* Marcos *
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Chego em casa e vou direto ao meu quarto, tomo um banho e logo vou ver como está Anastácia. Já se passam da uma hora da manhã, abro a porta com calma e vejo que ela está dormindo. Me aproximo de sua cama, e vejo o quanto ela dorme lindamente.
Abro um sorriso discreto ao ver como é linda.
Mas logo me lembro de tudo que aconteceu comigo, aquelas imagens, a dor e o sofrimento veem em minha mente. Abaixo minha cabeça e saio do seu quarto.
Vou direto para o meu, abro meu MacBook quando já estou na cama.
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Vejo que meu médico me mandou meus últimos exames e pelo o que vejo, todos estão com bons resultados, mas sei que não posso arriscar, ultimamente estou tendo bastante dores de cabeça e isso me preocupa.
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O dia amanhece e vejo que fiquei mais uma noite em claro, terminando meus projetos. Tomo um banho para me manter acordado e vou para o café da manhã.
Sinto um cheiro de bolo de cenoura, meu preferido, verá sempre soube que eu amava.
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- Que cheiro delicioso! - falo chegando na cozinha.
- Dona Anastácia quem fez, ela nem imagina que é seu preferido - fala.
- O que é preferido de Marcos? - ouço Anastácia vindo.
- É o … - interrompo Vera.
- Não é nada Anastácia! - falo e Verá fica em silêncio.
- Aliás, como passou a noite? - pergunto.
- Bem! - ela fala.
- Ok, tudo bem! - Preciso tomar café, logo preciso sair! - falo.
Enquanto estamos tomando nosso café, recebo algumas mensagens dos meus fornecedores.
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*mensagen on*
- A carga já está pronta! - mensagem.
- Ok! - Estou indo para o local! - respondida.
*mensagem of*
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- Se me deem licença, preciso me retirar! - falo saindo.
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Vou direto ao meu depósito, chegando lá vejo meus homens todos preparados para levarem a carga.
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- Tudo pronto por aqui senhor! - Kaan fala.
- Bem feito como sempre!!! - falo sorrindo ao ver os caminhões cheios.
Vejo meu celular tocando e já imagino quem seja.
- Diga senhor Tahir! - falo.
- Tudo pronto? - pergunta.
- Claro! - Já está sendo enviado! - falo.
- Isso mesmo filho, obrigada! - fala.
- Até breve senhor! - falo desligando.
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- Kaan, você termine de fazer a transferência e venha até minha residência, quero lhe apresentar uma pessoa! - falo.
- Sim senhor! - fala.
Saio do local e volto para casa.
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- Marcos? - ouço Anastácia chamando.
- Oi! - falo.
- Precisamos conversar! - fala.
Olho em seus olhos e vejo uma certa preocupação.
- Diga! - falo arrumando meu terno.
- O que significa isso? - ela pergunta segurando um papel em suas mãos.
Pego de sua mão, e vejo que são os papéis da mansão nova.
- O que significa isso aqui Marcos? - pergunta nervosa.
- São os papéis da mansão Anastácia! - falo.
- Porque a mansão está em meu nome? - pergunta.
- Porque ela é sua! - falo.
- Não estou entendendo onde você quer chegar fazendo isso tudo Marcos! - fala nervosa.
- Fazendo o que Anastácia? - Estou fazendo isso pelas nossas filhas, entenda que isso é um presente para você, por você ter criado elas por 9 meses! - Por ter aberto mão de sua vida para criar as meninas! - falo.
- Eu não abri mão de nada Marcos, você quem me forçou em estar ao seu lado e viver com você! - ela fala alterada.
- Anastácia eu dei a você sua liberdade de volta e entenda isso como quiser, eu quero proteger as minhas filhas do m*l do mundo, por isso eu forcei você a ficar ao meu lado, porém, eu mudei de ideia e quis que você voltasse a sua rotina habitual! - falo.
Inspiro profundamente e ela também.
- Tudo bem! - ela fala saindo.
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Vou direto ao meu escritório, e sento-me sobre minha mesa, enchendo um copo de uísque e tomando.
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- Quais são os próximos passos? - ouço a voz de Vera.
- Não entendi! - falo.
- O que você fará com Anastácia quando as meninas nascerem? - pergunta.
- Manterei meu relacionamento com ela, apenas pelas meninas! - falo.
- Acha mesmo que Anastácia irá querer morar aqui? - pergunta.
- E porque você não acha? - pergunto.
- Está na cara Marcos, que Anastácia não se sente bem aqui, que gostaria de estar com a família dela, com a vida dela! - fala.
- E isso é o que eu também quero, por isso que tomei essa decisão! - falo.
- Olha senhor Marcos, não sou de interferir em suas decisões, mas você não acha arriscado Anastácia ficar livre assim? - Não acha arriscado a vida dela estar em perigo assim? - pergunta.
- Vera você sabe que sempre me cuido, e também contratei o Kaan para cuidar dela, sei que nenhum m*l acontecerá! - falo.
- Você pensa mesmo que a família dela irá engolir sobre a gravidez e sobre você? - pergunta.
Inspiro profundamente.
- Eu darei um jeito! - falo.
- Tudo bem! - Estou de saída! - fala.
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Vera sai e eu fico mais alguns minutos no escritório tomando meu uísque.