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1808 Words
?Ellie: Depois que Jack saiu, eu fico mais alguns minutos deitada na cama. Momento de preguiça. Não sei se minha mãe estará livre para falar comigo hoje, através de chamadas. Estou morrendo de saudades deles. Que m*l cabe no meu peito. Meus pais estão vindo para Oklahoma, e eu m*l posso esperar para esse dia chegar. Será na próxima semana, e eu deixarei tudo organizadinho aqui, para a chegada dos dois. A única parte que me deixa apreensiva, será a reação que eles terão ao ver meu querido namorado. Ou quando meu pai for na casa do irmão. Sei que Morgan e Mollie vão jogar piadinhas, sobre as coisas que aconteceram na casa enquanto eu estava hospedada lá. Temo pelo encontro do meu pai com uma pequena parte da família paterna. Meu pai, com a teimosia que ele tem de monte, queria ficar num hotel, ou até mesmo na casa do irmão. Mas conversando com a minha mãe, convenci ela a não concordar. Jack quase que ficou ofendido, quando soube da vontade do meu pai. Não sei o que aconteceu, mas sei que os dois conversaram por telefone . As escondidas de mim é claro. Ele me deixou curiosa. Desço as escadas com calma, bocejando. Sempre que ele sai, deixa algumas comidinhas prontas para quando eu acordar. Ele está me colocando um péssimo costume, que para o azar dele, já me acostumei. Jack anda me minando demais. Me deixa dormir o quanto eu quiser, não fica me perturbando para lhe fazer companhia, ou para passear em algum lugar interessante para nós dois. Quando eu penso alto, e digo que quero comer algo, ele sempre da um jeito de conseguir. Um exemplo disso, foram os chocolates caríssimos que ele comprou pra mim. Estão no armário, são deliciosos e eu fico até com dó de destruir a embalagem, de tão perfeito que é. Talvez ele queria algo mais no futuro, por isso tem me tratado assim. —Minha barriga chega roncou.—Falo comigo mesma, ao ver as coisas que ele deixou. Há tapioca, frutas picadas, suco, bolo, pães, geleia, tudo arrumadinho. Há também um bilhete ao lado: "Coma. Se alimente bem bonequinha." A caligrafia dele é linda, perfeita. Me sento na mesa e como de tudo um pouquinho. Guardo as coisas que sobraram em pequenos potes que eu havia comprado alguns dias atrás. Subo para o quarto, troco de roupa e desço, afim de ir no quintal. O dia está um pouco nublado hoje. Mas não chove. O sol parece estar escondido entre as nuvens, sufocado pelo m*l tempo. Caminho com calma pelo quintal da enorme casa, olho a piscina de águas cristalinas, que é semanalmente limpa. Foi daqui que ele me observava, quase todos os dias. Já planejando fazer coisas indecentes comigo. —Resolveu sair da toca?—Respiro fundo, sabendo que minha paz de espírito acaba de acabar.—O gato comeu a sua língua, bonequinha? —O quê você quer? Não tem nada para fazer, e resolveu me perturbar? —Ta azedinha hoje. O castelo de areia já começou a desmoronar?—Debocha. Ela ainda continua com a ideia ridícula de me copiar em algumas coisas. Aos poucos, vai mostrando o verdadeiro estilo. Os cabelos estão iguais aos meus, mas o short e a meia arrastão divergem. A maquiagem parece que começa a ser aplicada em maior quantidade. —Bem que você queria. Mas para a sua infelicidade, estamos mais bem do que nunca. —Vamos ver até quando essa sua felicidade vai durar.—Debocha.—Ficará em pedaços, quando receber um belo pé na b***a, do de amorzinho tatuado. E eu vou esfregar na sua cara, que é a mim que ele fode todas as noites. —Essas coisas só parecem funcionar na sua cabeça. Você está ficando é louca, paranóica. Vive num mundo paralelo, não é possível. O Jack nunca teria nada com você, mesmo se eu não estivesse aqui. Ele já deixou claro para você muitas vezes. Mas o pior cego, é aquele que não quer enxergar. —Só você mesmo, para confiar em homem.—Dá uma risada sarcástica.—Agora mesmo, enquanto você sonha e suspira pelos cantos, como uma i****a apaixonada, ele está com outra. Te fazendo de trouxa. —Eu confio no meu taco.—Pisco para ela.—Ele jamais me trairia. —Vou deixar que continue acreditando nisso.—Ajeita o cabelo, jogando por trás do ombro.—Em breve, você sumirá daqui, e eu ficarei para confortar o pobre Jack. Me apossarei de tudo, enquanto você definha. —Procura se tratar. Louca. —Vamos ver se eu estou louca ou não. Tchauzinho priminha...