Sophia acordou com o cheiro amadeirado que só Alexander exalava. Ainda estava entre os braços dele, o corpo dolorido em lugares que não doíam havia muito tempo — um tipo de dor prazerosa, como se ele tivesse tatuado nela cada toque da noite anterior. Mas havia mais do que isso. Algo dentro dela começava a se agitar, como um véu prestes a cair. Um lampejo de uma lembrança. Um quarto iluminado por velas. O som do riso de Alexander. Um vestido vermelho. Sua mão segurando a dela… E depois, escuridão. Ela se sentou devagar, confusa, a respiração entrecortada. Alexander percebeu, ainda sonolento. — Está tudo bem? — Eu… eu acho que lembrei de algo. Ele ergueu o tronco, alerta, mas tentando manter a calma. — O quê? — Uma lembrança. É vaga… mas havia você nela. E um vestido vermelho. A sen

