Helena narrando.
Quando eu vi o Red desabar bem na minha frente, meu coração quase saiu pela boca. A cena parecia em câmera lenta: o corpo dele caindo com um peso que denunciava exaustão, o som seco quando bateu contra o chão e o sangue que manchava o piso. Meu instinto foi imediato, não pensei, só agi.
Corri, me abaixei e puxei ele com todas as forças que eu tinha. Não sei de onde veio tanta energia, porque o corpo dele parecia chumbo. Consegui arrastá-lo para dentro da minha casa, o coração batendo tão rápido que parecia que ia explodir.
— Red! — chamei, tentando sacudir os ombros dele. — Acorda! Fala comigo!
Mas nada. Os olhos fechados, a respiração curta e irregular. Eu tremia dos pés à cabeça. Meu desespero aumentava porque, se eu chamasse a polícia ou uma ambulância, ele estaria
