O corpo fala antes da mente aceitar. Sempre fala. Antes de qualquer palavra, antes de qualquer negação. Primeiro foi um enjoo bobo, tão pequeno que eu mesma ri sozinha, achando que era nervoso ou só uma gripe m*l curada. Depois, a tontura na escada do núcleo. As mãos segurando o corrimão com força, o coração disparado, e as vozes das crianças ainda ecoando lá embaixo. E então o cheiro do café forte da sala, o mesmo café que eu bebia todo dia, sem problema nenhum. De repente, só o aroma já me revirava o estômago. — Tá com cara de quem vai desmaiar de novo — Gabi comentou, rindo, enquanto segurava um copo descartável. — Anda dormindo direito? — Não é nada. — forcei um sorriso. Mas eu sabia. O corpo sempre sabe. Na manhã seguinte, o estômago já não era só enjoo. Era uma sensação de va

