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Despertar de uma Paixão

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Blurb

Eles aceitaram um casamento de conveniência de olhos bem abertos. Agiam como um casal feliz e unido diante dos holofotes e da sociedade. Ambos vinham de famílias milionárias, e estavam juntos afim de criar uma aliança entre os dois clãs.

Ambos agora iriam aprender a conviver e conhecer um ao outro. E, com isso quem sabe polir entre eles o amor.

Brendon Bueno e Alcantara, era o filho mais novo do patriarca Lucas de Bueno e Alcantara que mesmo com seus quase 62 anos de idade, ainda bem lucido e vivido; via a união com a família Bianco de Oliveira como algo promissor para ambas as famílias.

Camile de Oliveira como gostava de se identificar, querendo assim se manter o mais longe possível de qualquer influência que o sobrenome Bianco poderia trazer para suas conquistas; aceitou o acordo estabelecido desde que pudesse continuar a trabalhar na Fundação que um dia pertencerá a sua avô Clarice de Oliveira, exemplo para ela de alguém que queria mudar o mundo ajudando os menos favorecidos.

Camile conhecia muito bem Brendon, haviam estudados na mesma escola embora em classes diferentes. Hoje ele tinha 30 anos, ela estava com 27 anos. E, ambos suscitavam respeito entre os colegas e Brendon arrasava muito corações femininos. Enquanto Camile não demonstrava o menor interesse em escolher um namorado, muito menos um marido.

Lucas e Afonso, pai de Camile, apresentaram então o que julgavam a união perfeita. E, mais felizes ainda por ambos terem concordado.

Entretanto, eles sabiam que era um casamento sem amor, e mesmo que Camile fosse se deixando envolver pelo charme de seu agora marido. Os dois teriam que aprender que nem tudo são flores, e que o que antes era teatro, poderia se tornar bem real.

