Capítulo 03 REVISADO

2220 Words
Acontece que Amanda é minha amiga por muito mais do que sua personalidade vibrante. Ela é extremamente inteligente e tem a percepção de um ninja. Meu look para noite, diferente do que imaginei, é um vestido branco curto e solto, estilo ciganinha e um corpete de cetim preto por cima. Com um par de ankle boots com salto grosso, para alívio das minhas pernas, e completei o look com uma maquiagem tão trabalhada quanto consegui com apenas lápis de olho, rímel, delineador e batom. Sacudi os cabelos para que as mechas se soltassem e alcancei a porta de saída. - p**a merda, v***a. Sério, eu não sei por que você tem essa necessidade passar horas se arrumando, se com tão pouco você já fica uma bomba. - Sério? Uma bomba? Essa é a sua cantada de hoje? - Me dá um desconto, eu tive um dia exaustivo hoje. – Ela fala e me puxa para o carro. Andar com Amanda sempre me pareceu como andar com um farol gigante para ereções. A mulher é linda, carismática e inteligente. O pacote completo. E durante a nossa longa jornada de amizade, sua aparência já me causou alguns complexos, como quando eu estava interessada em Jordin, que só tinha olhos para ela. Mas no fim das contas, ela nunca deixou eu me afundar em autopiedade. Eu posso ter um metro e sessenta e cinco e ter cabelos castanhos comuns, mas de acordo com ela, meus olhos cor de uísque e minha boca carnuda sempre me deram um ar de exótica. Ela sempre foi minha incentivadora, e eu não poderia pedir uma amiga melhor. Minha mãe sempre disse que todos os seus quatro filhos puxaram seu italiano sangue quente, quando se trata da aparência. Giulia Stewart era um exemplo perfeito de como envelhecer com graça. Infelizmente para ela, sua única filha mulher era a maior filhinha de papai que poderia existir. Carter Stewart era um mecânico enorme e áspero nas bordas. Mamãe sempre fala que foi o jeito silencioso de papai que a fez se apaixonar, e papai afirma que quando colocou os olhos na pequena italiana de cabelos escuros que era nova na cidade, ele sabia que ela seria sua esposa. E como uma verdadeira filhinha de papai, eu cresci em cima de seus ombros e em baixo dos carros que ele concertava. De todos os filhos, parecia que eu era a única que conseguia o silêncio confortável em que meu pai parecia sempre estar. Enquanto minha mãe tentava me empurrar vestidos babados e me levar para as aulas de balé, eu sempre terminava em baixo de um carro, ao lado do meu pai, com o tutu rosa sujo de graxa. Apesar de todos os meus irmãos adorarem carros, e terem trabalhado na oficina da família nos momentos livres, meu pai sempre me mimou mais. Os benefícios de ser a caçula foram maravilhosos. Mas ser a única mulher? Este fato me trouxe algumas consequências, como os episódios do meu ensino médio. Um gritinho e******o de Amanda me tira do meu devaneio e percebo que estamos na frente da Viper, uma balada eletrônica que recebe a elite de toda NY, e eu não tenho a menor ideia do que estamos fazendo aqui. - O que está fazendo, Beatrice? Não há nenhuma chance no inferno de entrarmos aqui a essa hora da noite! – Pergunto, enquanto me viro bruscamente para ela. - Cale a boca e me siga! Eu sei o que estou fazendo! – Ela responde e estaciona o carro. - Au au. - murmuro baixinho, com tom de escárnio.           - Eu ouvi isso! - ela sussurra irritada, enquanto sai do carro e me puxa pelo braço para a entrada no enorme galpão n***o.           Apesar de ficar numa parte histórica da cidade, onde o movimento costuma ser menos intenso para os padrões da Big Apple, a fila parece ter quilômetros enquanto dobra o quarteirão e continua até onde a vista alcança. Pessoas de todos os tipos conversam excitadas enquanto esperam uma oportunidade de entrar no lugar. - Era para ouvir mesmo! - falo e dou língua para ela. Nos encaramos um momento e começamos a gargalhar. Quando chegamos na entrada do enorme local, Amanda me puxa para seu lado e começa a procurar algo dentro de sua bolsa. Enquanto ela procura não-sei-lá-o-quê, quando eu olho para as duas mulheres intimidantes diante de mim, que guardam a entrada e me olham com ar de impaciência, dou os ombros em desentendimento. - AHÁ! Achei