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Diário de uma prostituta (livro 2)

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A segunda obra da trilogia Diário de uma prostituta, na qual aborda a história de três jovens de família tradicional que, por peças do destino, acabaram tornando-se garotas de programa de luxo. Essa é a história de Maitê Ferraz, uma jovem de 18 anos, que, após perder a família em um incêndio criminoso, é mandada para São Paulo, por seu tio, Alberto Ferraz, para se proteger de credores de sua família. O homem confia sua única sobrinha para Ricardo Gaião, um conhecido antigo. Jovem, rico, bonito e sedutor, Rico passa a imagem de um homem confiante, e se mostra solicito em ajudar Maitê. O que a jovem não esperava, era que o seu salvador, seria justo o filho de Vera Lúcia Gaião, a maior c.a.f.e.t.i.n.a de São Paulo. Com uma mão na frente e outra trás, jurada de morte, Maitê aceita que a única forma de sobreviver é aceitar os termos de Vera Lúcia, para continuar respirando. Outro elemento surpresa se desenrola na vida da jovem, quando acaba se apaixonando por um de seus clientes, justo a última pessoa da qual deveria se interessar: O filho do assassino de seus pais.

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Capítulo 1
"Eu esperava ganhar um carro no meu aniversário de 18 anos, ao invés disso, perdi a minha família. Era 25 de março de 2018, estava comemorando com minhas amigas na Trollus, a boate mais descolada de Andradina." Ao escrever a primeira parte, Maitê pousa a caneta em sua escrivaninha, sendo envolvida por um sentimento de tristeza profunda. Ela foi transportada para aquele que foi o pior dia de sua vida. Ao sair da Trollus, depois de ter tido uma noite sublime, ainda levemente embriagada, Maitê estrou num carro de aplicativo e estava indo em direção ao casarão de sua família, na parte mais nobre da cidade. Ao cruzar a rua que ficava de esquina com a sua, ela se depara com a fumaça n.e.g.r.a indo de encontro ao céu azul-escuro da noite. Maitê sentiu seu coração palpitar forte, e uma onda de arrepio tomar seu corpo, ao perceber que aquela fumaça vinha de sua casa. A garota desce exasperada do veículo e corre em direção ao portão. Adentrou, então, no jardim frontal de sua residência, enquanto o fogo consumia tudo, Maitê tentou se introduzir no interior do casarão, gritando desesperadamente pelos seus pais. -MÃE!!! PAI!!! -Gritou pela segunda vez ao falhar em tentar abrir a porta da frente, já que o ambiente estava tomado pelo fogo. Ela então deu a volta na casa, e entrou pela segunda janela dos fundos. Maitê sentiu um calor quase que insuportável castigar o seu corpo, o lugar estava preenchido por uma fumaça preta, densa e rica em gás carbônico. Era muito difícil de respirar, mas ela queria salvar seus pais a qualquer custo, mesmo que isso lhe custasse a própria vida. A jovem tenta avançar para a escada que daria nos cômodos do primeiro andar, mas o fogo estava mais intenso naquela direção. Maitê é invadida por um sentimento de impotência e medo. Foi acometida por uma tontura e uma tosse intensas. O desespero era tão avassalador, que o seu corpo formigava, e sua pele ardia do calor exorbitante emanado pelas chamas violentas. Nesse momento, ela escuta um barulho de sirene distante se intensificando, à medida que sua visão escurecia lentamente a menina grita pela última vez pelos pais, antes de apagar devido a quantidade de gás carbônico que havia inalado. "Acordei confusa, desnorteada, com a visão turva, não conseguia identificar aonde estava. Aquela cama não era a minha, assim como aquela roupa azul-clara curta e esquisita. Ao varrer o ambiente com os olhos, percebi que estava em um leito de hospital, e logo as memorias foram tomando formas. Nesse momento um homem adentrou o quarto, logo percebi que se tratava de um médico pelo jaleco e estetoscópio." - Maitê Ferraz, não é? Vim ver como está se sentindo. - A garota assentiu. Tentou falar, mas a voz falhou, estava embargada demais devido a quantidade de fumaça que inalou. - Não tente forçar a voz, você precisa descansar sua garganta. Maitê não dava a mínima para sua garganta, ela só queria saber se seus pais estavam no mesmo hospital, se estavam