Capítulo 1

1261 Words
Dizem que a máfia não é lugar para mulheres, ainda bem que meu papa não concorda com isso. Me chamo Pietra tenho vinte anos e sou a número um em tiro ao alvo, papa ensinou cada uma das filhas uma tática diferente. Eu atiro, Alice é boa com as facas e Emma a mais velha conquista qualquer homem com a beleza e sedução. Para quem não nos conhece somos as irmãs Giordano, papa é o chefe de uma organização de assassinatos por encomenda, mas não se engane só matamos quem merece a morte, aquele tipo de escória que não merece andar sobre à terra. Mas vamos falar disso depois, bom desde os meus quinze anos fui prometida a Lorenzo Spozito, filho do capo da máfia Italiana, eles estão acima de meu pai e quando fizeram essa proposta claro que ele aceitou. Bom para ele, péssimo para mim já que tenho de me casar virgem com um homem que nunca vi, afinal os casamentos arranjados são assim. Não tenho raiva de meu papa, sei que fez isso para o nosso bem, eu serei a nora do capo da máfia e futura moglie do capo quando meu sogro falecer. Com isso a organização da nossa famiglia consegue consolidar ainda mais o nosso nome que já é bem famoso por toda Itália. Limpo o sangue em minha bota, o meu último alvo solteira, meu casamento é amanhã, mas não perderia a oportunidade de tirar um pedófilo das ruas, mais um para a minha lista. _ Vai demorar ainda Pietra? Estou cansada cheguei de viagem ontem. _ Já estou indo Alice, chame a limpeza o trabalho já está feito. Digo para minha sorella que acaba de entrar no galpão, ela anda até o corpo analisando como sempre, ela é perfeccionista seus cortes são lindos até parece desenhos. _ Dois tiros, Pietra? Pra que gasta munição com um maledetto desse tipo, era só corta a garganta mais prático e ele sofreria mais. _ Larga do meu pé Alice e anda preciso descansar amanhã colocarei uma aliança em meu dedo. _ E um pênis no meio das pernas. — ela ri e eu bato em suas costas a empurrando para fora. _ O que foi? Estou falando a verdade, finalmente vai saber o que é f********o. _ Isso joga na minha cara que além de ser mais velha que você, sou a única virgem de nós três. _ Não me coloque no meio dessa conversa! — Emma fala assim que entramos no carro. _ Eu não falei nada, sou santa. _ Não se finja de santa Alice! Sabemos muito bem o que você fez no seu aniversário de dezessete anos. _ Sabem nada! — ela sorri passando o batom na boca e Emma liga o carro. Vou sentir falta de nossas saídas, pois agora que vou me casar não poderei mais ficar de um lado para o outro matando essa escória. Assim que entro em casa meu papa me abraça beijando meu rosto duas vezes, seus olhos estão marejados e os da minha mãe também. _ Minha ragazza como fico felice em ver você com as suas sorellas, voltarem assim sorrindo, és bello. _ Bença Papa. _ Dio ti benedica figlia. Vou até minha mãe lhe pedindo a benção e subo para meu quarto preciso descansar, amanhã será um grande dia, amanhã conhecerei Lorenzo Spozito, o homem mais frio e amargo de toda Itália, bom isso que ouvi falar. Mas então me perguntam porque vou me casar com vinte e não com dezoito, e eu explico meu noivo estava de viagem para a Rússia, negócios de família pelo oque entendi, e só voltou agora. O dia amanheceu tão lindo e belo, meu coração já não cabia no peito de tanta ansiedade, finalmente me casaria por mais que eu não o conhece-se pessoalmente eu sei que é dono de uma grande beleza, já vi fotos suas e com isso me peguei pensando como seria ser sua moglie. No começo claro odiei a ideia de ter um noivo já predestinado, mas com o tempo percebi que não adiantava brigar, já estava feito e eu teria de me guardar para ele, minha primeira vez tinha de ser dele, além do que essa união beneficiária nossas duas famílias. Meu papa abre a porta do carro, segurando minha mão, eu estava gelada logo atrás daquelas portas estava o meu destino. A igreja estava lotada, cheia de homens de terno, alguns de grande escalão outros apenas soldados, todos acompanhados de suas esposas e figlios. Conforme eu andava meu peito doía, a cada passo que dava o ar parecia faltar, apertei com tanta força o buquê de rosas vermelhas que meus dedos ficaram brancos. Quando finalmente cheguei no altar o meu sorriso se desfez, Lorenzo estava visivelmente nervoso e desgostoso com aquilo, ele segurou minha mão, dada por meu papa sem dizer uma única palavra, durante toda a cerimônia ele não me olhou, mas percebi o olhar frio e sem vida que olhava para o padre. Quando tudo terminou eu já sabia que não teria um beijo, o beijo que eu tanto sonhei, pois até isso esse noivado i****a me privou. Mas não ele apenas beijou a minha testa, e logo saiu me puxando para fora da igreja. A festa foi rápido apenas o tempo de cumprimenta todos e cortar o bolo, nem consegui me despedir de minhas sorellas, quando eu vi já estava dentro do carro dele novamente. _ Lorenzo está tudo bem? — perguntei com receio, mas ele não respondeu apenas se manteve firme olhando para a estrada, uma coisa que aprendi com meu pai é que temos de esperar o tempo certo, talvez ainda não seja o tempo certo para falar com Lorenzo, talvez ele não tenha gostado muito da ideia do nosso casamento, mas agora estávamos casados e isso não mudaria pois, na máfia não existe divórcio só se separa com a morte. Vi que chegamos a uma casa grande, provavelmente a nossa casa, ela era linda toda branca por fora com janelas pretas, um jardim na frente que tinha até um chafariz. Esperei ele abrir a porta, mas percebi que não faria quando começou subir as escadas me deixando para trás. Segurei a cauda do vestido com cuidado e abri a porta do carro, respirei fundo e comecei a entrar naquele lugar, meu coração acelerou ao ter a ideia de que ali agora seria meu lar. _ Senhora! — uma mulher de aparentemente uns cinquenta anos me chamou, ela era baixa dos cabelos esbranquiçados, um sorriso bonito, parecia ser uma pessoa legal, mas claro não confiaria aprendi isso, nem sempre confiar nas pessoas, às vezes o nosso pior inimigo está dentro de casa. _ Sim! _ Me chamo Agnes! Precisa de algo? _ Preciso que mostre meu quarto. _ Claro senhora! — ela começa a andar na minha frente e eu a acompanho vendo tudo que posso, subimos a escada devagar entrando em um corredor com várias portas, ela abre uma sorrindo pra mim. _ Esse é seu quarto senhora! Se precisar de mim, é só chamar. _ E o meu marido? — perguntei ao ver que ele não estava lá. _ O senhor Spozito fica no último quarto a esquerda! Mas ele deixou ordens para a senhora não o incomodar. _ Mas ele é meu marido, deveria dormir comigo. — digo com grande desapontado. _ Sinto muito senhora são as ordens do padrão. Abro um sorriso falso para Agnes e entro dentro do quarto, a cama é grande, mas nessa hora ela parece tão pequena e sufocante.
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