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1553 Words
O sol da manhã entrou como um intruso dourado pelas cortinas do quarto, acariciando a pele nua de Layla. Ela esticou o corpo como um gato satisfeito, sentindo cada músculo despertar – alguns doloridos da noite anterior, outros surpreendentemente relaxados. Zayn já estava acordado, sentado na beira da cama com um tablet nas mãos, vestindo apenas um par de boxers pretos que deixavam pouco à imaginação. —Bom dia, *habibti* —disse sem virar-se, os dedos deslizando sobre a tela. Layla engatinhou até ele, envolvendo seus braços em torno de seu torso nu, pressionando os lábios contra a marca de mordida que deixara entre suas omoplatas. —Já trabalhando? —murmurou contra sua pele, sentindo o cheiro único dele – café, papel e sexo matinal. Ele desligou o dispositivo com um clique. —Cancelando minha agenda para a lua de mel —virou-se para pegá-la pelo quadril—. Três meses deverão bastar. Layla arqueou uma sobrancelha. —Três meses? E seus negócios? Zayn enterrou o rosto em seu pescoço. —Você é meu único negócio agora. A banheira de mármore estava cheia de água tão quente que quase queimava, espuma perfumada cobrindo a superfície. Zayn lavou cada centímetro do corpo de Layla com uma devoção que beirava o religioso – suas mãos massageando os músculos tensos de suas costas, seus lábios beijando as marcas vermelhas deixadas pelo espartilho na noite do baile. —Você estava magnífica —ele confessou, lavando seu cabelo com movimentos suaves—. Quando você puxou aquela faca... Layla virou-se dentro da banheira, sentando-se sobre suas coxas. —Foi quando você percebeu que estava se casando com a mulher errada? Zayn puxou-a contra seu corpo, fazendo a água transbordar. —Foi quando percebi que finalmente encontrara a certa. Seu beijo sabia a menta e promessas. Aisha os esperava no heliporto, vestindo um terno branco impecável que contrastava com seu sorriso malicioso. —Certifiquem-se de que o jatinho está bem estocado —brincou, abraçando Layla—. Três meses são muito tempo. Zayn carregou as malas pessoalmente, um gesto tão simples que deixou Layla sem fôlego. Quantas vezes ela o vira sequer servir a si mesmo? —Cuide do palácio —ele ordenou à irmã, num tom que já não carregava a antiga frieza. Aisha fez uma reverência exagerada. —Sim, Sua Alteza Real, o Homem Mais Apaixonado do Mundo. Layla riu, mas o som morreu em sua garganta quando Zayn a pegou no colo, carregando-a para o helicóptero como uma noiva através da soleira. —Estou começando a gostar desse novo Zayn —sussurrou em seu ouvido, sobre o ruído das hélices. Ele prendeu o cinto de segurança em volta dela com cuidado meticuloso. —Espere até vermos o que ele faz em uma ilha privativa. A ilha era um sonho – areia branca, água turquesa e uma única villa de vidro e madeira que parecia flutuar sobre o oceano. —Meu Deus —Layla respirou, pisando na areia quente com os pés descalços—. É... —Só nossa —Zayn completou, tirando a camisa com um movimento fluido—. Sem guardas. Sem empregados. Só você e eu. E o oceano. E a cama gigante que ele a levou direto, sem cerimônias. O sol se punha quando Zayn finalmente a despiu na varanda aberta, o vento salgado acariciando seus corpos nus. —Regra número um —ele declarou, amarrando delicadamente seus pulsos com a própria gravata—. Nenhuma regra. Layla arqueou as costas quando sua boca encontrou seus s***s. —Isso não faz sentido. Zayn sorriu contra sua pele. —Exatamente. Quando ele a levou na varanda, sob as estrelas recém-nascidas, foi com uma mistura de posse e reverência que fez Layla gritar não apenas de prazer, mas de *pertencimento*. Ela era dele. *Mas agora, finalmente, por escolha própria. Na manhã seguinte, enquanto o sol nascia sobre o oceano, Zayn enrolou os dedos nos dela. —Case comigo. De novo. Todo dia. Layla olhou para o pingente de asas em seu pescoço, depois para o anel n***o em seu dedo. —Só se continuarmos reescrevendo as regras. Ele sorriu, o verdadeiro sorriso que só ela conhecia. —Já estamos. Quando o beijou sob a luz dourada do amanhecer, Layla soube: Algumas correntes não se quebram. Elas se transformam em laços. E alguns laços... São para sempre. O sol tropical inundava o quarto quando Layla acordou com lábios percorrendo sua coluna vertebral. Zayn saboreava seu corpo como um homem faminto, suas mãos firmes moldando as curvas de seus quadris. —*Sabah al-khayr, habibti* —murmurou contra sua pele, a língua traçando círculos na base de suas costas. Layla arqueou como um gato, sentindo seu corpo responder instantaneamente. —Já estamos começando o dia assim? —sua voz saiu rouca pelo sono. Zayn virou-a de bruços, prendendo seus pulsos sobre a cabeça com uma única mão. —*Todo dia.