Valentina entrou no táxi que a aguardava na entrada do orfanato,encostou a cabeça na janela do carro e não teve como segurar as lágrimas que rolaram descontroladamente pelo seu rosto, estava triste e feliz ao mesmo tempo, uma tempestade de emoções em seu peito, era difícil sair do único lugar que viveu a vida toda, ainda que não fosse seu lar pois nele não tinha pai, mãe, vó, vô ou tios...mas era onde tia crescido. Apesar da solidão da sensação de não pertencer a lugar nenhum também estava feliz tinha um trabalho e estava começando na faculdade a partir de agora iria escrever seu próprio destino.
estava tão absorta em seus pensamentos que nem mesmo viu que o carro já havia parado
- Moça já chegamos
- Moça
- há, sim, obrigada.
Disse secando as lágrimas e se preparando pra sair.
- Moça, tudo bem?
-Esta sim, obrigada!
Assim que desceu o motorista também, ele entregou sua mala e partiu, Valentina ficou ali olhando a pequena vila onde agora iria morar era um lugar muito humilde, paredes com tintas descascadas alguns lugares pichados e varia crianças brincando pela rua passou pelo pequeno corredor que daria acesso sua casa na verdade um quarto e sala que m*l tinha 30m², mas pra quem era sozinha já estava de bom tamanho.
Só tinha uma mala então arrumou tudo rápido, ainda bem que os móveis já estavam na casa assim não precisava comprar muita coisa, mas teve que pagar um pouco a mais para a proprietária, ao todo tinha uma cama, um guarda roupa uma pequena cômoda, uma geladeira e um armário de cozinha o fogão e a TV teve de comprar que comprar usou sua economias.
Depois de tudo organizado se arrumou e foi pra faculdade as aulas ainda não tinha começado mas precisava trabalhar na biblioteca e deixar tudo organizado para os alunos .
Chegou pontualmente como sempre.
-Bom dia Maria!
Disse assim que entrou na biblioteca e avistou a senhora muito bem vestida que nao aparentava seus 50 anos
-Bom dia Valentina! você chegou bem na hora.
Disse vindo em sua direção e a direcionando entre as prateleiras
- Preciso que me ajude com essas prateleiras por favor, muitos alunos já vão começar a buscar por livros e precisa estar tudo em seu devido lugar.
-Pode deixar Maria, vou começar agora mesmo.
Enquanto organizava os livros colocou seu fones pra relaxar um pouco, enquanto não começa às aulas não tinha a problemas ouvir um pouco de música pois o movimento é pouco
Estava distraída, mas logo escutou alguém a chamando um pouco mais alto.
- Ei garota
disse o rapaz
Valentina ficou meio boba ao olhar aquele rapaz alto, olhos, azuis e cabelos castanhos...lindo, chegou até esquecer de responder.
- Garota
Disse já meio impaciente
- Ah, é...oi
tinha ficado desconcertada .
- você trabalha aqui?
preciso de alguns livros pode me dizer onde estão?
- Claro, quais são os livros?
ele passou a lista a ela que separou e os entregou a ele.
Querendo quebrar o silêncio e conhecer mais daquele rapaz tão bonito que tinha chamado sua atenção Valentina estendeu a mão e ia se apresentar, mas ele nem lhe deu chance de abrir a boca e saiu sem nem agradecer.
- Puxa, que grosso! custava ao menos agradecer?
Falou num sussurro pra se mesmo
Valentina passou os dias seguintes pensando naquele rapaz e na expectativa de velo novamente, nunca tinha namorado nem ao menos tinha sido beijada, mas sonhava em um dia construir sua família e prometia a se mesmo que seria uma excelente mãe e que nunca em hipótese alguma abandonaria um filho, sabia o quanto doía se sentir rejeitada.
Se passou quase 2 meses e estava tudo uma correria faculdade e trabalho, na faculdade conheceu Ane uma garota extrovertida e cheia de energia, logo tornara-se inseparáveis.
- Amiga amanhã a noite será o aniversário do meu pai e quero que você vá comigo.
Ane disse enquanto seguiam de braços dados no corredor da faculdade.
- Tem certeza amiga não quero incomodar?
- Não vai incomodar nada
- Ok eu vou
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*Valentina narrando
O dia o dia passou já está quase na hora de me do jantar e eu inda estou terminando de me arrumar, ao tenho muitas roupas aliás quase nada somente algumas mudas.
coloquei um vestido rodado com algumas estampas de flores é uma das peças que mais gosto, no pes uma sapatilha, parei em frente ao espelho e passei um batom roxinho que adoro, meus cabelos compridos optei por deixar solto, a cor preta da destaque em minha pele clara ele vem ate minha cintura.
Pego minha bolsa e corro para entrada de casa o táxi já me aguarda informo ao motorista o endereço que Ane me deu.
Quando o carro parou pensei que fosse algum engano mas o motorista me garantiu que estava correto.
Desceu e fico deslumbrada com a beleza do lugar.
os seguranças abriu o portão pra mim pois é gente segurança acho que andei uns 150m até chegar na porta de entrada da casa que era incrivelmente linda coisa que só vi em revistas, imponente com jardim cheio de flores, janelas de vidros enormes, fiquei tão encantada que por um momento até esqueci de bater rsrs.
Bati e aguardei, e que susto não levei ao encontrar o rapaz da biblioteca, chegou a me faltar o ar, ele está vestindo um teno azul escuro bem alinhado e que o deixa ainda mais bonito, me olha de cima a abaixo.
-Você é a garota que trabalha na biblioteca né?! o que faz aqui?
Ane aparece atrás dele antes mesmo que eu respondesse e vem em minha direção me abraçando.
-Pensei que não viria mais
-Desculpe acabei me atrasando
-Nao tem problema, entra. Esse é meu primo Jonas
Aponta pro rapaz que abre um sorriso e me estende a mão
-Prazer
-O prazer é meu.
Respondi enquanto sorria e segurava sua mão. Ele me deu um sorriso tão lindo, ele é tão lindo.
A casa por dentro era extremamente linda e elegante não deixava a desejar em nada, decorada em tons claros, tinha inclusive algumas obras de arte.
comecei a me sentir um pouco desconfortável apesar dos pais da minha amiga ser bem receptivos e amáveis comigo eu não estava vestida de acordo com o local ou com as pessoas que alí estavam...e pude perceber alguns borburinhos de algumas pessoas com relação a mim.
-Ane acredito que seja melhor eu ir.
Disse levando a um canto
-O que houve, porque quer ir acabou de chegar?
-Nada não, só estou cansada. menti
Disse olhando pro lado, mas era engraçado o tanto que Ane conhece, parece que somos amigas uma vida inteira e não a pouco mais de meses.
-Mentirosa, vai conta logo disse pegando as minhas mãos
-Pra falar a verdade estou desconfortável, não estou vestida apropriadamente todos estão tão elegantes.
-Ai amiga isso não é verdade você está linda... mas se você não está confortável eu posso te dá um vestido, tenho alguns em meu quarto.
-Magina amiga, não precisa.
-ok vamos lá pegar creio que tenho um perfeito pra você
falou depois de me encarar nos olhos de não sentir segurança nas minhas palavras