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1784 Words
Ellie: Estou apaixonada. Cheguei a essa conclusão, depois da saudades imensa que eu senti quando ele teve que viajar. Fiquei na janela durante a noite e madrugada, como se ele fosse aparecer ali e pedir pra que eu desça. As maiores loucuras da minha vida eu estou cometendo agora. Estou gostando de cada minuto de tudo isso. Jack está no meu coração, mesmo sendo grosso as vezes, ele me trata super bem. Mantém Mollie longe de mim, o que já é bom pra mim. Enquanto leio meu livro, sinto a aproximação de alguém. —Poderia me emprestar um livro seu, Ellie?—Ergo o olhar e minha boca se abre, em pura surpresa. Mollie está vestida completamente diferente. A típica saia curta e top de couro, e os saltos altos, foram substituídos por um vestido laranja e branco, quase idêntico a um que eu tenho. Nos pés usa um chinelo baixo de trancinhas, idêntico ao que eu estou usando agora. O rosto está completamente limpo, sem nenhum tipo de maquiagem. Os cabelos estão devidamente arrumados, partido numa franja lateral igual a que eu uso. Parece que estou me olhando no espelho. Engulo em seco enquanto a analiso. Ela quer ser eu? —Mollie?—Não respondo prontamente a pergunta que ela me faz. —Gostou?—Ela dá uma voltinha, fazendo o vestido subir um pouco.— Vocês viviam criticando minha maneira de me vestir, e agora eu resolvi dá uma repaginada no meu guarda roupa. —Está quase idêntica comigo.—Estreito um olho. Mania que estou pegando do Jack.—Que eu lembre você sempre disse que eu me vestia de maneira cafona e que parecia uma virgem caipira. —É verdade. Mas estou arrependida disso. —Ela cora. Meu Deus, preciso sair daqui.—E então, poderia me emprestar algum livro? —Não empresto meus livros. Posso comprar um e dá pra você.—Aviso me levantando no banco e me afastando dela aos poucos.—Preciso ir agora. —Vai se encontrar com o Jack?—Pergunta com a voz até mais baixa e doce. —O quê? —Perguntei se vai se encontrar com o Jack, o vizinho da frente.—Isso eu havia entendido.—Eu vi algumas pessoas entrando na casa hoje. Incluindo algumas mulheres. Se eu fosse você iria lá averiguar. Sabe, homens não são confiáveis. Estou tentando ser sua amiga. —Obrigada então. O que está acontecendo? Até ontem ela me odiava gratuitamente, e agora aparece vestida idêntica a mim. Mollie é estranha. E eu sei que essa maluquice que ela está fazendo tem haver com Jack. Preciso falar com ele. De dentro do decote do vestido, retiro meu celular e escrevo uma mensagem pra ele. 'Oi Jack, preciso falar com você. Está ocupado?' Atrás de uma árvore, espero a reposta. Olhando discretamente, vejo Mollie parada no mesmo lugar. Ela acena pra mim e dá um sorriso sinistro. Como não recebo nenhuma resposta, vou eu mesma falar com ele. Respiro fundo e atravesso a rua, caminhando até a grande porta de madeira. Até um exagero pra uma casa, ninguém teria essa altura absurda. Antes que eu possa tocar a campainha, dois homens surgem na minha frente, impedindo a minha entrada. Os dois são assustadores. Carecas, o corpo parecendo um tanque, musculosos. Parecem uma espécie de guarda costas. —Dá o fora.—Um deles fala. Até a voz dele me deu medo, me causou calafrios. —Eu quero falar com o Jackson. —Tomo coragem e falo. Estou tremendo e com medo. —Já não falei pra dá o fora? Aqui não tem nada que te interesse.—Ele descruza os braços e eu consigo ver perfeitamente uma arma.—Ele não irá gostar nem um pouco da presença de uma intrusa aqui. —Vá antes que se arrependa.—O outro fala pela primeira vez. —Ele vai gostar de me ver.—Estou corajosa hoje. —E quem é você? Essa pergunta eu também me faço. Quem sou eu pra ele? Ele nunca deixou claro pra mim o que temos, e isso me deixa confusa e insegura. Ele pode só me querer para sexo. —Sou a namorada dele.—Quando termino de falar os dois gargalham, como se eu tivesse contato uma piada muito engraçada. —Namorada? No máximo você é uma v***a que abre as pernas pro chefe.—Meu corpo murcha. Sinto vontade de sumir e não aparecer nunca mais. —Ele não tem namorada. —Estaria disposta a nos dá alguma coisa, poderíamos deixar você entrar.—Os dois se olham e dão um sorriso malicioso, me deixa enjoada.—Só pra depois assistir ele te jogar pra fora. —Verdade belezinha. Aposto que é como chiclete.—Ele tenta segurar no meu braço e eu me afasto. Eles estão armados.—Vamos ali do lado, seremos bondosos com você. Um dele segura meu braço com força, o apertando e eu me desespero quando ele tenta me levar para atrás de uns arbustos, que ficam na frente da casa. —Me larguem.—Grito e esperneio. Eles dão risada da situação, não dando a mínima para o meu desespero. Antes que algo mais grave acontecesse, a porta da frente é aberta num estrondo, se chocando na parede. —Que p***a estão fazendo?