vocês! - Amanda grita de repente, atraindo a atenção de todos a nossa volta. Olho para o que ela tem na mão e franzo a testa. - E o que diabos é isso? - As maçãs de Éden, Belle. - Ela murmura para mim em tom de conspiração, e entrega os dois pedaços de papel prata para uma das grandes e assustadoras mulheres de preto a nossa frente. A Leão de Chácara olhas os dois cupons e dá espaço para nós passarmos enquanto acena a cabeça em aprovação. - Eu não acredito! Você conseguiu entradas para a Viper? - Grito em seu ouvido, quando a alta música do local nos alcança. - Claro que sim! Só não me pergunte como. Eu jurei nunca dizer para ninguém. - Ela murmura em tom misterioso. - Certo, - Falo, quando chegamos a uma parede de vidro, que nos dá a visão da pista de dança no andar inferior. O local está todo escuro, como luzes coloridas piscando aqui e ali, dando um ar misterioso. A parte superior em que estamos cerca todo o ambiente com algumas poucas luzes, só o suficiente para enxergar um palmo a sua frente, e com lounges melhores iluminados por todo o espaço. Espaço para sentar é importante quando você é mulher e passa a noite inteira em cima de um salto. A pista de dança, que está lotada de vultos esfregando entre si, fica no andar inferior, com um enorme balção branco á esquerda, com bebidas sendo passadas de lá para cá. O estande do DJ fica suspenso na parede contrária a entrada e é possível ver tambores de tinta neon sendo manipulados a direita. Eu me apaixono logo de cara. Amo dançar. Amo sentir as batidas pesadas atravessando meu corpo. E amo todo o ar de mistério que a decoração do lugar fornece. - Vamos! - Grito enquanto pego na mão da minha amiga e arrasto-a pela escada até chegarmos no bar. Quando um dos bartenders, de cabelos castanhos e olhos meigos chega até nós, nós sorrimos uma para outra e nos voltamos para ele. - Gostariam de algo, senhoritas? - Pergunta, enquanto se inclina no grande e brilhante balcão de acrílico. - Sim, quatro shots da sua melhor tequila, por favor. - Peço antes de me virar para avaliar o local.           - Mulheres lindas e tequila de qualidade. Vocês, senhoras, acabaram de realizar meu sonho. – Ele sorri e pisca pra gente.           Sorrimos quando quatro copos surgem a nossa frente, cheio até a borda com o líquido dourado.           - Para Belle, que conseguiu seu emprego dos sonhos. – Amanda grita e levantamos o copo em saudação.           Tomamos um shot atrás do outro e despejamos os copos vazios no balcão. Quando chegamos no meio da pista de dança, fecho meu olhos e deixo a batida me levar para outro mundo. -           Estou dançando há não sei quanto tempo, mas sei que há suor escorrendo por meu pescoço e pelo vale dos meus s***s. Durante nosso momento particular, homens não pararam de chegar e tentar nos puxar para uma dança. Amy pegou um, mas eu dispensei qualquer convite e escolhi carreira solo. Quando abro meus olhos, para sair da minha exclusão e procurar por Amy, ela não está a vista, e sei que deve ter ido trocar amassos com algum cara em particular, já que não me avisou nada. Volto a fechar os olhos e curtir o meu momento, mas começo a perceber que minha boca e garganta estão secas, e decido ir atrás de uma bebida, e é quando um par de mãos pegam minha cintura. Começo a me virar para rejeitar o cara, quando me deparo com o par de olhos azuis mais eletrizantes que já vi. Meu corpo paralisa na hora, meus olhos se arregalam e eu acho que minha boca se abre. O cara deve ter um metro e noventa, considerando que eu tenho que basicamente dobrar todo o meu pescoço para olhar seu rosto em meio as sombras. Ombros largos, coberto por uma camiseta preta com gola V, quadris estreitos, jeans escuros marcando coxas musculosas, e tudo isso, embalado em uma perfeita pele morena oliva. Um sorriso predatório surge no rosto do estranho quando ele nota minha reação a sua aparência, o que faz com que duas covinhas apareçam em suas bochechas, completando o visual de traços retos e musculosos e cabelo preto e sedoso, batendo no colarinho do pescoço. Oh meu Deus. Acho que acabei de derreter minha calcinha. Carlos? Quem precisa daquele pequeno safado a pilhas quando Deus