* Anastácia *
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Logo ficamos algumas horas no carro, e eu já estava com fome, pois não tinha jantado.
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- As meninas estão com fome, precisamos ir! - falo.
- Tudo bem, vou pegar um lanche para nós, creio que a Vera não tenha deixado nada pronto, já que saímos sem hora para voltar! - fala.
- Tudo bem! - falo.
- Do que você gosta? - pergunta.
- Hambúrguer, pizza, milkshake de morango - ele começa a rir - O que foi ué! - falo.
- Que mistura! - fala sorrindo.
Acabo sorrindo vendo ele sorrir.
- Vamos comprar tudo isso! - fala.
Logo vamos à lanchonete, Marcos compra tudo que eu pedi, sim, e vamos comendo no carro enquanto estamos a caminho da mansão.
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- Faz tanto tempo que eu não sei o que é um hambúrguer! - falo.
- Eu também não! - fala.
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Chegamos na mansão, Marcos pega as coisas e põem no lixo, enquanto eu subo para meu quarto, preciso de um banho. Saio do banho, seco meus cabelos e visto meu hobby.
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- Entre! - falo quando ouço uma batida na porta.
- So queria me certificar que você estava bem! - ele fala ao entrar.
- Estou! - falo e inspiro profundamente.
- Sinto muito por tudo Anastácia! - fala.
- Não é sua culpa! - falo.
- Quando quiser falar sobre isso, eu estarei aqui! - ele fala olhando em meus olhos.
- Tudo bem, obrigada! - falo.
- Boa noite! - ele fala e vai saindo do meu quarto.
- Marcos! - o chamo.
- Sim - ele fala.
- Obrigada por me defender! - falo abrindo um sorriso de lado.
Ele apenas assenta com a cabeça e sai.
Sento-me na cama e volto a lembrar de tudo que Max me falou, a dor me consumiu e eu acabei chorando outra vez, as meninas sentem tudo infelizmente.
Não consegui pregar o olho durante a madrugada, estava muito atormentada com tudo que aconteceu, então decidi descer ate a cozinha para tomar um chá que pudesse me acalmar. Chegando na cozinha Marcos estava lá, sentado tomando um copo de uísque.
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- Achei que já estava dormindo! - ele fala ao me ver.
- Estou sem sono! - falo.
- Eu também! - ele fala.
Sigo até a cozinha, coloco água na chaleira e esquento para meu chá. Pego uma caneca, ponho as ervas de chá dentro e aguardo a água esquentar.
- Temos que decidir o nome das meninas né! - fala.
Sorrio.
- Sim, temos! - falo.
- O que acha de Sara? - pergunta.
Sorrio.
- Acho um nome lindo, além de ser lindo é bíblico! - falo.
- Eu também gosto desse nome! - ele fala.
- Então está escolhido o primeiro nome! - Sara! - falo.
- E o outro? - pergunta.
- Catarina! - falo sorrindo.
Marcos me olha e sorri.
- O que foi? - pergunto.
- E um nome adorável! - ele fala.
- Catarina e Sara! - falo - Nomes fortes e decididos! - completo.
- Elas serão lindas! - ele fala levantando da cadeira - Como você! - fala pegando em minha mão e assegurando-a.
Inspiro profundamente.
Marcos me olha com um olhar diferente.
Ele sela seus dedos em minha face, e a alisa, enquanto eu fecho meus olhos, o toque de Marcos é diferente de qualquer outro que eu já tive um dia.
- Anastácia, eu sei que você já deve ter passado coisas horríveis na sua vida - ele fala em um tom calmo - Mas eu quero que você saiba que eu jamais te machucarei, eu sempre vou preservar nosso contato com respeito, pelas meninas! - ele fala.
Olho em seus olhos e vejo a sinceridade em seu olhar.
- Eu também farei tudo por elas! - falo olhando em seus olhos.
Ficamos nos olhando por alguns instantes, Marcos aproxima seu rosto ao meu e sua respiração começa a ficar ofegante, suas mãos entrelaçam por traz de minha cintura e ele cola seu corpo ao meu, sinto as meninas agitadas dentro da barriga e meu coração começa a ficar acelerado.
- Anastácia! - ouço o sussurro ofegante de Marcos.
Ponho minha mão por traz de seu pescoço, e acabo o beijando. Sinto um misto de sentimentos diferentes, nossas línguas dançam juntas, e o meu mundo para, parece que existe somente nós dois ali, naqueles instante, as meninas fazem a festa dentro da minha barriga e creio que até Marcos está sentindo.
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Paro o beijo no mesmo instante que lembro-me de tudo que está acontecendo.
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- Isso foi um erro! - falo o empurrando e saindo da cozinha.
Marcos parece estar em transe quando o empurro.
- Anastácia seu chá! - ouço ele falando mas acabo subindo as escadas rapidamente e indo para meu quarto trancando a porta.
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Me aproximo da janela e olho para a lua e as estrelas, sinto meu coração pulsar forte, passo a mão em minha barriga e sinto as lágrimas chegando. A todo instante que fecho meus olhos sinto a boca de Marcos na minha.
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- Isso não podia ter acontecido! - penso.