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1330 Words
Três semanas se passaram desde que Zayn aparecera com os documentos. Três semanas desde que Layla dormira sem sonhar com correntes. E agora, diante do espelho do banheiro de Aisha, ela se observava nua – realmente nua, sem marcas de chicotes, sem hematomas em forma de dedos. Apenas pele. Apenas ela. —Você está linda —Aisha apareceu na porta, segurando dois copos de vinho. Layla tocou seu próprio reflexo. —Estou... diferente. Aisha aproximou-se, deixando um copo na pia. —Está se redescobrindo. —Seus dedos traçaram a linha da coluna vertebral de Layla—. E está pronta. —Para o quê? O sorriso de Aisha foi misterioso. —Para testar seus limites. A carta chegou em um envelope de linho, selada com cera n***a. Layla reconheceu o emblema antes mesmo de abrir – o selo da família Al-Mansur. Dentro, um cartão simples: **"Jantar. Sexta-feira. 20h. Sua decisão. Suas regras. -Z"** As mãos de Layla tremeram. —Você não precisa ir —Aisha disse, mas seus olhos diziam o contrário. Layla respirou fundo. —Mas eu quero. O portão do palácio se abriu como a boca de um predador adormecido. Layla usava um vestido vermelho – não transparente, não revelador, mas **seu**. Zayn esperava no hall de entrada. Diferente. Mais magro. Mais humano. —Você veio —ele disse, como se não acreditasse. Layla ergueu o queixo. —Não prometi ficar. O jantar foi servido na varanda, sob as estrelas. Comida simples, diferente dos banquetes de antes. —Por que me chamou? —Layla perguntou entre um gole de vinho e outro. Zayn olhou para as próprias mãos. —Precisava que você visse. Que eu mudei. Ela observou seu rosto à luz das velas. Acreditou. Quando a sobremesa foi servida, Zayn colocou uma pequena caixa de ébano sobre a mesa. —Abra. Dentro, um colar. Mas não o de antes – este era fino, delicado, com um pequeno pingente em forma de asa. —É um contrato —ele explicou. —Se você usar, significa que aceita voltar. Mas em **suas** condições. Layla tocou o pingente. —E quais seriam? Zayn sorriu, pela primeira vez em meses. —Você dita. Ela usou o colar. Não no pescoço, mas amarrado à coxa, como uma lembrança do que foi e do que poderia ser. —Regra número um —Layla disse, parada no centro do quarto que antes fora sua prisão—. Nenhuma dor sem meu consentimento. Zayn ajoelhou-se diante dela, como um cavaleiro perante sua rainha. —Escrito. —Regra número dois. Eu saio quando quiser. —Jurado. —E regra número três... —Ela deslizou os dedos pelos lábios dele— ...eu comando hoje. O gemido que escapou de Zayn foi a coisa mais genuína que Layla já ouvira. Foi Layla quem o empurrou na cama. Layla quem amarrou seus pulsos com a própria gravata. Layla quem beijou seu corpo como ele uma vez beijara o dela – devorando, marcando, possuindo. —Você gosta disso, não é? —ela sussurrou, mordendo seu peito. —Gosta de ser controlado. Zayn arqueou sob seu toque. —Só por você. Quando ela finalmente o montou, foi com uma lentidão agonizante, observando cada microexpressão de prazer em seu rosto. —Me diga —ela ordenou, parando completamente—. Diga o que você mais deseja. Zayn suplicou como nunca fizera antes: —Por favor... deixe-me fazer você gozar. E ela permitiu. Na manhã seguinte, acordaram entrelaçados – não como dono e escrava, não como vítima e algoz, mas como amantes. Zayn beijou seu ombro. —E agora? Layla olhou para o pingente de asa, agora sobre a mesa de cabeceira. —Agora descobrimos quem somos. Juntos. E quando ele a puxou para outro beijo, Layla soube – algumas correntes nunca se quebram. Mas talvez, só talvez, não precisem. A luz do amanhecer filtrou suavemente pelas cortinas de seda do quarto, pintando listras douradas sobre os corpos entrelaçados. Layla acordou primeiro, sua pele ainda quente do calor de Zayn. Ele dormia de costas, os braços poderosos relaxados sobre a