2.21

1306 Words

Ária Sinclair O silêncio no carro é quase ensurdecedor. Dante dirige com a mesma firmeza com que comanda tudo ao seu redor. É implacável, decidido, e sempre no controle. Os meus dedos estão entrelaçados no colo, pressionando com força o tecido da saia. Tento respirar fundo. Tento parecer indiferente. Mas a verdade é que desde o momento em que ele me mandou sair da sala com aquele tom de voz firme, eu sabia que não teria como escapar. Não de Dante Baldoni. E principalmente, não de mim mesma. Olho pela janela e assisto a cidade passar. As ruas, as pessoas, os carros… tudo segue normal, como se o meu mundo não tivesse desmoronado poucos dias atrás. Como se eu não tivesse visto o corpo do meu ex-noivo caindo do teto de uma igreja lotada de conhecidos. Como se eu não estivesse, neste exato

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