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1. Capitulo – Casamento sem amor.
     A união foi considerada o casamento do ano, com uma lista de convidados contendo nomes importantes da alta sociedade. Parentes distantes e amigos vieram da Itália, França, Estados Unidos e vários outros países. O casamento era tão esperado que teve fotos publicadas em várias revistas importantes.         Um ano depois, e ainda eram considerados o casal queridinho e a presença deles nos eventos eram sempre noticiados pela mídia.          Em público, Camile desempenhava o papel de esposa perfeita. Apesar disso, tinha ciência de que tudo não passava de um teatro. - Droga! Qual é o seu problema? Ela conversava consigo mesmo, enquanto se maquiava na frente do espelho. – Introspecção não vai te levar a lugar nenhum. Camile tentava encerrar aquele dialogo interno, pois penteava seu cabelo e terminava de se vestir.     Alguns minutos depois, voltou para o quarto onde Brendon parecia a esperar tranquilamente. Ele se autoexaminava, em cada centímetro do seu terno preto impecável e ajeitava o nó da gravata para que tudo ficasse alinhado. Era inegável que seu marido era bonito, e charmoso. O coração dela disparou, fazendo-a se sentir uma tola. “Respire”. Pensou consigo. - Você está linda. Brendon a elogiou, mas algo totalmente superficial. Embora ela estivesse perfeita com suas curvas envolvidas pelo vestido de crepe de seda vermelho.       Ele parecia irritado, mas conforme olhava para ela seu semblante ia mudando. Brendon a olhava de cima a baixo, parando em seu pescoço onde um pingente de diamante repousava nas curvas do vale entre seus s***s. Os cabelos de Camile estavam presos em uma tiara que ele também o tinha dado como presente de casamento de um ano. O sapato de salto alto aumentava alguns centímetros a altura dela, diante do 1,86cm de seu esposo, não era quase nada. - Está pronta? Ele perguntou, lhe olhando enigmaticamente. Brendon se aproximou um pouco mais, curvando-se um pouco até o pescoço dela, como querendo sentir o agradável perfume vindo dela. – “Un jardin sur le toit hermés”. (Um jardim no telhado de Hermes).     Senti-lo tão perto, fez com que ela prendesse a respiração por alguns segundos. Camile queria entender como conseguia se deixar levar por alguém que não a amava. - Isso é um elogio por representar meu papel tão bem? Camile perguntou querendo impor uma distância entre eles.       Ele lhe deu apenas um leve sorriso. - Estamos prontos para sair, se assim você quiser. Brendon lhe respondeu, ante a pequena provocação que ela fazia consigo.      O entardecer se aproximava, significava que eles pegariam um engarrafamento na saída da cidade, mas conseguiriam chegar a tempo ao evento que os aguardava. - Quer conversar? Ela sentia uma ponta de tensão vindo dele, e seu rosto não conseguia esconder o que estava ocorrendo. - Sobre? Ele perguntou, lhe lançando um olhar taciturno. – Ah sim, não foi nada. Brendon lhe deu o breve sorriso quando queria dizer que estava tudo bem. – Não vamos estragar essa noite, não é? - E é algo tão grave assim?      Ele parecia pensativo. “Seu assistente telefonou dizendo que não iria, porque estava doente”. “A reunião com um conglomerado em Boston tinha sido um fracasso”. “Uma papelada super importante fora perdido de uma forma que ele não tinha ideia, e apenas demitiu sua secretária”. - Não, apenas cansado. Ele respirou fundo. – E, não estava lembrando desse evento. - Se quiser, podemos dar meia volta, e... -... Não, sei o quanto você gosta disso.     Camile sorriu de verdade para ele; pois aquilo era real. O evento no hotel na qual iriam participar era um leilão de obras doadas, onde o dinheiro arrecadado seria dividido entre instituições de caridades na África. A fundação Clarice de Oliveira, nome da autora do projeto era generosa em promover eventos para arrecadar fundos, e eles mesmo fariam uma doação considerável. - Obrigada. - Não por isso. Ele estacionou seu BMW X4, último modelo, no estacionamento à frente do hotel. – Hora do show! Ele falou de modo divertido, saindo do veículo e dando a volta no mesmo para abrir a porta para Camile.        Um grande número de convidados aglomerava-se em um espaçoso saguão ao lado do salão de bailes. Todos bem vestidos, com suas roupas de grifes e joias caras; herdeiros milionários do mundo profissional, pessoas importantes do mundo corporativo.        