Giovanna
— Você não tem medo de Lobo-Mau, menina?
Garotinha?
Menina?
Quantos anos ele pensa que eu tenho?
Sinto o meu sangue italiano falar mais alto com esse seu ataque i****a e atrevido. Portanto, chego ainda mais perto dele, olho dentro dos seus olhos e as palavras escapam da minha boca como se fossem larvas incandescentes saindo de dentro de um vulcão.
— Digamos que eu gosto de encarar o perigo de frente. — Um som rouco, sensual e sedutor passa pela minha garganta.
Sim, o estou o provocando. É a coisa mais maluca que já fiz na minha vida. É como mexer com um vespeiro mesmo sabendo que isso vai me trazer dores mais tarde. Contudo, não consigo evitar de avançar no meu ataque e isso faz as suas retinas escuras se dilatarem sobremaneira. Seus lábios se comprimem em uma linha fina, firme e rígida, porém, ele solta um ar sutil pela boca que aquece com suavidade a minha pele. Então, ele inclina um pouco a sua cabeça na direção da minha orelha outra vez e o calor que vem da sua boca faz cada pelo do meu corpo se eriçar, fazendo-me reter a respiração dentro dos meus pulmões.
— Você não devia provocar um homem como eu, garotinha. — Sua voz antes grossa e fria sai rouca e arrastada agora, igualmente a um doce cheio de veneno que escorre pela sua garganta feito o mais viscoso mel.
E eu sei, não posso confiar nele. Nem mesmo entregar-lhe a minha vida em suas mãos. Mas, o seu som faz um reboliço estranho e desconcertado dentro de mim, e assustada com a reação do meu corpo, penso em livrar-me do seu agarre e me afastar dele de uma vez. Entretanto, por algum motivo continuo parada e esperando ele terminar de falar.
— A não ser que você tenha algum fetiche de sexo a três.
PUTA. QUE. PARIU! Solto um rosnado mental.
Então ele se afasta e o seu olhar agora feroz aprisiona o meu. Na sequência, um esboço de um sorriso presunçoso se desenha no canto de sua boca e rouba a minha capacidade de pensar em uma resposta à altura. Ele se afasta e ergue um par de sobrancelhas petulantes para mim.
— Foi o que pensei — retruca e me dá as costas.
Droga, a minha única oportunidade de ferrar com a família Vescari está indo em bora e eu não sei o que fazer.
Sexo a três?
Não sei se estou disposta a fazer isso. Merda! Rosno mentalmente e me apavoro ao vir a minha única chance de vingança ir para longe de mim.
— Espere! — Me pego dizendo e me repreendo por isso no mesmo instante. Ele para imediatamente e se vira para me olhar.
Bufo sem emitir som.
Você precisa se mexer, Giovanna. Precisa dizer alguma coisa, ou ele terá a certeza de que você não passa de uma pirralha assustada. Coisa que você não, certo? Aconselho-me.
— Que tal uma bebida? — Dou alguns passos na sua direção. Em resposta, ele enfia as suas mãos dentro dos bolsos de suas calças.
— Você tem certeza de que quer se envolver comigo?
Outra provocação... ou seria um blefe?
— Desde que você não é um assassino em série. — Brinco e dou de ombros. Mas ele permanece sério. Talvez um pouco mais rígido. — Estou brincando! — Sorrio, mas os seus lábios se enrijecem em uma linha fina.
Reviro os olhos.
— É só uma bebida, ok? — retruco e volto a dar de ombros, ampliando o meu sorriso.
Em contrapartida, ele faz um gesto positivo com a cabeça e no segundo seguinte a sua mão se espalma na base da minha coluna. Minha respiração se altera quando ele começa a me guiar para dentro da antessala e me sinto em chamas só de estar perto dos assassinos do meu irmão.
E que comece o jogo!
Penso em um misto de nervoso e determinação. Certa de que de agora em diante não serei mais a Giovanna Fontana de sempre. Eu tenho um objetivo e vou lutar para conquistá-lo.
— O que você quer beber, menina? — O escuto perguntar e o seu timbre firme me faz desviar os meus olhos curiosos de cima das pessoas ao meu redor para fitá-lo.
— Ah... pode ser um uísque duplo e sem gelo, por favor! — Suas sobrancelhas se erguem em surpresa.
— Não é uma bebida muito forte para uma garota como você? Que tal um daqueles drinques coloridos de mulheres?
— Não. Eu prefiro algo mais forte, por favor! — Em resposta, ele faz um gesto para o garçom atrás de um balcão de vidro fosco.
— Um Macallan duplo e sem gelo para mim. E... me traga uma taça daquela bebida colorida para essa moça aqui do meu lado — ralha desdenhoso e automaticamente faço um O desconcertado para ele.
— Ei, eu disse que queria... — O i****a ergue um dedo em riste para mim.
— Preciso que esteja sóbria para o que vamos fazer essa noite, Chapeuzinho Vermelho.
Meu coração erra o seu compasso.
— Uau, ela é muito linda, Andreas! — Uma voz feminina e melodiosa se sobressai ao som alto da sala Vip. Mas é o toque audacioso da garota na minha coxa que me faz encarar um sorriso cheio de luxúria que ela abre em meio a um batom estupidamente vermelho, e me pergunto se o tal sexo a três envolve mulheres na sua cama? — Meu nome é Francesca. E você é a...
— Ah… eu… me chamo Giovanna.
— Hum, Giovanna. — Ela experimenta o meu nome. — Eu gostei do nome dela, Andreas. — A garota chega mais perto, exatamente atrás de mim e automaticamente Andreas se aproxima pela frente, abrindo as minhas pernas para se encaixar no meio delas.
Droga, sinto que serei jogada dentro de um inferno em breve.
— Sua bebida. — Andreas fala, me estendendo uma taça com um líquido colorido e um guarda-chuva enfeitando a sua borda. Não penso duas vezes e entorno a bebida de uma vez como se ela fosse água.
Porra! Rosno mentalmente quando o álcool desce queimando a minha garganta e o gosto levemente amargo se mistura ao doce, e me faz engasgar.
— Não é melhor ir com calma, gata? — Francesca sussurra ao pé da minha orelha.
— Eu preciso de mais uma. — Dessa vez eu faço um gesto para o garçom e após o meu terceiro copo já estou completamente anestesiada. — Então... Andreas, não é? O que você faz da vida? — Sinto o meu tom de voz mais leve agora.
— Nós viemos aqui para conversar? — Sua indagação é tão fria quando o seu toque firme na minha cintura e na sequência, os seus dedos se embrenham nos meus cabelos, deixando uma pegada forte lá.
— Eu...
Não consigo concluir a minha frase, porque a sua boca toma a minha em volúpia e a sua língua impiedosa invade a minha boca, roubando o sabor do álcool no meu paladar para si. Seus dedos apertam a minha cintura com uma possessividade ímpar e ele se ajeita, conseguindo mais acesso a mim, fazendo-me sentir a sua protuberância raspar na minha i********e por cima da minha calcinha.