Capítulo 17

1383 Words
Nova Iorque - Dias Atuais Narrado por Peter Gates - Agora vamos com isso. Não nasci para bancar de cupido em meus plenos vinte seis anos de idade. - Julia disse me ajudando a levar Vítor para nosso quarto enquanto eu levava a bandeja com o café da manhã de Sofia. -Você precisa de boas ações, pessoas normais fazem isso de vez em quando. - Respondeu subindo as escadas com todo o cuidado com ela logo atrás. Conhecia Julia o suficiente para saber que ela estava revirando os olhos para mim nesse exato momento. - Eu sou uma pessoa normal, Gates! Calado você, que não espera sua esposa sair da licença para tratar de fodê-la. Eu olhei incrédulo para ela quase derrubando a bandeja das minhas mãos. -Respeite ao menos meu filho, sua cretina! - Julia bufou e olhou para Vítor brincando com um Minion em suas mãos. - E eu não fiz nada envolvido à penetração se você quer saber, mas isso não é da sua conta. Me virei seguindo pelo corredor extenso daquele apartamento.. Nunca entendi muito bem o porquê de Sofia ter escolhido ele já que quando nos mudamos para cá, depois da nossa lua de mel sendo que nos primeiros meses era apenas nós, quando ela saia em turnê era apenas eu, Josh e Julia com exceções, mas mesmo assim continuava sendo grande demais para poucas pessoas. Quando chegamos à porta do meu quarto, ele ainda estava entre aberto o que facilitou muito para nós, Sofia ainda dormia tranquilamente na cama, os lençóis estavam cobrindo apenas seu bumbum deixando suas pernas e costas expostas. - Um excelente trabalho, espero que ela mude aquela cara de m*l comida que tinha três dias atrás. - Julia disse como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo e eu senti vontade de jogar o sapato de Sofia que estava no meio do carpete na testa dela. Vítor mesmo sem entender o que a louca estava falando acabou sorrindo e era em momento como esses em que eu também me dava ao luxo de me sentir completo novamente. - Ponha ele no berço. - disse sem olhar para ela. Ouvi o barulhinho de um beijo estalado e depois Julia saiu fechando a porta com cuidado. Coloquei as coisas que eu tinha em mãos sobre a escrivaninha ao lado da cama e respirei fundo, Vítor parecia brincar com alguns dos seus brinquedos dentro do berço e eu sabia que ele ficaria bem. Subi com cuidado sobre Sofia com as pernas em cada lado do seu corpo e sentei sem por todo o meu peso sobre seu bumbum, me curvei um pouco e deixei alguns beijos em seu pescoço. Sofia começou a sorrir, eu sabia que ela sentia cossegas alí então continuei, mordidas leves seguidas por massagens com minha língua até eu ouvir ela gemer e se virar em baixo de mim me fazendo olhar para aqueles lindos s***s dos quais ela era dona. Ela me puxou pelo pescoço e me beijou. Pediu passagem com a língua e eu dei, minhas mãos coçavam para ir até os s***s dela, mas ela pareceu se dar conta da desvantagem que estava. -Você está vestiida! - ela disse com a voz rouca quebrando o contato dos nossos lábios. - Estou. E Vítor está aqui. -Onde? - ela perguntou e eu apontei para o berço me levantando de cima dela onde ela se sentou nem se importando com a nudez. - Traga ele até aqui. -Também trouxemos seu café da manhã. - Apontei para seu lado esquerdo e ela sorriu. Peguei a bandeja e coloquei sobre suas pernas e ela agradeceu com um olhar e eu me aproveitei para pegar Vítor em meus braços, ele ainda estava com aquele Minion em mãos eu sorri por ele ser tão daquele jeito. Tão calmo e feliz como se nada em sua volta o afetasse, peguei em meus braços o ninando ouvindo alguns pequenos resmungos da parte dele e sorri, eu me sentia a melhor mulher do mundo com ele em meus braços. -Ele é tão lindo, Pets. - Sofia disse me fazendo sorrir feito uma i****a, ela