* Anastácia *
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Estava tudo indo bem, até eu descobrir que o bebê que eu esperava era de um monstro, Marcos não me deu saída, ainda mais quando disse que mataria meu irmão Carlos, eu fiquei desolada e sem saber o que fazer, meu irmão a poucos meses tinha casado e estava em lua de mel, eu só me pergunto, como Marcos descobriu tudo isso.
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Eu acabei passando m*l, muito m*l nos primeiros meses de gravidez, eu precisei dar uma desculpa a Carlos e também as pessoas da empresa, disse que tiraria uma licença saúde e ficaria em outra cidade até eu ganhar os bebes, eles entenderam mas mesmo assim, ainda insistiram que eu ficasse na cidade.
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- Que filme você está vendo? - ouço a voz de Marcos.
Mas não o respondo, continuo vendo o filme e comendo pipoca.
Já estou fechando 5 meses e ainda não sei o que são os bebês.
Enquanto estou com a bacia encima da barriga que já está grande, sinto eles mexerem pela primeira vez, tiro a bacia rapidamente e olho para a barriga, levantando minha blusa.
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- O que foi? - Marcos pergunta assustado.
- Eles mexeram - falo com a voz embargada.
Marcos levanta rapidamente do outro sofá e fica de joelhos para mim.
Ele olha em meus olhos.
- Posso? - pergunta.
- Sim! - falo.
Ele põem a mão em minha barriga e os bebês começam a se mexer e chutarem. Marcos começa a rir e vejo o quanto ele fica emocionado com esse momento.
Limpo minhas lágrimas no mesmo instante que vejo Marcos me olhando.
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- Anastácia … - ele me chama.
- Sim! - falo.
Marcos fica me olhando e parece querer falar alguma coisa.
- Senhor Marcos, você precisa vir! - ouço a voz do segurança de Marcos e logo ele fecha a cara e tira a mão da minha barriga.
Sinto um arrepio quando vejo aquele homem o chamando.
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- O que aconteceu Vera? - pergunto a ela.
- Preciso que venha comigo! - dona Vera me pega pela mão e me leva pelo corredor.
- Dona Vera onde está me levando? - pergunto nervosa.
- Venha comigo filha e respira tá! - ela fala me levando para uma sala preta e logo põem a senha em uma estante de livros que se abre me levando para uma outra sala toda fechada e sem janelas.
- Onde estamos? - Porque me trouxe aqui? - pergunto nervosa - O que está acontecendo? - pergunto.
- Assim que acabar o senhor Marcos explicará a você, só peço que sente e descansa, pelos bebes! - fala.
Sento-me mas com o coração apertado. Ficamos horas dentro daquela sala e eu acabei cochilando. Abro meus olhos quando dona Vera me chama, sento-me lentamente na cama, e logo vejo Marcos entrando.
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- Você está bem? - ele pergunta.
Olho para ele e vejo estar com o rosto cortado e as mãos machucadas, sua camisa branca está cheia de sangue.
- Marcos - pergunto em um sussurro.
Levanto-me rapidamente.
- O que está acontecendo aqui? - Quem é você Marcos? - pergunto nervosa.
- Alguém que você não merece saber! - fala.
- Marcos quem você é? - pergunto olhando em seus olhos.
- Na hora certa você vai descobrir! - Agora vamos sair daqui! - ele fala.
Vou direto para meu quarto e tranco a porta. Estava tudo indo bem e Marcos simplesmente apareceu todo cheio de sangue, que tipo de pessoa ele é.
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Sento-me na cama e sinto a angústia chegando em meu peito, não consigo conter minhas lágrimas. Passo a mão em minha barriga e sinto que os bebês estão sentindo minha tristeza e meu medo.
Olho pela janela e vejo que Marcos conversas com alguns homens de preto na rua, sinto um arrepio na minha espinha. Ponho meu hobby e espero tudo se acalmar.
Já se passam das três da madrugada, não ouço mais vozes de ninguém e decido descer até o primeiro piso.
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- Eles vieram atrás dela! - ouço vozes vindo de uma sala que creio que seja o escritório de Marcos.
- Sim, vieram! - Mas porque? - ouço a voz do Marcos.
- Você sabe porque! - ouço a voz de outro homem.
- p***a! - Isso não pode acontecer, como descobriram? - pergunta.
- Não sei, a família da Anastácia tem dinheiro, na verdade ela tem, ela tem e ela está em todos os lugares, fotos, vídeos, perfis, ela tem irmão também, era impossível eles não descobrirem isso! - fala.
- Eu descartei tudo que ela tinha! - fala.
- Se eles descobrirem que ela está bem e viva e ainda por cima grávida de você, eles vão vir acabar com o resto, com o que eles começaram! - ele fala.
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Saio dali imediatamente depois de saber disso, subo as escadas e vou para meu quarto.
Deito na cama e fico pensando no porque alguém gostaria de me ver morta e porque Marcos estaria envolvido nisso? A algo que eu não sei, mas eu vou descobrir.
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Assim que o dia amanhece, desço para tomar meu café da manhã, Marcos não está em casa e agradeço por isso, enquanto consigo despistar dona Vera, vou ao escritório de Marcos, chegando lá começo a abrir as gavetas e vejo várias armas de fogo dentro, sinto um arrepio quando vejo isso.
Vejo que tem uma gaveta que está chaveada, procuro a chave por toda a parte.
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- Está procurando isso? - ouço a voz de Marcos e fico tensa.
Ele mostra a chave que está em suas mãos.
- Marcos, pode me explicar o que são essas armas? - E porque estão tentando me matar? - pergunto.
- No momento certo você vai descobrir, agora arrume suas malas que nós iremos sair em quinze minutos! - fala.
- Eu não vou a lugar nenhum! - Antes de saber o que está acontecendo? - pergunto nervosa.
Marcos olha para mim com um olhar de incertezas.