* *Toda hora.* —sua outra mão desceu como uma sentença entre suas pernas— *Você é minha refeição matinal.* Quando ele a fez gozar contra seus dedos, foi com a mesma devoção com que os fiéis rezam ao amanhecer. Após o café da manhã servido na praia privativa, Zayn levou Layla para explorar a ilha. Entre as palmeiras, descobriram uma caverna escondida com piscinas naturais de água cristalina. —Como você encontrou este lugar? —Layla perguntou, deixando o vestido cair na areia. Zayn observou seu corpo dourado pelo sol com olhos que queimavam. —Comprei a ilha depois do baile. —Aproximou-se, tirando o próprio shorts— *Precisava de um lugar onde pudéssemos ser selvagens.* A água estava fria contra sua pele quente quando ele a puxou para dentro, seus corpos entrelaçando-se sob a cachoeira que caía do teto da caverna. —*Zayn...* —Layla gemeu quando seus dedos encontraram seu c******s sob a água. —*Shhh...* —ele a virou de costas, pressionando seu corpo contra as rochas lisas— *Deixe a caverna ouvir você.* Quando ele a tomou por trás, os ecos de seus gemidos se perderam nas paredes de pedra antiga. À tarde, nuvens escuras cobriram o sol. A primeira gota de chuva caiu quando Layla corria pela praia, perseguida por Zayn. Ele a alcançou perto da orla, derrubando-a na areia molhada. —Peguei você —rosnou, prendendo seus pulsos acima da cabeça. A chuva caía agora torrencial, encharcando seus corpos, tornando sua pele escorregadia. Layla riu, libertando uma mão para puxá-lo por trás do pescoço. —*Sempre me pega.* O beijo deles foi salgado pela água do mar e pela chuva. Zayn deslizou dentro dela com um movimento fluido, ambos gemendo quando seus corpos se conectaram. —*Você gosta disso?* —ele perguntou, aumentando o ritmo— *Ser minha ao ar livre, onde qualquer um poderia ver?* Layla arqueou as costas, sentindo a areia em sua pele, a chuva em seu rosto, Zayn em seu corpo. —*Só se for você vendo.* A tempestade os envolveu quando atingiram o clímax juntos, seus gritos perdidos no rugido do vento. À noite, secos e aquecidos pela lareira, Zayn serviu vinho tinto em taças de cristal. Do lado de fora, o oceano refletia as cores do pôr do sol. —Eu te devo uma verdade —ele disse, girando a taça entre os dedos. Layla sentou-se mais ereta. —Só uma? Os olhos de Zayn brilharam no fogo. —A primeira noite no palácio... —ele respirou fundo— *Eu sabia quem você era antes do leilão.* O coração de Layla parou. —*O quê?* Zayn pegou sua mão, beijando os nós dos dedos. —Seu antigo chefe devia dinheiro à minha família. Quando vi sua foto no dossiê... —seus olhos escureceram— *Eu precisei tê-la.* Layla puxou a mão de volta, levantando-se. —Então foi tudo um jogo? Ele a seguiu, parando a um passo de distância. —*Foi tudo destino.* Eu apenas... apressei as coisas. A raiva de Layla se dissolveu quando Zayn se ajoelhou na areia, suas mãos tremendo. —*Toda minha vida foi calculada, até você.* *Você foi minha única loucura. Layla olhou para o homem a seus pés – o tirano que se tornara servo, o dono que se tornara escravo de amor. —*Me faça acreditar.* Zayn levantou-se com a graça de um predador, levando-a de volta para os lençóis. —*Todo dia.* *Toda hora.* —prometeu, tirando seu vestido com dentes e mãos— *Até você se cansar de mim.* Quando ele a amou naquela noite, foi com uma intensidade diferente – não a posse de antes, mas uma *entrega* que fez Layla chorar em seus braços. —*Eu te odeio* —mentiu, mordendo seu ombro. Zayn sorriu contra seu pescoço. —*Eu sei. Na manhã final de sua lua de mel, Zayn acordou Layla com beijos em cada cicatriz, cada marca que ele mesmo deixara. —*Você é tão linda assim* —sussurrou, adorando seu corpo como um templo. Layla puxou-o para cima de si, envolvendo suas pernas em torno de sua cintura. —*Me mostra.* E ele o fez – devagar, profundamente, como se cada movimento fosse uma promessa escrita em sua pele. Quando o sol nasceu sobre o oceano, iluminando seus corpos entrelaçados, nenhum deles precisou dizer o óbvio: Algumas correntes não se quebram. Alguns laços não se desfazem. **E algumas histórias...** **São para sempre.
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