Brendon abriu a porta do carro, já sorrindo para algumas centenas de explosões de flashes em sua direção, com Camile fazendo o mesmo logo após ficar ao lado dele. Todos pareciam bastante empolgados como se algo estivesse próximo a acontecer. Alguns minutos depois, os dois estavam assim como os demais, acenando e conversando com os convidados naquele enorme salão. - Linda como sempre! A voz feminina atrás de si, fez com que Camile vira-se já sorrindo. - Lisandra. - Ah! Ela sorriu para Brendon quando ele levou seus dedos até os lábios, e beijou sua mão. – Seu marido faz isso tão bem, não é?        Camile riu com o comentário, as duas haviam estudados juntos, e até mesmo a faculdade. Eram melhores amigas desde então, participando como dama de honra uma da outra de seus respectivos casamentos. - E Rafael? Perguntou Brendon com calma. - Logo ele se aproxima, deve estar conversando com algum velho sobre o mercado. Ela respondeu, olhando para sua amiga. – Você está... Nossa! Amei esse seu colar. - Brendon me deu no nosso aniversário de casamento. - Homem de bom gosto é raro.       Os dois sorriram com o comentário. - Me deem licença, preciso atender essa ligação. Brendon pediu ao pegar seu celular, indo para um canto mais silencioso do salão. - E então... -... E então... -... Como é ser casada com o homem dos seus sonhos? Lisandra perguntou, ao pegar uma taça que estava sendo servida a ambas, e bebericar um pouco. - Um sonho. - Hum, e a realidade é? Camile percebeu o olhar de sua amiga. – Rafael me deixa louca toda vez que está em casa. - Não existe relação perfeita Lisa. - Sei que não. Ela bebeu um pouco mais do champanhe. – Ele é um excelente pai. E, desde que os gêmeos nasceram, nossa! - Não pretendo ter filhos agora, nosso casamento ainda é recente. - Concordo, mas quanto mais cedo melhor.       Rafael se aproximou delas, cumprimentando Camile, mas sempre indo e vindo cumprimentando os amigos que se aproximavam. - Eis a vida de quem é casada com um diplomata.         Camile olhou para os lados, pois tinha dado apenas alguns minutos desde que Brendon tinha se afastado para atender seu celular, e até o dado momento não tinha voltado. Ela deu outro gole no champanhe voltando a olhar ao redor. Logo os funcionários abririam as portas do salão e conduziriam os convidados aos respectivos assentos. E, nada de Brendon.        Foi então que ela percebeu que os convidados estavam se encaminhando para a porta do salão. - Nos acompanha Camile? Perguntou Lisandra, com Rafael lhe oferecendo o outro braço. - Não será necessário Lisa, ela não veio desacompanhada. Brendon respondeu a contraponto, com Camile lhe passando o braço ao redor do seu. – Obrigado mesmo assim. - Não por isso.       A música de fundo tornava o ambiente tranquilo e agradável, enquanto o sommelier circulava entre as mesas com facilidade, registrando cada pedido de vinhos e champanhes, e os pãezinhos sendo servidos logo em seguida. Sentados a mesa, Camile olhou para seu marido que parecia estar com o semblante bem mais relaxado. - Vinho ou champanhe? Ele perguntou, lhe tirando dos pensamentos. – Está tudo bem com você? - Sim. Ela respondeu com um sorriso. – Vinho. - Certeza? Brendon lhe olhou profundamente. – Lembro que sempre recusou por... -... Irei abrir uma exceção hoje. Com um gesto firme, abriu o programa da noite e começou a folhear, como querendo disfarçar que tinha algo lhe incomodando.     Naquele momento, a música cessou, no palco a representante da Fundação Clarice de Oliveira, escolhida por Camile subiu ao palco, agradecendo a presença de todos, fazendo um pequeno discurso e logo em seguida, um pequeno filme numa tela de exibição foi passado, regrado de aplausos logo em seguida. O leilão iria começar.     Em meio a apresentação dos itens que seriam leiloados, as garçonetes serviam as entradas. Camile bebeu um gole do vinho que lhe tinha sido servido. Altos lances eram dados. - Não vejo a hora das roupas serem apresentadas. Uma mulher ao lado de Camile, falou com animosidade.      E, não demorou para isso ocorrer. Um desfile de modas fora anunciado como para atrair a atenção das mulheres ali presentes. Eram lindas modelos, roupas maravilhosas sendo exibidas com profissionalismo. Entretanto, Camile não tinha ficado sabendo daquela parte do cronograma. Ela olhou para Brendon que se mantinha totalmente neutro diante do desfile. - Temos uma participação especial para apresentar o vestido da noite. “Não...Não é quem penso que é”. Ela tentou disfarçar seu incomodo aparente, bebendo um pouco mais de vinho. - Aposto como o Brendon irá dar o melhor lance, esse vestido preto ficaria fabuloso em você Camile. – Até sei o sapato que combinaria com ele. Outra mulher a mesa, soltou de repente, tão animada quanto a anterior. - Brendon Alcantara. O cerimonialista chamou. – Rafael Bianchi, poderiam vim até aqui? Um convite que pegou Camile de surpresa, olhando para seu marido.      