01: A Executora & O Sedutor
7 anos atrás
Doca de Nápoles, Itália.
O cheiro de mar, peixe e tiro estava no ar. O porto de Nápoles tinha virado um quebra-p*u total. Os contêineres eram esconderijos, e as luzes piscavam, mostrando os caras armados.
O Família Corleone estava em guerra com a Família Castello por um carregamento de armas. Íris Corleone não estava ali para conversar; ela estava ali para ganhar.
"Cubram a retaguarda! O carregamento está no contêiner azul, lado sul!” Íris gritou, a voz alta, mas super calma no meio da barulheira dos tiros.
Ela se mexia super rápido, como uma sombra. Estava com um colete por baixo do casaco preto e a pistola Beretta 92 customizada parecia uma extensão natural de seu braço. Ela era a Executora, o gelo que nunca derretia.
Íris fez uma curva brusca atrás de um contêiner vermelho e imediatamente sentiu que não estava sozinha , um cara se jogou ali também, vindo do outro lado. Ela não esperou girou, ficou agachada e a arma já estava apontada antes que o cara pudesse fazer algo.
Seus olhos frios bateram nos dele.
A mão de Íris travou. A ponta da Beretta estava bem no meio da testa de um homem alto, cabelo escuro preso e olhos castanhos que... bem, que olhavam para ela de um jeito zero hostil.
Era Sebastian Castello. Ela o conhecia das fotos: o galã, o sedutor, o negociador, o problema.
Ele também estava com a arma levantada, um Smith & Wesson 500, apontado diretamente para o seu peito. Os lábios dele se curvaram num sorriso lento e insolente, totalmente inadequado para a situação
Fez-se um silêncio enorme, que durou só três segundos. Parecia que a guerra tinha parado ao redor deles.
“Olha só,” a voz de Sebastian era rouca e gostosa, contrastando com a gritaria da luta. Ele sustentou o olhar dela. “Nunca pensei que enfrentaria a lenda em pessoa. A Executora.”
Íris sentiu raiva pela ousadia dele. “Sebastian Castello. Seu Família está invadindo o que não é vosso, Baixe a arma, ou serei obrigada a terminar o seu legado agora.” A voz dela era baixa e cortante, daquelas que fazem marmanjos tremerem.
“Acabar comigo, é?” Ele riu, mas o riso não chegava aos olhos. Ele a encarava fixamente, de cima a baixo, com uma tensão e desejo tão na cara que quase a fez corar. “Você é ainda mais deslumbrante pessoalmente, Srta Corleone Dizem que você é feita de gelo, Mas, olhando para esses olhos verdes… eu vejo fogo, Sinto o fogo.”
A ousadia dele era inacreditável O ar preso no peito de Íris queimou. Ela estava acostumada a dar medo, não a ser... desejada. O jeito que ele olhava para ela a desestabilizou por um segundo. Para Sebastian, foi amor à primeira vista, e ele não disfarçou, A confusão dela era na hora.
“Cala a boca,” Íris falou baixinho, mas com muita raiva “Você está me deixando irritada”
“Estou te lembrando que somos humanos. Que a vida é mais do que essa porcaria de guerra” ele disse, e a voz dele falhou um pouco, mostrando a emoção forte que a atingiu.
Ele estava fascinado
Foi o segundo que ela precisava.
Sebastian, hipnotizado pela beleza de Íris, não viu o movimento.
Num ataque rápido e treinado, Íris usou o cotovelo para bater no braço dele, não para quebrar, mas para tirar o equilíbrio. Ela foi rápida e precisa. Sebastian levou um susto, a boca meio aberta. Antes que ele pudesse reagir, a Beretta saiu de sua mão, e ela chutou a arma dele para longe, fazendo-o deslizar sob um contêiner.
Íris Corleone tinha Sebastian Castello na mão.
Ela reposicionou a arma, Agora bem encostada na cabeça dele. O cheiro de metal frio e suor estava no ar. A vergonha por ter se distraído com o flerte dele deixou sua cara com expressão ainda mais Brava e irritada
“Foi sorte minha, Castello. Sorte que você é um poeta na hora errada” ela disse, a voz cheia de raiva por quase ter falhado. Os dedos dela estavam no gatilho, prontos para atirar ,Fria, Fria, Seja fria.
Sebastian estava desarmado e preso, mas o olhar dele não era de medo era de admiração e paixão total, Ele sorriu de novo, um sorriso de desafio.
“Então atira logo, Executora. Se você for capaz de apagar esta conexão que você sentiu agora. Não minta para si mesma, Íris. Eu te peguei por um segundo, E você me pegou pela vida toda.”
