Feathers and Pocket knives- by Hans Becker

Cap29

Naquela tarde Christoff e Evangeline comemoravam sua conquista com um espumante que Christoff tinha comprado, os dois estavam felizes e ansiosos para mostrar para Hans o que haviam conseguido, Hans escutava os risos e sorriu de lado ao saber que eles tinham conseguido. Hans sabia desde o inicio o que havia acontecido com Vans mas não tinha noção das coisas que eles tinham descoberto além. Depois de suas últimas palavras com Germana, Hans não conseguia expressar qualquer sinal de alegria, ele tinha descoberto algo que preferia nunca ter descoberto, e agora com Christoff já adulto ele precisava saber da verdade.

Hans abriu a porta e os dois sorriram

-TIO HANS QUE BOM QUE CHEGOU...- Eva correu e lhe deu um abraço- Estamos comemorando

-Desvendamos o caso tio, provas e tudo, semana que vem iremos atrás do suspeito. Quer dizer do assassino...- ele lhe entrega uma taça de champanhe 

-Eu também...- ele se senta em sua poltrona e cruza as pernas- Eu descobri quem matou Edgar Hoffman, com testemunhas e declarações.- ele falava triste, Christoff e Eva deram um grito 

-E porque não está comemorando tio? Venha vou te contar o que descobrimos...- Christoff falava animado e se senta no sofá com Eva

- Não estou comemorando porque temos que ter uma estratégia agora, temos provas, testemunhas e suspeitos, mas uma jogada em falso...BUM, Haron pode acabar com tudo....e temos algumas coisas para desvendar ainda...- ele bebe em sua taça e olha para os dois- Descobriram aonde está Marco? 

-Então...ainda...- Christoff ia começara a falar mas ele e Eva se entreolharam

-Como você...?

-Eu disse desde o início que eu já tinha desvendado o caso....- ele olha para os pés

-Como?- ela pergunta

-Bem, está na hora de vocês saberem como eu conheci Vans Hoffman, crianças- ele sorri triste- Minha mãe faleceu quando eu tinha 10 anos, meu irmão 17, tivemos que nos virar, e logo ele foi convocado para o exército, me mandava dinheiro e uma senhora que morava perto de nós ajudava a me olhar quando eu precisava, mas as coisas ficaram mais difíceis e eu tinha que fazer alguma coisa para arrumar dinheiro, pois o pouco que John me mandava não era mais o suficiente. Comecei a trabalhar na mansão Hoffman como um ajudante na cozinha, e desde a primeira vez que ele me olhou o General me ajudou e me ensinou grande parte das coisas que eu sei hoje. Meu irmão não sabia que eu estava trabalhando para me sustentar, então o general me colocou de novo na escola e me ajudou com dinheiro, além de me ajudar a gostar da literatura e afins. Eu estava lá, mas ninguém além do seu avô me via, certa vez Marco, o chefe, estava me ensinando a fazer pão, quando ele me dispensou mas eu fiquei escondido, vi quando Virginia e ele começaram a se beijar, eu não queria magoar o General, então guardei em segredo, na última vez que os vi Marco gritava na cozinha que ia matar seu avô por ter a tirado dele, ele estava apaixonado por Virgínia isso era claro, mas ela não quis largar o luxo por amor, então eles romperam e nunca mais o vi. Consegui esse canivete ganhando dele, Marco Hernandez, ele me deu como pagamento para não dizer a ninguém o que tinha visto, quando eu os peguei se beijando.- ele balançava o canivete- Quando vi o outro canivete lá, sabia que tinha sido ele, ele era mais novo que Vans, uns 15 anos, então devia ter força o suficiente para fazer o que fez...- ele respirou

-Mas Hans...- Eva falou sorrindo- Marco não matou meu avô por ter perdido a mulher que amava...- Hans prestou atenção nela -Marco matou porque supostamente meu avô se livrou da filha dele, a filha que ele teve com a Virgínia.- Hans se levantou

-VIRGÍNIA TEVE UMA FILHA BASTARDA? -ele começou a rir- Inacreditável, isso é melhor do que eu imaginava- Quero que descubram isso pra mim o mais rápido possível...- ele volta a se sentar- Será delicioso jogar isso na cara dos Hoffman no tribunal....O que mais descobriram?

