Você Será minha novamente

Natacha Mais do que qualquer outra coisa, odeio segundas-feiras. Há uma sensação de viver do zero. E eu já passei por isso. Obrigado. Todas as semanas, neste dia, sempre me lembro dele. Do meu ex-marido. Os psicólogos dizem que, para esquecer uma pessoa, deve se passar exatamente o mesmo tempo que você passou com ela. Pelos meus cálculos, há um ano eu deveria estar me sentindo melhor. Mas não funcionou comigo. Para o infer*no com os psicólogos. Os engarrafamentos matinais contribuem para os meus pensamentos pesados ​​sobre o passado. Demorei muito para chegar ao trabalho. Entro no estacionamento subterrâneo de um prédio de escritórios onde há um ano aluguei o espaço para meu único filho (espero que seja o único por enquanto), a agência de publicidade "Módulo". Abrir a minha própria agência era meu sonho. Não era o principal, é claro. O meu principal sonho sempre foi ter uma família. Crianças. Marido adorável, um cachorro e um gato. Espere. Não, nunca gostei de gatos. Mas se tudo tivesse dado certo, eu teria aturado um gato. Mas não deu certo. Ainda dói pensar nisso. Entro no elevador e aperto o botão do 11º andar. Por hábito, olho o meu reflexo no espelho. Hmmm. Não estou tão r**m, os meus pais deram o seu melhor. No reflexo do espelho está uma morena linda e bem cuidada. Olhos verdes, pele morena clara, lábios lindamente modelados. Embora, admito honestamente, este seja o mérito do meu cosmetologista, e não da gloriosa família Averin. Tenho um corpo excelente, pernas longas e um bumbum, como dizem, perfeito. Ele sempre gostou dessa parte específica do meu corpo. Ele adorava olhar, tocar... Bom, lá vamos nós de novo. M*aldita segunda-feira. Ajusto o meu terno bege, alinho a corrente com o pingente em volta do pescoço e pisco para o meu reflexo. Perfeita como sempre, Natacha! Saindo do elevador, me preparo para o dia de trabalho. Entro no meu escritório e jogo a minha bolsa em cima da mesa. Está tão quente hoje. O verão está a todo vapor na cidade. Mais uma vez agradeço a mim mesmo por ter decidido instalar ar condicionado neste escritório. Seria difícil ficar aqui sem ele. O dia voa. A reunião matinal de planejamento com os funcionários flui suavemente para uma reunião com um representante do cliente principal. Estamos na fase final de assinatura de um importante acordo com a maior rede varejista da nossa cidade, a Magnólia. Se eu assinar esse acordo... Não, não é assim. Quando eu assinar este acordo, posso respirar fundo e finalmente não pensar em como pagar o próximo pagamento ao banco. Em geral, eu poderia pedir dinheiro ao meu pai. Mas não. Ainda sou uma garota orgulhosa. Recosto-me na cadeira de trabalho e rio nervosamente da minha própria piada. Eu gostaria de ver o seu rosto quando eu ligasse para ele e pedisse dinheiro. Em geral, eu gostaria de olhar para o rosto dele... Entããão, Natacha, esqueça isso. Saio do trabalho depois das sete da noite. Imediatamente me encontro num longo engarrafamento. Eu olho em volta por causa do tédio. As ruas estão entupidas de carros, mães com carrinhos de bebê caminham pela calçada, casais apaixonados passeiam. Olhando para eles, sou transportada de volta ao passado. Conheci Andrew Gromov há quase cinco anos. Na noite em que comemorava o meu vigésimo primeiro aniversário. Os meus amigos mais próximos se reuniram no clube mais badalado da nossa cidade. Andrew estava com uma garota naquela noite. Uma linda loira de vestido curto vermelho pendia nele na pista de dança de forma que era impossível não notá-los. Gostei dele no segundo em que vi o seu perfil impecável. Um moreno alto se destacava entre todos os homens e chamava a atenção pela sua serenidade. De jeans preto e camisa preta, ele era simplesmente irresistível. Passando com uma taça de champanhe, olhei tanto para o rosto dele que o conteúdo dessa taça foi parar nele e na loira que se esfregava diligentemente nele. — Ops. Desculpe. — Você está louca? Bêbada idi*ota! A loirinha gritou e saiu correndo em direção ao banheiro. — Desculpe, não fiz isso de propósito. Eu disse, me sentindo culpada, olhando nos olhos daquele homem. Santo céu, os seus olhos. São como num filme de lobos. Marcantes e lindos. — Eu acredito! Disse ele, me olhando de cima a baixo e de volta, demorando-se na altura do meu se*io. Sim, lindo, você pode olhar! E tudo é natural, não como a sua loira de vermelho. — Eu sou Natacha. Estendendo a minha mão para ele e me apresentando. — Andrew. Prazer em conhecê-la, Natacha. Ele respondeu, sorrindo amplamente. Ele pegou a minha mão, dedos quentes queimando a minha pele. Nos dois anos seguintes, os mais felizes da minha vida, praticamente não a deixei sair de perto de mim. Mas a felicidade não deu certo... A explosão da buzina me assustou e me obrigou a romper com as lembranças dolorosas do passado. Piso no pedal, e me afasto nervosamente do semáforo e resmungo no retrovisor: estou indo, estou indo, não xingue, tio. Ao me aproximar de casa, baixo rapidamente o aplicativo do supermercado mais próximo para pedir comida pronta para o jantar. É triste, eu adorava cozinhar, inventando novos pratos exóticos para surpreender o meu marido. Um longo gemido escapa do peito. Aqui vamos nós outra vez. É toda m*aldita segunda-feira. Amanhã vou esquecer de você, Andrew Gromov, você verá.