As palavras dele foram um golpe, Íris hesitou. Sentiu o coração batendo forte demais, a vontade de atirar se misturou com a vontade de... beijá-lo? A ideia era absurda e a raiva dela aumentou por sentir essa fraqueza.
“Sua família vai pagar,” ela murmurou, pressionando a arma.
“Senhorita Íris! O lado Leste está caindo! Precisamos de ajuda, agora!”
O grito, que veio do meio do tiroteio, quebrou o encanto. Era Joseph , um dos caras de confiança do pai dela.
Íris voltou à realidade. Seu dever. Sua lealdade. Ela não podia perder tempo. Precisava vencer a guerra, não se render à paixão.
No momento em que ela desviou o olhar para o barulho de Joseph, Sebastian agiu. Não atacou, não brigou, Ele se esquivou com a mesma velocidade com que ela o havia desarmado, rolando para longe na sombra entre dois contêineres e desaparecendo no meio da confusão.
Íris cerrou os dentes, a frustração queimando na garganta, Ela tinha deixado o alvo principal escapar! Por causa de uma bobeira.
“Ele fugiu! Foco no Leste!” ela rugiu, voltando a ser a máquina de guerra que era.
Sebastian correu, o coração disparado, mas não por cansaço ou medo de morrer ,Era pela adrenalina daquele olhar, pela arma fria na testa e o mais importante, por ter encarado a morte e saído vivo.
Ele encontrou um de seus homens, Marco, que estava pálido e ofegante.
“Chefe! Pensei que estivesse morto! O que rolou? Ouvimos tiro perto de você!” Marco gritou, aliviado.
Sebastian parou, apoiando-se numa parede, ofegante, mas com um sorriso louco no rosto. Ele passou a mão no cabelo escuro e molhado.
“A Executora, Marco, Eu fiquei cara a cara com a Executora” ele disse, os olhos brilhando com a imagem dela.
Marco, um veterano de muitas batalhas, ficou chocado, Os olhos dele arregalaram. “A... a filha do Corleone? A segunda mais temida? A mais perigosa? E você saiu vivo para contar?” O tom de Marco era de quem não estava acreditando no que ouvia.
Sebastian riu, uma risada rouca e de verdade. “Não só saí vivo, Marco, mas ela hesitou, Ela teve a chance e não atirou”
Marco olhou para ele com cautela, como se Sebastian tivesse ficado louco. “Chefe, essa mulher é uma máquina de m***r, Ela não hesita.."
“Ah, mas comigo, ela hesitou, Eu senti e eu vi,” Sebastian sussurrou, mais para si mesmo. A sensação estranha de não ter sentido medo estava ali, trocada por algo novo e muito mais perigoso «obsessão».
Ele não queria mais o carregamento, Ele não queria a guerra, Ele só queria ver Íris Corleone de novo, Queria que aquele olhar frio se quebrasse de novo, para ele poder ver o fogo que ele sabia que existia Ele precisava provar a ela que a vida era mais do que a morte.
Sebastian se recompôs, voltando a ser o negociador frio.
“Termina o trabalho aqui, Marco, Eu tenho que ir.”
“Ir? Mas para onde, chefe? A briga não acabou!”
Sebastian começou a caminhar, olhando para o céu chuvoso, como se estivesse vendo o futuro. “Eu tenho um novo alvo, Marco. Um alvo muito mais interessante. A Executora. Eu vou encontrá-la de novo. Não como inimigo, Como... um conquistador.”
Marco balançou a cabeça, o medo voltando. “Isso é loucura, Chefe. Ela quase te matou. Não arrisque sua vida de novo por causa de uma... Executora!”
Sebastian sorriu, o sorriso mais charmoso e perigoso que ele já tinha dado. Ele sentiu o coração pulsar.
“Ela não me matou, Marco. Ela me viu. E eu vou ter o resto dela.”
Sebastian se afastou, a imagem de Íris com a arma na mão gravada na mente. Ele sabia que o desejo era insano, mas a sensação de vida que ela deu a ele ao hesitar era a única coisa que importava. Enquanto ele voltava para a guerra, começou a montar um plano para encontrá-la, sabendo que, para Íris Corleone, ele era só um alvo. Mas ele não se importava. Ele faria de si mesmo o alvo favorito dela. O que Sebastian não sabia é que Íris também estava fazendo planos: planos para terminar o serviço na próxima vez que se cruzassem, para acabar com essa fraqueza antes que ela a destruísse.