bem. - Doutor preciso saber da minha família, onde estão meus pais? - A garota forçou extremamente a voz ao perguntar. Estava assustada, temerosa quanto a resposta. O homem mais velho respirou fundo e a lançou um olhar pesaroso. - Maitê, quando os bombeiros chegaram na sua casa, logo lhe encontraram desmaiada no chão, perto das escadas. - O médico deu uma breve pausa. Respirou fundo enquanto buscava eufemismos que o pudessem ajudar a dar a difícil notícia. - Infelizmente, quanto aos seus pais, não tiveram a mesma oportunidade. Os bombeiros não chegaram a tempo de salvá-los. - Os batimentos cardíacos da garota dispararam para mais de 200 por minuto. Era possível escutar a frequência se intensificando pelo monitor cardíaco que estava ligado ao seu corpo. Logo ela entrou em um estado de choro compulsivo. Seu corpo inteiro convulsionando em desespero. - NÃO! Não pode ser, doutor. Eles são tudo que eu tenho, eu não mereço essa tragedia. Por favor, diga que não é verdade. - Disse ela, entre soluços, suplicando ao médico que desmentisse as próprias palavras. Sua voz estava extremamente embargada, dificultando a passagem das palavras por sua garganta prejudicada. - Queria muito te dizer que não é verdade, mas infelizmente não posso te esconder a realidade do que está acontecendo. - O médico a lançou um olhar compassivo, antes de se dirigir até a mesinha de canto e segurar um frasco de comprimidos. -Tome esse remédio, vai lhe acalmar. - O homem de cabelos grisalhos e barba curta abriu o recipiente, entregando um dos muitos comprimidos, e também um copo de água. "Depois de alguns minutos após engolir o medicamento, meu corpo começou a se aquietar, minha frequência cardíaca foi diminuindo e o meu choro compulsivo se calou. Tudo o que restou foi uma tristeza profunda e c***l, que se tornou distante quando minhas pestanas começaram a pesar." - No dia seguinte, o irmão de seu pai, consequentemente seu padrinho, a havia buscado no hospital pela manhã e a levado para sua casa. A mesma estava acomodada numa confortável poltrona, segurando uma grande xicara de chá na sala de estar. - Maitê, minha querida, não posso expressar em palavras o quanto eu sinto muito por essa grande tragédia. Posso até ter perdido o meu irmão que eu tanto amava, mas você perdeu os seus pais, sua família. - Proferiu Alberto Ferraz, tio e padrinho da jovem. - Ah tio...- Maitê respira fundo, deixando os seus ombros caírem em um sinal claro de vazio e melancolia. - Sinto como se minha vida tivesse acabado, eu realmente não sei como vou suportar passar por tudo isso. - Estou aqui para te ajudar, sou a sua única família agora. - Ele pousa a mão sobre a dela em um gesto de solidariedade. - Sinto que estou perdida, parada no tempo. Não sei nem que providências tomarei para o velório dos meus pais. - - Maitê, não sei nem como vou te dizer isso, mas vou direto ao ponto. Você não vai poder comparecer ao velório dos seus pais. - Do que o senhor está falando? Como assim não vou poder me despedir dos meus pais? - Perguntou a garota, confusa, arregalando os olhos verde-acinzentados, exaustos pelos dias difíceis dos quais teve que lidar. Alberto então dá um longo suspiro e fala: - Vou ter que te contar sobre coisas das quais você não sabe, e talvez isso acabe com a imagem que você tem do seu pai. - - Como assim? Não estou entendendo. Tio você está me assustando. - O meu irmão era um bom marido e um pai excepcional, mas o outro lado dele era um tanto quanto sombrio. Henrique levava uma vida dupla. - - Sombrio? Vida dupla? Aonde quer chegar com isso? - - Seu pai era viciado em jogo, e com isso adquiriu muitos credores, gente muito perigosa de Andradina, e grande parte do interior do estado de São Paulo. - Explicou Alberto, aparentemente desconfortável por ter que contar aquilo a sua sobrinha. - Isso não pode ser verdade, meu pai jamais seria tão irresponsável. - Maitê adentrou em um estado de perplexidade, os músculos imóveis, como se tivesse perdido a capacidade de comandar seus movimentos voluntários. - Eu ainda não cheguei na pior parte. O Henrique usou a maioria de suas propriedades como garantia de dividas de jogo, e as que sobraram não chegam nem perto de pagar o débito que ele deixou. Terei que