—Sai acenando. Essa garota nunca vai me deixar em paz? Ela não supera a rejeição, planeja coisas improváveis na mente e age como se fosse real. Tenta plantar a insegurança em mim, a qualquer custo. Me sinto até uma boba por ter quase caído na dela. Ela quer isso. Que eu desconfie de Jack, vire uma maluca tóxica igual a ela e assim ele me abandone. Mas eu confio nele. Acredito quando ele diz que não me perderia por uma aventura boba e sem sentimento. Até porque, se eu não tivesse confiança nele, não teria muito sentido continuar com ele. Um relacionamento precisa se basear em confiança. . Vou andando por mais um tempinho. Acabo até retirando as sandálias, para andar descalças na grama que espeta a sola dos meus pés. É delicioso, algo simples, porém mágico. Minha mãe conta que eu amava sentir a grama, quando era criança. Eu era toda lerdinha, ainda bebê, e isso me ajudou. Eu tinha curiosidade de sentir a grama, enquanto eu tentava andar, por isso consegui andar sozinha até que rápido. Desde então, eu gosto da sensação. ••• Tenho a sensação de estar acontecendo algo errado. Não sei explicar. Pode ser algo bom o Jack, ou quem sabe com os meus pais. Passo a mão aberta no peito, como se isso fosse mudar alguma coisa. Me dirijo até o meu quarto, aperto um botão que foi instalado como medida de segurança. Assim, eu posso chamar um dos seguranças que ficam pela casa ou pelos arredores. Não demora muito, e um deles aparece. —Sawyer, você tem falado com o Jack?—Pergunto. Ele é o mais amigável dentre todos. Ao menos é, quando Jack não está perto de mim. Eles possuem um respeito enorme, ou seria medo, não sei.—Ou com alguém que está com ele? —Somos atualizados, senhora.—Reviro os olhos com o modo de tratamento. Me faz parecer uma velha.—O chefe está bem. Nada fora do normal. Aconteceu algo aqui? —Não. Eu só tive uma sensação r**m. Só isso. Mas obrigada por ter vindo até aqui. —Estamos as ordens.—Faz um breve aceno. Quando ele ia fazer o movimento para se retirar, estamos freiadas bruscas e na sequência, uma rajada de tiros. —Estamos sendo atacados. Proteja a primeira dama.— Consigo ouvir alguém dizer, pelo rádio que ele usa. Aí meu Deus! As lágrimas já começam a brotar nos meus olhos. O coração descompassado. São muitos tiros, e eles não param. —Vou protegê-la. Venha comigo.—Ele diz, já com a arma em punho. Antes que ele possa me arrastar, algo explode na minha mente. Me lembro das instruções passada por Jack, para momentos como este. —Não. Eu sei um lugar seguro. —Não desobedeça por favor, é o meu trabalho. Não posso ficar aqui com você, eles não vão demorar muito a chegar até aqui. —Cala a boca e me escuta.—Ele se cala, ficando com uma expressão neutra.—Você tem filhos? —Sim senhora.—Um brilho amoroso passa pelos olhos dele. —Você pode vim comigo, e permitir que seu filho tenha um pai. Se quiser ficar aqui, tudo bem também. Eu sei que eles estão aqui para me matar, eu sou o alvo. —Engasgo com o choro.—Eu sei como salvar a minha vida e a sua, e não é saindo daqui. Não espero que ele diga mais nada, só pego uma arma pequena escondida embaixo da cômoda, e saio correndo do quarto, na direção do escritório dele. Sawyer me segue de perto, com uma arma nas mãos, olhando para todos os lados. Faço tudo do jeito que Jack me ensinou mais de uma vez. Acho o elevador, abro as portas com a minha digital, desbloqueio o painel de controle secundário com a minha digital e minha face. Os tiros estão ficando mais próximos, já estão dentro da cama. No andar de baixo. Estão subindo. Pelos passos, são muitos deles. —Você vai ficar aí?—Pergunto, prestes a acionar o botão para o elevador se mexer.—Seu filho precisa de um pai. Ele engole em seco, e adentra o elevador . Clico no botão, e as portas se fecham. Lá fora, de uma forma automática, tudo se camufla. Não tem como olhar e dizer que há um elevador por trás. Eu nunca tinha reparado. —Você tem noção, que era para ser algo secreto, que agora eu também sei. O chefe irá me matar, para manter o segredo.—Sawyer parece conversar sozinho, mas sei que é comigo.—Meu filho continuará sem um pai. —Ele não vai matar você. A culpa foi minha. Eu nunca iria dormir tranquila, sabendo que tive a chance de salvar a vida de alguém, e a mandei para a morte. Ele iria morrer, se tentasse sair da casa. Provavelmente cercaram tudo. Minha consciência pesaria todo santo dia. —Não teria tanta certeza disso.—Comenta baixo. O elevador se abre, revelando o cômodo secreto. É como uma segunda casa. Tem tudo nele. —Fique a vontade. Tudo no lugar é ainda mais secreto. Jack não me deu acesso a armas, drogas e nem ao cofre. Eu não quis. Os computadores e documentos geral, ficam em um cofre de titânio. —Você sabe, que poderia ter trazido um traidor para cá, que te mataria e ainda ficaria com essa informação. —E ao mesmo tempo, morreria aqui dentro também.—Sorrio.—Não há como sair, sem uma digital e reconhecimento ocular. Sair, seria impossível. Jack controla isso aqui, se eu entrar, ele saberá. Você é um traidor Sawyer? —Eu jurei minha lealdade aos O'Hara, jamais jogaria minha palavra na lama. Sou a terceira geração.—Ele fala com orgulho.—Pode confiar em mim. Eu não mataria você. —Fico feliz em saber disso. No telão, há as imagens duas câmeras de segurança, assim como áudios. Vou até a cama, me deito, cobrindo os ouvidos para não ouvir os disparos que soam da telão. As lágrimas brotam dos meus olhos, estrangulo os soluços na minha garganta. Vem logo meu amor...
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