29:

1153 Words
?Ellie: Estou deitada na cama, cansada. Com Jack grudado no meu seio, com as pernas sobre as minhas. Meus dedos estão nos seus cabelos, enquanto mantenho meus olhos na televisão ligada num seriado. Transamos por tanto tempo, que eu nem sei estipular quanto tempo foi. Matamos a saudades um do outro. Jack parecia insaciável, queria sempre mais e mais de mim. E eu não ficava atrás, estava também morrendo de saudades. -Eu vou precisar tomar o remédio agora, não é?-Quebro o silêncio, ainda acariciando os cabelos macios e sedosos que ele tem. É incrível isso. E olha que o Jack nem cuida tanto assim do cabelo. -Como é?-Ele pergunta se afastando somente alguns segundos do meu seio, só para perguntar. Mas logo volta a mamar como um bebê. -Não usamos preservativos em nenhuma das vezes que nós transamos.-Falo, tentando ajeitar o ninho de passarinho que se tornou o meu cabelo.-Pensei que você poderia comprar o remédio para evitar uma possível gravidez. -Compro depois. -Ele fala parecendo até a contra gosto. Irritada, tento ajeitar os meus cabelos. Eles parecem estar entrelaçados, como nós. Difíceis de serem desatados, e que estão tirando o resto de paciência que eu ainda tinha. -Que droga. -Praguejo baixo, quando dois dedos ficam presos entre os fios. -E a culpa é sua Jack. -Minha? -Claro. Quem mandou você enrolar meus cabelos no seu pulso? -Vire de costas, vou dar um jeito na sua indignação.-Ele manda. Me sento na cama, ficando de costas.-Queria te deixar calminha, mas parece que teve efeito contrário. Vou ter que me esforçar mais um pouco? -Eu estou bem calma. -Estou percebendo que sim. Com paciência, ele mexe no meu cabelo. Vai desfazendo alguns nós, e começo a pentear, usando somente os dedos. Ele leva uns dois minutos na tarefa. -Prontinho.-Anuncia o término. -Obrigada. -Toco meu cabelo, vendo que ele fez uma trança. Até que saiu caprichosa. -De nada bonequinha. Volto a deitar na cama, ficando agora de frente para Jackson. Ficamos nos olhando, sem dizer uma só palavra. Percorro os olhos por todo o rosto, decorando todos os traços. Os cabelos estão maiores agora, que quando eu o conheci. E eu gosto deles agora, ainda mais. Barba, ele não tem. Ele parece fazer o mesmo comigo. Uma expressão séria, enquanto respira suavemente. -Durma, sei que te deixei cansada. -Estou sem sono.-Minto. -É uma péssima mentirosa. -Se aproxima mais, pegando um dos meus s***s. -Descanse. -Mandão. -Resmungo. Suspiro quando ele começa a sugar o mamilo, esvaziando meu seio. Desde que comecei a lactar, meus s***s se tornaram a parte mais sensível do meu corpo. Andam cheios a maior parte do tempo, e doem quando Jack fica um tempo sem mamar. As veias aparecem, devido a cor da minha pele. Estão medianos agora, o mamilo maior e mais saliente. Bocejo, fechando os olhos, jogando uma das pernas sobre ele. ••• Já deve ser noite. O quarto está parcialmente iluminado por um abajur em formato de lua, que eu coloquei no quarto. Jack deve ter saído enquanto eu dormia. Me espreguiço, me levantando na sequência. Tomo um banho, coloco a primeira camisola que eu encontro, e saio do quarto. Com uma pantufa, percorro o caminho até a cozinha. Sinto fome, vou procurar algo fácil de preparar, para comer. -Deu fome? Quase dou um ataque do coração, ao ouvir a voz atrás de mim. Levo a mão no peito, parecendo até que fiquei tonta. -Quer me matar do coração? -Falo alto.-De onde você surgiu? -Me desculpe, bonequinha.-Ele sorri.-Estava na sala, você passou reto e nem olhou para os lados, não me viu. -O que fazia na sala? -Assuntos de trabalho.-Ele diz dando uma risadinha. -Sei. Assuntos de trabalho. -Estreito meus olhos. -Digamos que você não teria estômago para ouvir.-Faço uma careta.-Perdeu o sono? -Um pouco. Senti falta de ter você na cama. Tomei um banho e desci para preparar alguma coisa para comer.-Digo, ficando de costas e começando a olhar os armários. Algumas coisas já começam a faltar, temos que comprar mais.-Você vai querer também? -Também estou com fome. -Vou fazer para nós dois. -Mas estou com fome de outra coisa.-Me viro no mesmo instante, quase que horrorizada.-Queria estar comendo você. -Jack, estou cansada. Nós transamos muito, e você ainda queria mais? -Claro. Para compensar os dias que nós ficamos afastados, se é que você me entende.-Mexe as sobrancelhas de uma forma engraçada. Se aproximando aos poucos, para bem atrás de mim. Colocando as duas mãos na minha cintura, cheira meu pescoço. -Diz que não quer, diz.-Passa o nariz pela pele do meu pescoço, me deixando arrepiada. Ele sabe me provocar e sabe também que eu não resisto a ele.-Diz que eu paro e te deixo se recuperar. -Jack, estou toda assada.-Quase digo gaguejando.-Você acabou comigo. -Algumas horas daqui pra frente, é o máximo. Não quero ficar sem ter você por muito tempo.-Da um último beijo, antes de se afastar. Ele fica em silêncio, enquanto eu pego alguns ovos, afim de fazer ovos mexidos. Eu gosto, e ele também. -Mas fala para mim, você comprou o remédio para que eu possa tomar? -Sim.-Ele coça a garganta.-Pode tomar agora, é somente um. Correndo uma das mãos no bolso, ele retira de lá uma caixinha, me entregando. -É a primeira e última vez que você toma isso.-Ele diz ranzinza. -E posso saber o motivo? -Isso é uma bomba para o seu organismo, você não sabe disso? Não irá tomar novamente. -E é você que decide isso? -Se você não quiser ter filhos, vá a uma ginecologista, e veja o melhor contraceptivo. Não quero você com problemas futuros.-Diz.-Pode tomar. Foi o melhor que indicaram. -Certo papai, você quem manda.-Uso um pouco de deboche. Sei que ele tem razão. É uma bomba de hormônios, que podem modificar a minha mensuração, humor e tudo mais. Já foi ensinado isso na escola onde estudei, numa visita de uma médica. Os contraceptivos que eu conheço, todos trazem um efeito colateral para a mulher. Pegando a caixa, abro e retiro de lá o comprimido. Com um copo de água, engulo o sentindo descer pela minha garganta. Mais alguns minutos depois, coloco os dois pratos para que nós dois pudéssemos comer. -Temos que comprar coisas para repor os alimentos, estão quase acabando. -Digo, enquanto como mais do ovo. -Veremos isso mais tarde. -O que estava fazendo lá fora? De verdade? -Quer mesmo saber?-Da um sorrisinho. -Sim? -Tenho alguns devedores, e como não me pagaram no tempo estipulado, eu tive que cobrar do meu jeito. Sabe como é, né? Não vou sair no prejuízo.-Deu de ombros.-Depois de dois dedos arrancados, três dentes extraídos e mais algumas escoriações, ele entregou o dinheiro. -Tá, chega. Eu não quero mais saber. -Muito delicada para essas coisas princesa. -Sorri para mim.-Coma, precisa estar forte. Reviro os olhos e continuo a comer, tentando ignorar o que ele falou que fez com o homem. Não quero e nem vou me intrometer nos assuntos dele.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD