CAPÍTULO 5

1432 Words
"Tomei dorfelx para aliviar a dor física, mas ainda não há remédio para curar a dor no meu coração." Helena Eu embalo as porções de bolo de cenoura que fiz na noite anterior. Passei mais de quatro horas aperfeiçoando a receita até ficar satisfeito com o resultado maravilhoso. Tanto que fiz uma versão saudável para Mirella porque ela adora todas as sobremesas, as palavras dela, não as minhas. No entanto, Leonardo é especial, uma receita feita apenas para ele. Eu saio de casa com minhas bolsas penduradas nos ombros, olho para a porta fechada do meu vizinho, dou alguns passos para frente e deixo a cesta na entrada dele. Eu coloquei alguns preparativos em casa, juntamente com uma nota de desculpas pela minha falta de jeito. Agora que tenho as mãos livres, fecho a porta atrás de mim, bato na porta de Bruno e corro para o elevador porque não quero vê-lo. Tola? Talvez. Já me fiz de parvo uma vez, não quero que se repita mais. O lugar onde moro agora está mais perto do meu trabalho, então em menos de vinte minutos eu estou lá. Após cumprimentar os seguranças, abro a loja, como todas as manhãs, preparo para começar com os preparativos. Estou a mistura de donuts na bandeja quando ouço alguém tocar no balcão. Eu deixo o que estou fazendo e saio para conhecer uma mulher curta, talvez alguns anos mais velha do que eu. Seu cabelo é preto e ela tem um sorriso agradável em seu rosto. — Olá, como posso ajudá-la? — Pergunto, uma vez que não carrega nada que a identifique como trabalhadora da empresa. — Você é Helena? — Surpresa antes da sua pergunta — Serei a tua nova assistente, chamo Michele Aguiar. Eu levanto uma sobrancelha, seu nome e sotaque são indicações de que ela não é desses lados. — Prazer em conhecê-la e seja bem-vinda —Aproximo dela para apertar a mão — Eu já precisava de um assistente. — Estou pronta para começar —diz. Eu me afasto e deixo ela entrar. Eu a levo para trás para que ela possa deixar suas coisas lá e, em seguida, começo dá uma instrução do que a máquina executa tudo, em geral. — Tem alguma dúvida? — Eu pergunto quando terminar. — Não, tudo ficou claro. Você explica muito bem. — Perfeito, abrimos em segundos — Eu olho para o meu relógio para verificar a hora — Dez minutos, vamos terminar de organizar os preparativos para ser mais fácil para nós despachar. — Ok. Com as mãos extras de Michele, o trabalho compensa. Às oito horas, chegam as primeiras pessoas. Michele escreve as ordens enquanto eu as entrego com um sorriso no rosto. Apesar de não ter dormido quase nada, estou de bom humor; acho que isso está relacionado a um certo homem que aparece na minha frente. — Bom dia, Helena —diga "olá" Leonardo. — Bom dia! — Retorno a saudação com bochechas vermelhas. — A sua manhã está a correr bem? Vejo que tem uma nova ajudante, acrescenta. — Eu tenho. E sim, a minha manhã está ótima. Ele se inclina um pouco na minha direção e eu inevitavelmente me aproximo. — A minha também, deve ter sido jantar que tivemos ontem à noite. Meu coração acelera, minhas mãos ficam molhadas e minha boca se abre uma e outra vez procurando algo coerente para dizer. — Parece que te deixei sem palavras —provoca — Dá um café, por favor. — Claro! — Digo uma vez que me recomendo. Eu sirvo o café em uma xícara e depois me inclino e pego a porção da sobremesa que fiz para ele. A embalagem é semelhante à que temos aqui, por isso não vai levantar suspeitas. — Eu não... — É especial, espero que goste —interrompo. — Tenho a certeza que vou. — Alguém desaparece atrás dele, quebrando o momento — Vejo mais tarde. Eu me forço a voltar minha atenção para os outros clientes enquanto ele registra o pedido com meu novo assistente. Estou a pensar que mais ninguém se aproximará por agora quando vi Mirella a correr, de salto alto, e quase a colidir com o balcão. — Salve-me! — Grita, chamando a atenção de quem continua perto — Eu fui para a cama tarde terminando um relatório, esta manhã o alarme não soou e agora estou atrasada, mas não posso subir sem seus vícios. O que você tem para mim hoje? Surpreende-me que possa falar entre suspiros. — Eu tenho o que você precisa —Eu embalo seu café e despejo a outra parte do bolo — Diz que gosta. — Eu prometo. E tão rápido quanto ela chegou, e logo saiu. O último cliente sai, e quando Michele termina os pedidos, eu me aproximo dela. — Como está? — Foi simples, este parece ser um trabalho de sonho —Ela até suspira. — É Geralmente ocupado de manhã e depois do almoço, mas o resto do tempo voa. Venha comigo, devemos limpar tudo e preparar mais coisas. — Sim, chefe. — Apenas Helena —corrigiu. Ela promete me chamar assim enquanto me segue até a cozinha. Michele se oferece para limpar enquanto eu preparo alguns biscoitos de chocolate; quando termina, ela se aproxima de mim para olhar e, percebendo seu interesse, eu começo a explicar. A qualquer momento, corra para encontrar um caderno para anotar minhas instruções e conselhos. Uma emoção surge no meu peito, já faz um tempo que alguém estava interessado no que eu faço, há muito tempo, para dizer a verdade. — Eu vou tentar esta noite, amanhã eu vou te dizer —ela me diz. — Ok, terei todo o gosto em ajudá-la. Faltam alguns minutos para ela voltar a falar. — Aquele homem de antes, aquele que se inclinou para você, é o teu namorado? E aqui vai de novo, a este ritmo eu vou ser mais um semáforo da rua. As minhas bochechas não conhecem discrição? Eles estão sempre tomando cor em tudo que eu me sinto envergonhado ou tímido. — Não, ele é meu amigo —Eu respondo. — Oh, pareciam íntimos, ficam bem juntos. De qualquer forma, não é da minha conta. Fico em silêncio sem saber o que mais acrescentar. Continuamos trabalhando até que três cheguem e Leonardo não desceu para tomar seu café. Eu tenho o desejo de levá-lo até o seu apartamento, no entanto, eu me segurar porque isso seria estranho, além de que ficaria r**m e eu não quero ser um problema para ele. Um pouco triste, Michele e eu fechamos a loja. Eu digo adeus a ela, e ando até a saída, mas as portas do elevador se abrem primeiro e eu paro quando vejo o homem que esteve em minha mente o tempo todo. Um sorriso gigante aparece no meu rosto e eu passo em frente para me aproximar dele, mas eu congelo com sua expressão irritante. Ele sai do elevador, passa por mim, e apenas me dá um aceno de cabeça antes de eu sair do prédio. Eu fico lá, sem entender completamente o que aconteceu. Ele me viu, mas não sorriu de volta, agiu como se não me conhecesse. Fiz alguma coisa errada? Não gostou e do bolo que fiz para ela? Perguntas após perguntas aparecem em minha mente e nenhuma delas tem uma resposta. É assim todo o caminho de volta para a minha casa, mesmo quando eu abro a porta do meu apartamento. — Oi! — Uma voz profunda me chama. Eu me viro para ver meu vizinho, ele tem a cesta desta manhã em seu braço, o objeto parece um brinquedo devido a quão grande esse homem é. — Sim? — Eu pergunto. — Obrigado pelo presente, não precisava. — Pego a cesta — Estava bom? — O quê? Sim. — Você parece que não gostou —Sua cara está me diz, como se algo estivesse incomodando. — Eu sou, espero que tenham gostada. — Desculpe eu não, provei. — Por quê? — A minha voz não esconde o quão triste isso me deixa. Que as pessoas comam o que eu preparo me enche de uma maneira que eu não posso explicar, eu só sei que tem sido assim desde que Kevin morreu. — Sou diabético. — Meu Deus, sinto muito. — A culpa não é tua, não sabia. — Ainda assim, me desculpe. — Boa noite!—corta-me. Ele entra em seu apartamento e fecha a porta atrás dele enquanto eu fico lá, processando o que aconteceu. O que deu nestes homens por agirem de forma estranha hoje?
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD