Serena Acordei com a cabeça latejando. Uma dor surda e constante pulsava atrás dos olhos, como se alguém estivesse batendo dentro do meu crânio com um martelo. Pisquei devagar, tentando focar nas sombras que dançavam pelo quarto. A claridade da manhã invadia pelas frestas da janela, c***l demais para meus sentidos cansados. Levei a mão à testa, gemendo baixo. O corpo inteiro doía. Mas era a alma que mais pesava. O peso da vergonha. Da culpa. Do medo. ** Fechei os olhos e deixei que as lágrimas rolassem. Silenciosas no começo. Depois vieram aos soluços. Um choro dolorido, desesperado. — Eu sinto muito... — sussurrei para a barriga, a voz falhando. — Me desculpa, meu amor... me desculpa... Acariciei a pequena curva sob minha camiseta, como se pudesse, com um simples toque, a