—Respiro de alívio quando escuto a voz de Jack.—Bando de filhos da p**a. Se considerem homens mortos. Os homens me soltam e olham pra ele com um certo medo. Esfrego meu braço, vendo o local vermelho e as marcas perfeitas dos dedos. —Podem levar.—Ele ordena. Mais quatro homens se aproximam e levam os dois homens que estavam tentando se aproveitar de mim. Continuo no mesmo lugar, com a cabeça baixa e esfregando meu braço, pra dor passar. —Vem aqui bonequinha.—Jack rodeia minha cintura com os braços. Ergue minha cabeça e eu olho nos seus olhos.—Eles vão pagar pelo que fizeram com você, minha bonequinha. —Eu vou embora agora.—Seu aperto ao meu redor se intensifica.—Queria falar com você, mas aconteceu tudo isso. —Pode falar comigo agora. Estou em reunião com algumas pessoas, mas você pode entrar.—Morde meu queixo.—Você sabe que pode tudo, não sabe? —Não. Não sei. —Vou encerrar a reunião e depois cuidarei de você.—Me dá impulso e eu subo no seu colo. Uma perna de cada lado do seu quadril. Como se eu não pesasse nada, me leva para dentro do imóvel. Ele gosta de me carregar assim e eu gosto de ser carregada assim. Deito minha cabeça na curva do seu pescoço e deixo um beijo. Em reposta, recebo um aperto na b***a, por baixo do vestido. Quando entramos em um cômodo, ouço o burburinho de algumas pessoas. Jack se senta e eu permaneço no seu colo. —Podem continuar, e sejam rápidos. —A voz dele assim, me deixa excitada. —E quem é a ratinha?—Ouço a voz de uma mulher e na sequência risadas. Me ajeito no colo dele, sentindo sua ereção debaixo de mim. Olho para as pessoas e constato que há muitas mulheres para o meu gosto. Todas bem vestidas. Penteados perfeitos e vestidos provocantes, além da maquiagem muito bem feita. Como não me senti um patinho feio aqui? —Se falarem da minha mulher mais uma vez, sairá daqui sem os dentes. Fui claro?—Dou um sorrisinho, enquanto olho para a mulher.—Adiantem, não tenho o dia inteiro. —Eu posso ir lá pra cima, e te esperar lá.—Sussurro perto do ouvido dele.—Não estou me sentindo bem aqui, sob julgamento dessas pessoas. —Ficará aqui comigo.—Me aperta no seu colo, fazendo sua ereção roçar na minha calcinha, que já começa a ficar molhada. —Se se mexer demais, terei de dá um jeito em você aqui mesmo, nessa mesa. —Jack...—Sussurro morta de vergonha, por alguém poder ouvir. —Falará meu nome no meu ouvido mais tarde bonequinha.—Beija meu ombro antes de voltar a falar com as pessoas. Fico alheia a toda a conversa. Eles só falam de dinheiro, negócios lucrativos, boates, cassinos, coisas que eu não entendo muito. Então eu só relaxo no colo dele, sentindo o cheiro do seu perfume. Depois de alguns minutos, as pessoas começam a sair, nos deixando a sós. —Por que essas mulheres estavam aqui com você?—É a primeira coisa que eu falo depois de estarmos só. Jack me coloca sentada na mesa, de pernas abertas.—Elas pareceram bem interessadas em você. —Com ciúmes bonequinha?—Sorri e eu sinto meu rosto esquentar.—Fico feliz em saber que você sente ciúmes. E elas vieram como acompanhantes de alguns sócios, nem sabiam que estariam aqui também. Não se preocupe, só tenho olhos para você. —O que se tornará um problema.—Murmuro. —O que quer dizer? —Mollie.—Suspiro.—Vi ela antes de vim pra cá. Tomei um susto tão grande, quando notei a forma como ela estava vestida. Não era mais daquele jeito que me deixava constrangida. Ela estava quase idêntica à mim. Um vestido igual um que eu tenho, a sandália e a forma de pentear os cabelos. Até a voz dela estava mais baixa, mais melodiosa. Me surpreendi de início quando ela me pediu um livro emprestado. Ela odeia ler, e ainda mais os que eu leio. —Ela é louca.—Começa . —Tome cuidado com ela. —Eu que digo isso a você.—Cruzo meus braços.—Pra você não me confundir com ela. Se ousar encostar nela, eu não vou querer mais saber de você Jackson. —Minha bonequinha é ciumenta, possessiva. —Sorri e aproxima a cadeira da mesa. Seu rosto está na altura do meu abdômen.—Não sei se deve reclamar. —Estou falando sério. Se me trair com qualquer pessoa, sendo pior ainda com ela, voltarei imediatamente pra casa e você nunca mais vai me ver. —Não se preocupe bonequinha, jamais terei algo com a sua prima.—Segura minhas duas coxas, subindo as mãos pra dentro do meu vestido, encontrando o elástico da calcinha. —Acho bom.—Levanto um pouco meu quadril e ele retira a calcinha de renda da cor amarela. —Agora abra as pernas e me mostre o que eu vou comer.—Se é possível, fiquei ainda mais molhada.—Vou deixar você bem relaxada. Somente aceno com a cabeça diversas vezes, quase que implorando que ele coloque a boca logo e é o que ele faz.
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