capítulo 63

1136 Words

Red narrando Já era quase uma hora da manhã quando a Camila finalmente pegou no sono. A mulher tinha bebido mais do que devia, e eu não podia julgar. Cada um tem sua forma de tentar esquecer os problemas, de anestesiar a dor. O trampo tinha virado as costas pra ela, dispensaram como se fosse qualquer uma, e eu sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Agora estava ali, jogada na cama, respirando pesado, cheirando a álcool, com o rosto marcado pelo cansaço. Ajeitei ela direitinho, puxei a coberta que estava meio embolada embaixo dela e a coloquei por cima. Liguei o ar-condicionado porque o calor estava matando, e fiquei parado alguns segundos olhando. Tinha um lado meu que queria ficar, de guarda, porque eu sabia que quando a Camila acordasse ia estar quebrada por dentro. Mas

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