-Vão me obrigar a se casar com Jonas, antes da minha maioridade...- Hans olhou para Christoff que não conseguiu encara-lo 

-é mesmo? - ele queria algum posicionamento do sobrinho- Não se preocupe querida, tudo dará certo...- ele olha para o relógio- Vão se arrumar, levarei você para jantar hoje

-Jantar? Mas temos muito a discutir...- Christoff intervém 

-Christoff, foram dias desgastantes, eu estou cansado, essa viagem não foi fácil pra mim, e essa noite eu quero comer boa comida e uma deliciosa sobremesa, é pedir muito que desligue de tudo por algumas horas?- Christoff entendeu que algo que muito r**m tinha acontecido naquela viagem, seu tio nunca exigia tal coisa, seus olhos estavam vermelhos e parecia que ele queria conversar com ele a sós.

-Claro, tio, me perdoe....- ele olha para Eva- Pode ir se banhar primeiro...

-Com prazer, colocarei um belo vestido essa noite....- ela sai saltitante e vai até o banheiro e se tranca

-Ok tio, não conseguimos mentir um para o outro, o que aconteceu nessa viagem?- Hans não aguentou e deixou duas lágrimas caírem de sua face- Santo Deus, estou ficando preocupado...

-Ai meu filho...- ele pegou na mão do rapaz- O que aconteceu lá afrontou o segredo que eu prometi nunca lhe contar, eu descobri coisas que preferia não ter descoberto....Me sinto arrasado por ter que lhe contar, você não é mais criança... está na hora de saber a verdade.

-Do que está falando tio?

-Eu descobri quem matou Edgar...

-Sim, Haron e Charles

-A mando deles, sim, mas não foram eles que atiraram na cabeça de Edgar...- Christoff franziu a testa

-Tiro? Mas ele não morreu no acidente?- Hans negou com a cabeça

-Ele e Eva saíram do carro antes da primeira explosão, Haron jogou ela no rio e ela foi levada pela correnteza, foi salva por um local, por isso ela perdeu a memória- ele respirou fundo - Um homem foi pago para atirar em Edgar...e Haron e Charles foram só comprovar a morte e fazer com que o carro explodisse novamente necrosando o corpo....

-Meu Deus, e você sabe quem é esse homem, tio?- Hans derramou mis lágrimas ao encarar Christoff e concordou- Quem? Podemos coloca-lo na cadeia.....

-Não podemos, filho, não podemos...

-Porque tio?

-Porque ele já morreu....- ele paga na mão do rapaz- Christoff quem matou Edgar Hoffman foi seu pai, John.- Christoff se levantou e começou a andar de um lado para o outro 

-Como....- ele ria de nervoso- Tio como um soldado poderia do nada sair da guerra e vir assassinar um homem? Meu pai nunca faria isso...eu lembro dele, ele era um bom homem....- ele começou a derramar lágrimas- A menos....Tio meu pai estava na guerra? - Hans não conseguia olha-lo - TIO....

-Não, Christoff, seu pai tinha saído do exército pouco antes da sua mãe morrer, ele saiu com desonra, a morte de sua mãe fez ele fazer coisas erradas. Ele ficou aqui com você e comigo, e não queria que eu o sustentasse então começou a procurar empregos e um dia apareceu com um, ele disse que cobrava impostos....Eu fiquei feliz por ele, só que um dia ele fez uma viagem e voltou todo machucado, então eu descobri que ele machucava pessoas que não pagavam dívidas, eu pedi para ele parar, até que você ficou muito doente e precisava de um remédio que nem eu conseguiria pagar, ele saiu numa sexta e voltou segunda com o remédio, não fazia ideia de como ele tinha conseguido, ele me falou que tinha sido chamado novamente para o campo de batalha e que havia recebido uma rescisão, enfim ...mentiras. Na última vez que eu vi, eu sabia que ele não ia voltar mais, ele tinha saído com você por uma semana...

-Eu me lembro ele falou para eu cuidar de você, pescamos e comemos truta na beira do rio...nunca me esquecerei daquela semana.- Christoff falava triste e Hans se recordou de seus últimos momentos com John 

 "Faltava dois dias para ir para o campo de batalha, John havia chegado com o pequeno Chris que se acolhia na grande cama do tio enquanto os dois conversavam, John com seu volumoso e belo casaco de plumas fumava um cachimbo, o cheiro dele era maravilhoso, era o melhor dos seus cachimbos, e John concordava por cheirava ele mais do que fumava

- Porque o cheira tanto?- Hans tinha o perguntado 

-Quero que se eu morrer, esse seja o cheiro que fique na minha memória e me lembre de você...e do Chris assim, dormindo...- ele olhava o filho dormindo e abaixa o cachimbo com tristeza- Hansal...- ele olha par o irmão que já sabia o que ele queria dizer com aquele olhar

