deslocamento de placenta, raro da idade gestacional que ela está, então precisou de repouso por alguns dias, logo após ganhou alta médica e pode voltar a fazer tudo que gosta. Durante esse processo e que processo, eu pude ser mais coração, pude sentir o medo em seus olhos e o quanto ela deseja ter nossos filhos, por mais que o embrião seja meu, por lei, ela os carrega com amor e carinho, nutrindo e os amando. A parte fácil é minha, só cuidar, mas a parte mais difícil é a dela, principalmente por gerar vida, e dar vida a duas crianças, sobre o maternal, o carregar, enfim, são inúmeras dificuldade que o fazem dela uma super mãe, uma super mulher, e uma super pessoa. É claro que Anastácia não sabe nem da metade disso e não quero que ela saiba, pois o único vínculo que quero com ela são meus filhos. . - Como você fará quando os bebês nascerem? - Guilherme pergunta. - Quando eles nascerem irei cuidar deles não é? - pergunto. - Sim, mas e a Anastácia? - pergunta. - Ela continuará morando comigo, e cuidando dos bebês! - falo. - Isso é estranho, como você ficará com uma mulher que não é sua? - Dentro da sua casa, sem tocar nela! - fala. - Eu a tratarei apenas com a mãe dos meus filhos Guilherme, e ponto! - falo já irritado. - Tudo bem Marcos! - ele fala debochando e saindo da minha sala. . As palavras de Guilherme me deixaram transtornado, pois eu nunca parei para pensar que o parto dos gêmeos está próximo e que não sei ainda como irei lidar com a Anastácia. . Chego tarde em casa, vou até o seu quarto e ela dorme, sento-me próximo a ela, olho para o seu barrigão lindo, e sinto algo diferente em meu coração. . - Oi - ela fala com uma voz de sono. - Não queria acordar você! - falo. - Tudo bem, já dormi bastante! - ela fala. - Mas é tarde, você precisa dormir mais! - falo. - Estou com dor nas costas, não consigo ficar deitada muito tempo, os bebês estão pesando cada vez mais e eu não consigo achar uma posição certa para dormir! - fala. - E se colocar um travesseiro do lado da sua barriga apoiando, não fica melhor? - pergunto. - Já tentei, mas não consigo dormir! - fala. - Tudo bem, então sente-se, não quer comer nada? - Eu preparo para você! - falo. - Desde quando sabe cozinhar? - ela fala com um tom de deboche. - Você não sabe muitas coisas sobre mim! - falo. Ela sorri com um ar de deboche. - Não sei mesmo! - completa. O clima fica pesado, descido convidar ela para me ajudar a preparar, ela concorda. - Vem eu te levo! - falo. - Eu posso ir sozinha! - fala. - Não! - Eu levo você no meu colo! - completo. Ela concorda com a cabeça, pego ela em meus braços, sinto seu cheiro, sua respiração e seu olhar. - Não me olhe assim! - ela fala. Me desconcerto todo olhando para ela. Volto a si e desço até a cozinha. . Anastácia fica sentada enquanto eu preparo o molho e o macarrão. - O cheiro está ótimo! - ela fala. Sorrio. - É uma receita de família! - falo. Assim que termino de preparar, sirvo Anastácia e eu, comemos e ela adora meu macarrão. - Nunca comi algo tão bom! - fala. Abro um sorriso de lado. - Anastácia eu, eu te devo desculpas, por ter sido grosso com você aquele dia, você está grávida e não deveria ter tratado você daquela forma! - falo. - Eu estou grávida e não doente, e você errou sim, mas eu não deveria ter mexido em suas coisas! - fala. - Anastácia - seguro sua mão - Preciso que você entenda, que não te quero m*l, eu só quero te ver protegida e proteger meus filhos! - falo. - Como assim? - ela pergunta. - É uma longa história, você só precisa entender, que aqui você tem proteção, fora daqui não, eu consigo te proteger só aqui, fora daqui eu não consigo! - falo. Ouço sua inspiração profunda. - Porque nunca me contou nada sobre sua vida? - pergunta. - Porque você não deve saber, prezo pela sua segurança e a dos meus filhos! - Então é melhor que não saiba! - falo. - É algo muito errado? - ela pergunta preocupada. - Você não precisa saber e nem merece! - Agora vamos, vamos pro quarto, para você e os bebês descansarem! - falo. Anastácia fecha a cara na mesma hora, mas entende e faz o que eu peço, levo ela pro quarto e vou arrumar as coisas que deixei sujas na cozinha. A todo instante penso no seu olhar triste e em tudo que fiz a ela nesses últimos dias.
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