CAPÍTULO 94 CAROL NARRANDO A água da piscina tava gelada, mas o calor do sol e a zoeira da Cris me fizeram esquecer. Eu ria alto, jogava água pra todo lado, e por um instante parecia que eu tinha esquecido do peso que era estar ali naquela casa. Até olhar pro lado. Dante. Ele tava sentado na beira, de bermuda, cerveja na mão, o peitoral tatuado brilhando no sol. Não desgrudava os olhos de mim. Eu sentia, mesmo sem encarar direto. Cada mergulho que eu dava, cada vez que ajeitava a alça do biquíni, parecia que queimava ainda mais o olhar dele. Resolvi provocar. Joguei água nele, molhando o braço e a bermuda. — Vem, Dante! — gritei, rindo, os olhos fixos nele. — Para de fazer cara séria e entra logo! Ele só me encarou, sério, mas eu vi no jeito que o maxilar dele travou. A mão dele aper

