BRUTUS Tava tentando respirar fundo, pegar uma breja na geladeira pra acalmar, quando ouvi o portão ranger. Meu sangue gelou. Quem c*****o tava entrando na minha casa a essa hora? O morro não perdoa, mano, e eu não sou o****o. Peguei a glock que tava escondida na gaveta da sala, engatilhei com um clique baixo e me posicionei na porta, o dedo no gatilho, pronto pra meter chumbo em quem fosse. Meu coração tava batendo forte, mas a cabeça tava fria, calculando. Então veio um toque baixo, delicado, seguido de uma voz doce que me acertou como um soco no estômago. — Renan!? Ô Renan! Tá aí? Porra, mano, eu conhecia essa voz. Era como um eco do passado, voltando pra me assombrar. Abaixei a arma devagar, o peito apertado, e abri a porta. Lá tava ela. Laura. A filha do Santiago. Não mudou