fez um espécime masculinos tão perfeito? Ele me puxa para mais perto de si, colando nossos corpos juntos, e eu consigo sentir toda a musculatura do seu corpo. - Prazer em conhecê-la, eu me chamo Kendrick. -Uma voz rouca e sexy atinge meus ouvidos, levando uma onda de excitação até meu núcleo sedento. - Oi, me chamo Anabelle. - Falo contra seu peito. E percebo que minha noite acaba de ficar muito mais interessante. Um delicioso cheiro amadeirado chega até meus pulmões e eu arrasto meu nariz por todo o seu grosso pescoço, para sentir melhor o cheiro. Ele me responde com um rouco gemido. Suas musculosas mãos pegam minha cintura aumentam seu aperto e eu sinto seus dentes dar uma pequena mordida na minha orelha. Nesse momento eu tenho que morder o lábio para não soltar um longo gemido. - Dança comigo. - Não é um pedido, e sim uma ordem. Mas eu não tenho intenção nenhuma de recusar. Mas ele não me dá chance de tentar negar, pois suas mãos me viram contra si, e seus braços me cercam, não deixando nenhum espaço entre nós. Ele começa a se mexer contra mim, e eu sigo seus movimentos, sentindo sua longa e dura ereção contra minhas costas. Seu rosto está contra meu pescoço e eu sinto seu nariz correr por ele. Movo meus quadris mais firmemente e pressiono meu corpo contra ele, que geme em resposta, empurrando seus os seus contra mim. Suas mãos estão em meus quadris, me segurando no lugar, enquanto ele faz tudo o que quer comigo. Meus olhos retornaram a fechar e agora estou presa em um luxurioso mundo com esse estranho sexy da qual eu tenho toda a intenção de usar para meu prazer. Uma de suas mãos começa a descer, acariciando minha coxa, e outra subindo, até estar debaixo dos meus s***s. Sua  boca procura a minha, e eu viro a cabeça para o lado, dando total acesso a ela. Quando sua boca cai sobre a minha, o mundo todo para, e agora e só eu e ele. Seus dentes puxam meu lábio inferior, pedindo entrada, e faço ele trabalhar mais um pouquinho por isso. Quando sugo os seus lábios dentro da minha boca, ele geme forte, e eleva sua mão, que estava na minha coxa, até o meu centro, sob o vestido, espalmando meu sexo e criando uma fricção deliciosa contra meu c******s. Vibro por dentro e abro a minha boca em surpresa, pois estou deixando um estranho me tocar em um local público. Ele se aproveita da minha distração e enfia sua língua na minha boca, aprofundando o beijo, e aumentando nosso frenesi. Eu gemo mais forte em sua boca e coloco minhas mãos em seu pescoço, puxando-o mais para mim. Ele só rosna em resposta e esfrega mais o meu c******s. Um de seus dedos começa a passar pelo elástico da calcinha, e em um instante, ele está com dois dedos dentro de mim, me enlouquecendo. Sua mão faz um movimento de vai e vem e meu corpo inteiro começa a tremer de prazer, me fazendo esfregar mais forte contra sua ereção. Ele coloca mais força em sua mão ao mesmo tempo em que sua boca chega até meu ouvido. - Você é uma delícia. - Fala e morde minha orelha. - E agora, eu vou te fazer vir na minha mão, bem aqui, na frente de todo mundo. Eu não tenho nem o que responder, pois meus gemidos começam a ficar mais audíveis e mais frequentes, quando ele coloca mais entusiasmo em sua tarefa manual. Uma onda de sensações começa a se construir dentro das minhas paredes internas, apertando seus grossos dedos, e eu tenho que morder com força, meu lábio inferior, quando a sensação de quebra chega até mim, com um impulso do polegar dele no meu c******s. Assim que o ápice do clímax me deixa, eu desmancho contra ele, que tira sua mão de dentro do meu sexo, e passa os braços em volta da minha cintura. - Isso... foi... – Começo a balbuciar, mas meu cérebro está em pane, e demoro para completar a frase: - incrível. - Finalizo. Uma risadinha rouca chega até meus ouvidos. - Sim, foi. Você é linda quando goza, mas que tal irmos para a minha casa agora? - Ele pergunta, agora passando os polegares nos meus eretos m*****s, demonstrando que tem muito mais de onde veio esse orgasmo incrível. Podem culpar a tequila, meu estado de espírito ou minha insanidade temporária, mas suspiro e concordo com a cabeça.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD