Não vai acontecer de novo.
Foi a primeira coisa que pensei quando acordei naquela segunda-feira, ainda com o corpo pesado e a cabeça em alerta.
Levantei mais cedo que o normal, vesti a roupa mais séria que tinha no armário, prendi o cabelo com força, como se o coque apertado fosse capaz de segurar também minhas vontades e minhas fraquezas.
Me olhei no espelho por exatos dois segundos e me dei uma ordem silenciosa: chega. Nada de se emocionar por homem que some, nada de sentir falta de toque que não vem com presença, nada de fantasia. Ele não era meu. Nunca foi. Nunca disse que seria. E eu me joguei de cabeça como se tivesse chão. Não tinha. Era queda livre. E dessa vez, eu ia parar de cair.
Fui pro núcleo mais cedo, ocupando cada minuto com alguma tarefa. Recebi as crianças com sorris
