Caminhos Cruzados

7 anos atrás... Eliza - Feliz aniversário meu amor, nunca se esqueça que sua mãe te ama. Falo dando um beijo na testa de minha filha. Minha vida não tem sido nada fácil, minhas escolhas erradas me trouxeram até aqui e o pior de tudo, arrastei minha filha para essa situação comigo. Na tentativa de fugir do pai de Isis conheci Carlos, ele era um homem tão doce, amável. Cuidou de mim e da minha filha, me ajudou a fugir do crápula do meu ex marido. Acabei me apaixonando por ele, e quando pensei que iria viver um conto de fadas o pesadelo começou. Carlos me trouxe para morar em uma comunidade bem distante de onde eu vivia. Na fuga acabei abandonando minha família também, no ato de desespero nem me despedi de meus irmãos. Eles não sabiam das agressões ao qual eu sofria. No começo Carlos era um amor, fazia de tudo para me alegrar e alegrar minha filha, depois de algum tempo veio o ciúme. Ele passou a ter um sentimento de posse por mim, um ciúme obsessivo que me fazia m*l, ele dava a entender que tudo de errado que acontecia em nossas vidas a culpa era minha, já chegou a insinuar que eu me amostrava para outros homens querendo chamar atenção. Em meio a esse caos conheci uma senhora muito amorosa chamada Teresa. Ele sempre me ajudava quando eu precisava, Carlos ficou um tempo sem celular então quando precisava falar com meus irmãos ligava do celular dela. Dona Teresa tem um filho maravilhoso chamado Breno, ele e Isis não se desgrudam um minuto se quer, com isso Isis se apegou muito a dona Teresa também. Com esse descontrole de Carlos já não posso sair de casa, Isis m*l vai na casa de dona Teresa pois Carlos não deixa ela sair também. Ele me ameaça por qualquer motivo, ele fala que se me pegar na rua ele não vai responder pelas atitudes dele. Isso acaba me causando medo, então para evitar fico dentro de casa e só deixo Isis brincar com Breno quando Carlos não está em casa. O único motivo pra eu não desistir de tudo é minha filha que precisa muito de mim, mas eu confesso que já estou sem forças para lutar. Não tem um minuto de minha vida que eu não me arrependo do que fiz, já não tenho mais lágrimas para tal arrependimento. Está faltando tudo dentro de casa e Carlos já não quer mais cumprir com suas obrigações, dona Teresa vendo meu desespero me emprestou cinquenta reais para comprar ao pra minha filha e eu comer, escondo o dinheiro e quando Carlos sai decido ir ao mercado com Isis. Deixo a mesma ir correndo na frente brincando e vou atrás admirando minha filha. Chego no mercado entro e escolho detalhadamente só o necessário vou pegando e colocando em minha cesta de compras, sento uma mão puxando meu cabelo e uma dor desgramada seguro meu cabelo e tento puxar de volta mais sem sucesso. — É sua p*****a com que dinheiro você veio fazer compra em? andou fazendo programa pelo morro é sua v*******a. - fala soltando meu cabelo e me virando para ele. — Eu não fiz nada Carlos dona Teresa que me emprestou para comprar ao para Isis comer, você não coloca mais comida dentro de casa estamos passando fome, eu não aguento mais isso estou me sentindo humilhada.- falo chorando. O mesmo acerta um soco em meu rosto me fazendo cair no chão, tenta me levantar mais não consegue então começa a me chutar, Isis ver o que está acontecendo e tenta me ajudar mais Carlos a joga longe. Tomo um chute em meu olho que fico sem enxergar nada a única coisa que consigo fazer é chorar. Os chutes sessão e escuto Carlos a gritar, consigo abrir meus olhos com dificuldade e vejo algumas pessoas lixando o mesmo, isso é o que ele merece, levanto com dificuldade e me aproximo de Isis a abraçando dou um beijo em sua testa e a peço desculpas por tudo que tem passado por minha causa, me levanto e levanto minha menina. escuto Carlos gritando mais não presto atenção em suas palavras nesse momento só quero tirar minha filha daqui. Saio sem minhas compras, mas um senhor que estava no mercado me chama e me entrega duas sacolas cheia o agradeço e saio com minha filha para casa. Deito ao lado de Isis na cama a fazendo dormir e vou para a cozinha ver o que ganhei e para minha alegria era tudo que estou precisando, choro emocionada em saber que ainda existe pessoas que se preocupa com a dor do outro. Espero que Carlos não volte aqui nunca mais, minha vida será bem melhor sem ela aqui, poderei criar minha filha em paz. Algum Tempo Depois... — mãe eu estou com muito medo. -isis fala se encolhendo próximo a sua mãe. — fica calma minha princesa tudo ficará bem.