percebeu e me encarou com o cenho confuso. - O que foi ? Me sentei em seu lado acomodando Vítor entre nós que olhava atento para aquela mulher nua em nossa cama, observei que ele analisava a mãe, atento e depois sorriu para ela da mesma forma que ele fez algumas semanas atrás e Sofia pareceu se comover com aquilo. - Você não me chama assim desde nossa adolescência. - Respondi sem olhar para ela, mas sabia que seus olhos estavam em mim. - E sim, ele é a criança mais linda do mundo, não é meu amor. Fiz cócegas na barriguinha dele e ele acabou gargalhando alto. -Posso ter ele nos meus braços ? Da forma certa agora ? Sabendo que ele também é meu ? - Sofia fez várias perguntas e eu apenas concordei com a cabeça vendo ela se livrar da bandeja com as cosias já que Vítor achou que seria uma boa idéia meter as mãozinhas pequenas ali. -Claro. Vá com a Mama, pequeno. Passei ele com cuidado, Sofia parecia ter em mãos uma pedra preciosa demais e no fundo ela tinha, tinha o fruto do nosso amor e tinha metade da minha em seu colo já que a outra metade à pertencia. Ficou minutos observando a maneira que eles dois interagiam, Vítor para um bebê pequeno era atento aos detalhes e eu não sabia explicar o porquê só sabia que ele era esperto demais para um bebê como ele. -Eu queria poder lembrar disso tudo.. - Sofia disse depois do silêncio. - Queria me lembrar de você... -E você não lembra ? - Eu perguntei olhando em seus olhos, eu senti o medo me consumir. -Em partes, até o dia em que vi você beijar Alexa.. Depois é como se tudo tivessem em silêncio e eu ainda me sinto como se tivesse dezoito anos e tudo o que sinto é a dor que essas memórias me causaram... - Senti meus olhos arder por um momento, eu sabia que iria chorar. - Eu só queria me lembrar que eu te perdoei... Eu me sinto arrependida. Me lembrar que passamos por tudo isso, não olhar pra você e ver alguém que eu costumava odiar... — Sua palavras me atingiram de uma forma tão grande que poderia ser comparado à um chute no estômago. Um chute onde você sente ânsia de vômito, sente que alguns ossos seus foram quebrados mesmo sabendo que teoricamente é difícil de ocorrer, mas não impossível. Aquelas palavras me atingiram de uma maneira tão grande que quase não poderia ser comparado com nada no momento. Talvez seja porque ela tenha quebrado meu coração mais uma vez... Mas é a Sofia, minha Sosô... Quando nós pertencemos à alguém dessa forma, eles tem o direito de te machucar dessa maneira ? Então eu respirei fundo, segurando as lágrimas - ao menos tentar segurá-las - e fiz a pergunta que mudou minha vida e o rumo da nossa história. -Você se arrependeu d-de ter me perdoado? - Minha voz saiu sôfrega, revelando o quanto eu estava ferida. - V-você se arrependeu de ficar co-migo? Sofia olhou para meu filho e limpou uma lágrima de seus olhos, porque ela estava chorando? Ela não tinha o direito de chorar já que aquilo não atingia ela. Porque ela estava fazendo aquilo comigo? - Peti... - Ela disse e eu me odiei ao ouvir esse apelido. - Não, não me chame assim sabendo que você vai me mandar ir embora em seguida, não estrague mais as coisas boas que vivemos no passado, não use esse apelido sabendo que você irá me machucar no final. - Eu disse com um fôlego só me sentindo a pior pessoa do mundo. - Você quer que eu vá embora, é isso? — Ela olhou para mim e seus olhos estavam vermelhos devidos as lágrimas. - Para nunca mais voltar. Ela concluiu e eu senti que meu corpo tivesse em queda livre, mas eu sabia que dessa vez não haveria ninguém para impedir que eu me chocasse ao chão. A pior dor que podemos sentir é aquela que é causada por alguém que te prometeu que jamais te machucaria.

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