cama, o peito amplo subindo e descendo em um ritmo lento. Ela se apoiou no cotovelo, observando-o. *Ele parece mais jovem assim*, pensou. Sem a máscara de controle, sem a postura rígida de sheikh. Apenas um homem. Seus dedos traçaram a linha de sua mandíbula, a barba por fazer áspera sob sua ponta. Zayn murmurou algo em árabe, virando-se para ela sem acordar. Seu rosto afundou no travesseiro, os lábios entreabertos. Layla sorriu. E então decidiu acordá-lo *da melhor maneira possível. Ela começou devagar, beijando seu ombro, depois a curva do pescoço. Zayn respirou fundo, mas não acordou. Sua boca seguiu para baixo, mordiscando levemente seu peito, lambendo os m*****s já endurecidos. —*Layla...* —ele resmungou, ainda meio adormecido. —Shhh —ela sussurrou contra sua pele—. Não acorde ainda. Sua mão desceu pelo abdômen definido, sentindo os músculos contraírem sob seu toque. Quando finalmente envolveu seu m****o já semi-ereto, Zayn soltou um gemido rouco. —*Ya amar...* Mas Layla não apressou as coisas. Ela o beijou, beijou *todo* – a parte interna de suas coxas, a curva do quadril, a base de seu comprimento inchado. Ele estava completamente duro agora, pulsando em sua mão. —*Por favor...* —ele rosnou, os dedos se enterrando no cabelo dela. Ela olhou para cima, encontrando seus olhos escuros já ardentes de desejo. —Você costumava me fazer implorar —lembrou, passando a língua na ponta dele. Zayn gemeu, arqueando as costas. —Eu era um i****a. Layla riu – e então *engoliu ele inteiro. Zayn gritou. Suas mãos se fecharam nos lençóis, os músculos do abdômen tremendo enquanto Layla trabalhava devagar, sugando, lambendo, explorando cada centímetro dele com a boca. —*Eu não vou durar...* —ele avisou, a voz rouca. Ela soltou-o com um *pop*, deixando-o gemendo. —Então não dure. Seus dedos traçaram a veia saliente, apertando levemente a base. Zayn tossiu, os olhos arregalados. —*Deus, Layla...* Ela montou nele num movimento fluido, engolindo-o até o fim *sem aviso*. Zayn gritou novamente, seu corpo se contorcendo sob ela. —*Assim?* —ela perguntou, começando a se mover. —*Sim... assim...* Layla acelerou, sentindo-o pulsar dentro dela. Suas próprias pernas tremiam, mas ela não parou – não até Zayn gritar seu nome e explodir, sementes quentes enchendo-a. Ela desabou sobre seu peito, ambos ofegantes. —*Bom dia* —sussurrou contra sua pele. Zayn riu, os braços envolvendo-a. —*Melhor despertar da minha vida. A água quente da chuva do chuveiro caiu sobre eles, lavando o suor e o sexo. Zayn lavou o cabelo de Layla com mãos surpreendentemente gentis, seus dedos massageando seu couro cabeludo. —Você nunca fez isso antes —ela observou, fechando os olhos. Ele beijou sua testa. —Nunca tive a chance. Layla virou-se, encarando-o. —E agora? Zayn pegou seu rosto entre as mãos. —Agora eu te lavo. Te alimento. Te adoro. *Da maneira que você merece.* E quando ele a beijou, Layla sentiu algo que nunca esperara sentir no palácio: **Segurança. Servido na varanda, com vista para os jardins. Frutas frescas, pães crocantes, café forte. Zayn alimentou Layla com os dedos, mas desta vez não como um dono para sua escrava – como um amante para sua amada. —Regra número quatro —Layla anunciou, mordendo um pedaço de manga de seus dedos—. Mais manhãs como essa. Zayn sorriu, realmente sorriu. —Escrito no meu sangue, se necessário. Ela riu, e o som ecoou pelo palácio como um fantasma sendo exorcizado. Mais tarde, deitados na rede da varanda, Zayn brincou com o pingente de asa no colo de Layla. —Você sabe que isso não vai ser fácil —ele advertiu. Ela olhou para os jardins, para o lugar onde tudo começou. —Nada que vale a pena é. Ele a puxou para um beijo, e quando seus lábios se encontraram, Layla soube: Algumas correntes não se quebram. **Elas se transformam.
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