O amanhecer filtrava-se pelas cortinas pesadas da mansão. O corpo de Sophia ainda estava colado ao de Alexander, os lençóis amassados e úmidos de suor e prazer. Ela despertou com um arrepio, não de frio, mas da lembrança do que sentira — e do que ouvira — na noite anterior. Aquela voz. Aquela ameaça. Aquela sensação de que algo do passado insistia em rastejar para o presente. Alexander já não estava na cama. Ela se ergueu devagar, o corpo dolorido em locais deliciosos, e ouviu passos abafados no corredor. Vestiu uma camisa dele — grande, com o cheiro dele — e saiu do quarto em silêncio. Encontrou Alexander no escritório, em pé diante da lareira, com um celular no ouvido. —... Quero todos os registros dela. Passado, parentes, qualquer homem com quem tenha cruzado. Discrição total, ente