-Não precisa me pedir isso, seu filho é meu filho, irmão...- os olhos de ambos começaram a marejar -John o que foi que você fez?- John abraça o irmão com força

-Fiz o necessário para que vocês dois vivam...cuide dele Hansal...até um dia irmão.- ele foi até o quarto onde Chris dormia, deu um ursinho para ele e lhe deu um beijo na cabeça, John saiu da casa disparado e foi embora, Hans sabia que algo iria acontecer, e sabia que o irmão tinha se metido em algo grave, e apenas quando ele foi embora percebeu que ele havia deixado o seu tão invejável casaco de plumas, Hansal pegou aquilo e o vestiu, as lágrimas escorriam, pois sabia que não veria seu irmão nunca mais, era isso que seu coração dizia.

 No dia de embarque John Becker foi assassinado no banheiro da estação de trem, Hans nunca superou a morte do irmão mesmo que tenha pego o assassino anonimamente e o colocado na prisão por 47 anos, um gangster, um homem que matava e ameaçava por prazer, e mesmo com a justiça feita Hans nunca contou a verdade sobre o irmão há Christoff, ele acredita que o pai tenha morrido nos primeiros meses na linha de frente, e é isso que está escrito na descrição militar dele."

-Sempre senti que era um caso inacabado...

-Haron mandou matar meu pai...- Christoff falava entredentes - Ele matou meu pai, eu preferia meu pai preso do que morto, tio...

-É assim que Haron Hoffman age, filho, ele lhe dá a mão e depois arranca as suas duas, não se impressione se baterem na porta a qualquer momento dizendo que ele matou outra pessoa...

-Tio...mas e a Evangeline, como que eu vou contar isso?

-Isso terá que ser revelado a ela, filho, então espero que seja corajoso o bastante para enfrentar isso...- ele olhou para a direção do banheiro assim que o som da água parou -Não vai perde-la se for honesto, não foi sua culpa, nem seu pai sabia para quem estava trabalhando....ela entenderá.- Christoff respirou fundo

-Tio e se eu ....

-Você sabe muito bem o que fazer, menino....- ela abraça o sobrinho- Me perdoe por ter mentido pra você, eu só queria lhe poupar de sofrer....

-Eu sei....- Aquele momento é interrompido por alguém tocando a campainha

-Eu atendo...- Eva aparece já vestida de Ava e abre a porta, era o policial Keller, Christoff olhou para Hans eles sabiam que não era boa coisa

-Srs. Becker, srta. Ava...- ele tremia 

-Keller, o que foi?- Hans pergunta

-Sinto muito lhe informar mas- ele tirou o chapéu - Faz uma hora encontraram a Senhora Priscila Hoffman morta em seu quanto- Christoff se levanta assuntado e Ava coloca as mãos no Rosto- Ela cometeu suicídio...- Christoff e Ava se olham

-O VENENO...- os dois falam juntos 

-Keller pode sair, já estamos indo, descrição...- ele consente e sai

-Que veneno?- Hans pergunta

- O que Sebastian arrumou para Haron, ele falou que ele é imperceptível aos exames, bom o suficiente para matar um cavalo pequeno ou uma mulher   

-Haron está tentando matar nossas testemunhas....- Hans coloca seu casaco de plumas- Christoff meu canivete, precisamos encontrar Sebastian antes de Haron, vão ao seu encontro eu vou supervisiona-los na mansão, voltem as tes 21:00 entendeu?

-Sim senhor, se ele matou Priscila....- ele parou - Ela ia me contar ....

-O que ela ia te contar??- Eva e Christoff falaram juntos

-Eu descobri o motivo pelo qual Haron matou seu pai, Evangeline...

-Porque? Eu pensei que era só por dinheiro....- Hans negou e lhe entregou a carta de Edgar- Quem me deu essa carta foi a Gerty, ela é praticamente sua avó, ela criou sua mãe...era para a casa dela que estavam indo naquela noite....- Os dois liam atentamente até que os dois pararam em choque

-NÃO....- Eva se sentou- Isso não pode ser verdade....Por isso David o rejeita, por isso Haron exige tanto dele....Santo Deus

-Sim, meus filhos, Jonas é filho de Christine e Haron Hoffman, o incesto.- os dois ainda estavam em coque- Vamos embora, precisam encontrar Sebastian. Cuidem-se e voltem vivos para casa.