entregá-las aos credores, e também usar todo o meu dinheiro guardado, mas ainda assim, não quitaremos tudo. Ainda nos faltará sete milhões de dólares. - - É uma quantidade exorbitante. E-eu não tenho como conseguir esse dinheiro. - Proferiu Maitê com incredulidade. As lágrimas arderam em seus olhos mais uma vez, ameaçando rolar por suas bochechas. - E é exatamente por isso que você deverá deixar Andradina. Como única herdeira dos Beaufort-Ferraz, a dívida se torna sua responsabilidade. - - Então quer dizer que eu além de ter perdido os meus pais na maior tragedia da minha vida, ainda perdi tudo o que seria meu patrimônio? Estou pobre? - Perguntou Maitê, revoltada. - Minha querida, acho que você ainda não entendeu tudo. Esses credores para quem seu pai estava devendo, não vão perdoar a dívida só porque ele morreu. Eles sabem que o Henrique tinha uma filha, você. - Alberto direcionou o indicador duro para a sobrinha. - E com certeza vão fazer de tudo pra te encontrar e cobrarem esse débito de alguma maneira, até mesmo com a sua vida. Por isso você precisa partir de Andradina hoje mesmo. - - E para onde vou? Não conheço ninguém fora da nossa cidade. - Perguntou Maitê, aterrorizada. - Quando seus pais me escolheram para ser seu padrinho eu prometi para mim mesmo que sempre que você precisasse, eu estaria lá por você, e não pretendo quebrar essa promessa agora. Eu vou fazer de tudo para pagar essa dívida. Minha casa está hipotecada, então não tenho como vendê-la, além do mais, já não me resta mais um vintém das minhas economias. Preciso ganhar tempo, e só conseguirei providenciar tudo tranquilamente com você fora da cidade. - O senhor ainda não disse para onde vou. - Afirmou a garota, amargurada. - Dentro de dez minutos um grande amigo meu virá te buscar, e te levará para São Paulo. - E quem é esse amigo? - Perguntou Maitê. A conversa é interrompida por um repentino toque de campainha. - Acho que ele chegou mais cedo, mas também podem ser os credores do seu pai. Minha querida, acho melhor você se esconder enquanto eu confirmo que é o Ricardo. - Ricardo? Então esse é o nome dele? - Indagou a jovem com um olhar curioso. - Sim, Ricardo. Agora vá, se esconda! - Disse Alberto com o tom de voz reduzido, ao caminhar em direção a porta da frente. Maitê corre para se esconder na dispensa da casa. Enquanto isso, seu tio abre a grande porta de madeira polida e se depara com Ricardo. - Alberto! Quanto tempo que não nos vemos pessoalmente. - Ricardo! Que prazer em te ver. - Exclamou o tio de Maitê, enquanto ia de encontro aos braços abertos de Ricardo para um abraço. E logo em seguida o convidou a adentrar a casa. - Venha! Vou te apresentar a minha sobrinha. Maitê! Pode vir! É o Ricardo como eu imaginei. - Bradou o padrinho da garota. "Eu então, fui em direção a sala de estar, experimentando um mix de sentimentos que iam de receio a curiosidade. Minha cabeça estava bem confusa, por conta da enxurrada de informações que eu havia recebido nos últimos 5 minutos. Ao chegar à sala me deparei com aquele homem com seus 1,85 de altura, cabelos castanhos claros e um corpo torneado, desenhado em seu suéter preto. Ele era sem dúvida um dos homens mais lindos que eu já havia visto." Os belos olhos acinzentados de Ricardo logo se voltam para Maitê. - Então você e a sobrinha de quem tanto do Alberto falou, você é ainda mais linda pessoalmente. - Falou o Jovem enquanto se aproximava da garota. - Sim, Maitê Ferraz. Prazer em conhece-lo. - Disse a menina com um ar de timidez enquanto estendia a mão para Ricardo. - O prazer é todo meu. - Falou o até então desconhecido, enquanto pousava um beijo na mão da jovem. - Sinto muito por tudo que está acontecendo com você, deve estar sendo muito difícil. - Exclamou ele, com um olhar apiedado. - Tem sido... o pior momento da minha vida. - Murmurou ela, enquanto seu olhar melancólico se direcionava para baixo. - Desculpe, acabei esquecendo de me apresentar. O meu nome é Ricardo Gaião, mas você pode me chamar de Rico. Estou aqui para te ajudar, vou te levar para São Paulo e vou cuidar de você. Não precisa se preocupar. - Proferiu Rico, enquanto em seu rosto se desenhava um sorriso afável.

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