n***o narrando Eu já conheço a Helena o suficiente pra saber quando ela tá m*l. Ela tenta esconder, força um sorriso, se cala, finge que tá tudo certo, mas os olhos dela sempre entregam. Na praça, quando a notícia chegou, eu vi o brilho sumir da cara dela, como se alguém tivesse apagado uma luz. E aquilo me deixou sem saber o que fazer. Eu não sou bom com palavras de conforto, nunca fui. A vida me ensinou a resolver as coisas na marra, na força. Mas com ela… não dá. Não dá pra ser bruto. Então eu fiz o que achei que era o certo: dei espaço. Não pressionei, não fiquei perguntando demais. Só chamei pra gente ir pra casa. Às vezes, só de estar perto, talvez eu já ajudasse mais do que qualquer discurso. Quando chegamos, ela subiu direto com a Mel. Eu fiquei na sala, esperando. Às vezes esc