- Elisa fala tentando não esboçar a preocupação que está em seu coração. A porta se abre bruscamente me fazendo entrar em Pânico, logo a pessoa bate a mesma com bastante força, me fazendo gritar, temo por mim e por minha mãe nesse momento, não sei do que esse homem é capaz. — mãe ele voltou, o que vamos fazer agora ele irá nos matar.- a menina fala entrando em desespero. Mamãe me abraça forte e me garante que tudo ficará bem, mas percebo em seu olhar que não está nada bem. Tento me manter tranquila para não a deixar mais preocupada, Carlos entra sorrindo e com uma feição assustadora. — você achou mesmo que ia ficar por isso mesmo Eliza, eu te avisei que eu ia voltar. Eu vou m***r você e essa bastarda que você chama de filha.- Carlos fala com sangue no olhar, seu olhar me causa terror. Minha mãe me coloca em um canto atrás da mesa e vai para cima de Carlos, ajoelha em seus pés e implora por nossa vida, tento me aproximar dela para lhe consolar mas a mesma apenas coloca sua mão para trás como um sinal para que eu não saia de onde a mesma me colocou. — por favor Carlos, eu te imploro faz o que quiser comigo, mas por favor deixa a minha filha fora disso ela não tem nada haver com isso.- Carlos começa a rir do que mamãe fala. — que bom que você já está ajoelhada. Se quiser já pode começar a rezar por sua alma pois você vai morrer agora.- Fala com muito ódio olhar. Não penso duas vezes e vou ao encontro de minha mãe e entro em sua frente como sinal de p******o, não posso deixar esse homem machucar a única pessoa que tenho na vida, minha mãe é a minha única família seu lhe perder o que será de mim. —por favor Deus salva a minha mãe ela não merece isso. - falo gritando em desespero, tentando arrumar uma salvação para mãe. Carlos fica sem paciência pega, me pega pelo braço e a joga longe da minha mãe. Começo a chorar pois sinto que machuquei meu braço e minha perna, tento me aproximar novamente de minha mãe mas não consigo a dor não deixa, me fazendo entrar em desespero. No momento em que tento me levantar novamente para ajudar minha mãe, escuto um barulho oco dentro do quarto. — Isis, foge filha.- escuto minha mãe gritando e logo um barulho de alguém caindo no chão. Com dificuldade consigo chegar ao quarto em que mamãe estava e a vejo caída no chão e uma poça de sangue sobre ela. Me rastejo e me deito ao lado dela, não consigo sentir sua respiração. — Mamãe, por favor. Volta pra mim.- falo chorando. Carlos passa por mim sorrindo e corre para fora da casa, escuto o barulho do portão sendo batido. Não demora muito para curiosos começarem a aparecer, e o lugar a ficar cada vez mais cheio, sinto uma mão em meu braço e olho pra ver quem é. — Isis meu amor venha comigo e com Breno, vamos sair daqui pequena, aqui já não é mais lugar pra você.- fala chorando Breno segura nem minha mão me ajudando a se levantar, o mesmo me abraça e diz que ficará tudo bem. Olha para minha mãe uma última vez e não fico feliz com o que vejo. — Breno o que vai ser de mim agora, para onde eu vou? Quem vai cuidar de mim , eu não tenho mas ninguém.- fala em desespero. Breno não responde mas me abraça bem forte. — calma minha filha, eu sei que não é a palavra há se disser, mas vai ficar tudo bem.- dona Teresa fala tentando acalmar a menina. Quando estamos saindo do local meu amigo fala em meu ouvido. — Você não está sozinha, eu sempre estarei aqui para você. Sempre.- seus olhos estão cheios de lágrimas. Dona Tereza me lava para sua casa, vou de mãos dadas com meu amigo que está me dando muito força nesse momento triste.