Ele parecia tão surpreso quanto ela.    A tensão pressionou sua garganta, fazendo-a beber um pouco mais do vinho, pois agora a mulher ao lado de seu marido, era nada mais, nada menos do que Pamela, a ex-namorada dele.     Lisandra olhou para Camile, mas sua amiga ainda continuava a olhar para os três em cima do palco, como se Rafael tivesse sido chamado apenas para apaziguar a tensão que se formava ali no salão, sendo que todos sabiam que Pamela e Brendon tinham sidos no passado.      La estava ela, alta, assim como seu marido. Loira, e longos cabelos ondulados, com seus vinte e seis anos, apenas um ano de diferença entre elas, e mais bonita do que qualquer outra mulher.        Pamela além de modelo, era uma atriz de renome que tinha alcançado grandes produções antes da passarela. Cinco anos atrás, Brendon havia sido namorado dela quando morou em Boston por conta de negócios.         Pamela queria casar, mas ele tinha tido que não estava pronto para compromissos. Pelo menos fora isso que soube, então, terminaram. E, ela não sendo tola, casou-se com um velho rico que acabou morrendo no ano passado.       Eram tantas perguntas, queria todas as respostas. Camile olhava fixamente para Brendon, estudando cada gesto, cada reação que ele esboçasse naquele momento. “Será que era por isso a mudança de humor?! - Ela é linda, nisso não se pode negar. A convidada ao lado falou. – Ouvir dizer que está louca pra casar novamente.         E ver a forma como ela sorriu para seu marido, Pamela estava caçando. E, não era qualquer um, concluiu Camile sentindo enjoo.     Foi difícil sorrir, tudo tinha limite e naquele momento ver seu marido passando os braços ao redor da cintura daquela mulher subjugava as ações de Camile. Pamela parecia excitada tocando em Brendon. “Relaxe” Era o que dizia pra si. - Vamos aplaudir Brendon Alcantara por nos ter proporcionado tão grande honra em termos a presença vislumbre dessa linda atriz e modelo.      Mediante as palavras os olhares dos dois se encontraram.    E tudo pareceu uma eternidade. Os sorrisos empolgados, os aplausos. Mas, como tal tinha aprendido, era preciso sorrir, aplaudir e até dar risadas em situações públicas. Camile não se permitiria que zombassem dela daquela forma.      A linguagem corporal era uma forma de arte e ela sabia como desempenhar seu papel. Era forçado, mas, ela sorriu quando Brendon desceu do palco junto com Rafael e retornou a mesa.       Os olhos de Brendon estavam sombrios e pensativo, se aproximava dela como um felino e ela estava totalmente despreparada para o que iria ocorrer naquele momento. O beijo suave que ele deu em seus lábios e para o discreto movimento da língua dele em sua boca. Havia algo no olhar dele agora, e Camile não tinha ideia do que era. “O que tinha sido aquele beijo?” Ela se perguntou. “Ele não estava tranquilo, então era uma declaração pública da união deles?”       Para qualquer observador aquilo parecia um gesto de amor, mas ela sabia que tudo não passava de teatro, afinal de contas tudo aquilo era apenas encenação. A sobremesa agora estava sendo servida, alguns convidados estavam no salão próximo dançando e conversando. Eram sorrisos animados, gargalhadas ouvidas e muita dança. - Dance comigo, Camile. Brendon ficou de pé ao seu lado, estendendo a mão como em um convite. Diante do olhar de todos que ainda estavam a mesa junto com eles.       E aquele gesto era algo natural entre eles, sempre dançavam. Mas, ela estava com raiva, entretanto, não poderia sair do salto. Aceitando o convite, silenciosamente indo para o meio do salão. Deixando-se levar pelo ritmo da música. Haviam outros casais, mas agora eram somente os dois. - O que está te incomodando querida? Ele perguntou, enquanto fazia um movimento na dança. - Uma leve dor de cabeça, somente isso. Ela respondeu, não se sentindo intimidada por aquele par de olhos castanhos esverdeados.   - Podemos ir, se quiser. Ele a puxou delicadamente junto ao seu corpo. – A caminho passamos na farmácia... - ... Não é necessário. Ela achou que seu tom saiu um pouco rude.    Ele parou de dançar, a encarando. - Houve alguma coisa?      Ela já esperava que ele perguntasse. - Não propriamente.       Ele levantou umas das sobrancelhas de forma cínica antes de retornar a dançar.  Ainda dançaram por alguns minutos, era gostoso sentir o cheiro que vinha de seu esposo. E, aquilo a fez relaxar mesmo que fosse só por aquele instante.     Durante toda sua vida, Camile obedeceu. Sabia que aquilo era importante para sua família, que ela fosse uma filha exemplar. Entretanto, viver um ano com sua avó na França lhe proporcionou uma oportunidade para sair da linha. Não que ela tivesse se aventurado numa garupa de um motociclista louco ou ter pichado a torre Eiffel, até porque sempre havia um guarda costas à sua sombra.         