O bilhete ainda pairava no ar como uma maldição. A letra vermelha, desenhada como sangue, queimava na mente de Sophia mesmo horas depois. Ela se encolhia no colo de Alexander, o lençol branco envolvendo seu corpo nu, buscando no calor dele a segurança que o bilhete arrancava. Alexander, no entanto, estava inquieto. Seu toque sobre ela era possessivo, mais forte do que antes. Havia raiva em sua respiração, proteção em seu silêncio. Seus dedos acariciavam os cabelos dela com movimentos lentos, quase hipnóticos. — Você precisa descansar — ele sussurrou. — Eu não consigo. Ela o olhou, os olhos fixos nos dele. — Me faz esquecer... — pediu, a voz baixa, cheia de desejo e desespero. — Me faz sentir que estou segura... no seu corpo. Alexander não respondeu com palavras. Deitou-a devagar sobr

