Susan (Narrado em primeira pessoa) Três dias. Esse era o tempo que eu não saía do quarto. Três dias sem dormir direito. Sem comer. Sem pensar em mais nada além do meu filho. Taylor. Ou Kaio, como nasceu chamando. O nome que dei com amor, ainda com a pele quente contra meu peito, no hospital onde achei — por um instante ingênuo — que teríamos uma vida normal. Eu o deixei. Sim. Deixei. Não porque quis. Mas porque se ficasse, o pai dele teria matado nós dois. E agora… agora ele sumiu. Como mágica. Como se o mundo tivesse engolido meu garoto inteiro e cuspido só a dor. Hospitais. Delegacias. Bares. Eu fui a todos os cantos da cidade. Pedi filmagens. Falei com policiais. Com recepcionistas. Revirei cada pedaço da Las Vegas que meu filho conhecia. Pedi acesso às câmeras

