Um bebê
É inverno e está frio lá fora o vento e a garoa fina bate forte nas janelas do velho orfanato esperança.
A freira Meire no seu costumeiro pijama move o seu corpo gordinho ligeiramente, enquanto verifica todas as portas e janelas, não pode correr o risco de uma das crianças saírem durante a noite... chegando a porta dos fundos Meire escutou um barulho estranho parecia um choro, encostou o seu corpo na porta, mas nada ouviu, pensou ser sua imaginação lhe pregando uma peça, balançou a cabeça afugentando os pensamentos maus e seguiu em direção as escadas, estava prestes a subir o primeiro degrau quando escutou de novo e dessa vez não teve como negar era sim um choro! Sentiu todo o seu corpo gelar e o pânico tomar conta do seu ser, após exitar alguns segundos decidiu abrir a porta e para seu desespero no batente da porta estava um bebê enrolado apenas num lençol fino, pegou o bebê, olhou ao redor na esperança de ver alguém, mas nada foi encontrado.
-------18 ANO SDEPOIS-------
— Valentina está na hora minha menina, o táxi já está lá em baixo.
— Estou com medo irmã.
Disse em quanto alisava a suas roupas de maneira exagerada.
— Não tenha menina estarei sempre aqui para você.
- Promete?
Disse enquanto as lágrimas molhava o seu rosto.
- Mas é claro que sim!
Disse irmã Meire enquanto acariciava o rosto da jovem.
Valentina tinha medo de perder a única pessoa que lhe demonstrou amor, nunca entendeu o motivo de ter sido abandonada e ainda mais em tais circunstâncias, se sentia só e mesmo não admitindo doía e muito ter sido rejeitada de forma tão c***l.
Tinha acabado de completar 18 anos não poderia continuar no orfanato, eram as regras. Por ser estudiosa e esforçada conseguiu uma bolsa na faculdade faria administração, também tinha conseguido um trabalho na biblioteca da faculdade de meio período. Imã Meire conseguiu um quartinho para ela morar até poder pagar por algo melhor.
— Não chore mais, minha menina, agora é hora de escrever o seu destino e mostrar ao mundo a mulher incrível que você nasceu para ser