Eles voltaram a mesa, e para surpresa ou não de Camile, Pamela tinha se auto convidado a sentar junto a eles. - Brendon. Pamela falou o nome dele de uma forma que parecia sufocar Camile. – Queria te agradecer por ter ido ao palco, e pelo convite.       Ele deu um sorriso sem graça. - Não quis fazer uma desfeita com o mestre de cerimonias. Respondeu, sem mudar o tom ou suas feições. - Reparou a alegria deles quando nos viu juntos? A modelo perguntou com um tanto de provocação.     Brendon segurou a mão de Camile. - Essa é a minha esposa, Camile. Deixa-me te apresentar... - Prazer, uma união um tanto interessante. Falou com um certo tom de acidez. – Tenho que conversar com os outros convidados, então podemos no encontrar depois, o que acha? - Em nome dos velhos tempos? Perguntou Camile, com uma forçada educação, sabendo que o convite não era para ela.        Recebendo um sorriso como resposta. - Talvez Brendon lhe responda. - Sim, vou aproveitar que já estamos indo embora. - A noite só começou...      Camile se segurou para não revelar que iria levar seu marido e f********o com ele. Mas, seria uma mentira. Afinal de contas, fazia parte do acordo entre eles. Em vez disso, simplesmente sorriu e segurando a mão de Brendon, se despediu dos convidados mais próximos, indo embora em seguida.         Enquanto caminhavam eram abordados por amigos e parceiros comerciais, reforçando alguns convites. Ambos eram bastantes sociáveis, Camile gostava de estar ali, embora houvesse momentos em que queria apenas estar em sua casa.       Foi um alivio quando chegaram, com Brendon estacionando seu carro na garagem. Qualquer tentativa de conversa estava fora de cogitação, ela m*l falou durante todo o trajeto de volta para casa. Ela olhava a paisagem pela janela, os carros passando, a fina chuva molhando o asfalto, a paisagem ia mudando conforme iam se aproximando do subúrbio em que morava, com casas grandiosas escondidas por muros altas e inúmeras arvores.      A casa deles eram de dois andares, sendo que na época Brendon comprou e contratou restauradores para manter o estilo georgiano e reformou todo o interior, fazendo com que a casa fosse admirada por todos.     Entrando na casa, Camile adorava aquela sala espaçosa com uma mistura de áreas formais e informais. - Não quer mesmo falar nada?     Camile parou e virou-se para o homem atrás de si. - Não quis discutir no carro, porque talvez provocasse alguma distração. Ela respondeu de forma direta. - E... -... Você pretende vê-la? Ela foi direto ao ponto. - Porque faria isso? A expressão dele não mudou, apesar de ter tido a impressão de que havia algo inelegível naqueles olhos. Ele falava tão calmamente que causou calafrios em Camile.  - É o que ela quer. - Confia tão pouco assim em mim?     Camile queria pensar na resposta certa. - Você quer que eu jure fidelidade? Ele continuou. - Não serei ridicularizada em público. Ela caminhou até as escadas. – Quanto ao jurar ser fiel? Se não for de verdade, promessas podem ser quebradas.    Respeito, companheirismo e fidelidade eram a base do casamento deles. Não havia amor, mas ela não permitiria uma traição.     Ela não ouviu, mas percebeu Brendon se aproximar dela quando chegou em seu quarto. - Você não respondeu minha pergunta.       Camile se virou, não queria deixa-lo entrar em seu quarto. - Sim, respondi. - Você não confia em mim? - Nós estamos unidos em casamento e legalmente ligados nos negócios da nossa família. Ela o encarava. – Mereço sua honestidade na nossa vida privada. - Já fui desonesto com você? - Não. - Pode acreditar, isso não vai mudar. “Confirmação? Possivelmente”. Ele não era t**o, e ela muito menos. - Boa noite Brendon.    Ele se aproximou dela e percebeu que Camile estava com a pulsação acelerada. Brendon segurou-a pelos pulsos e colocou os braços dela sobre os ombros. Abaixou um pouco a cabeça. - Porque você me beijou naquela hora? Ela interrompeu o que ele queria fazer naquele momento. - Não deveria?      Ela mordiscou os lábios. Pergunta estupida. Ela sabia muito bem o que ele estava fazendo. O que ele queria fazer. Era difícil resistir aqueles lábios polpudos e convidativos. Sem tirar os olhos dos dela, era evidente que havia uma atração entre os dois. Era a primeira vez depois de um ano que eles tinham um contato tão íntimo. Se davam bem juntos, isso era inegável. Mas, ela não queria se entregar assim, não dessa forma. Se afastando dele, ela entrou em seu quarto, trancando a porta atrás de si.      Diante da sociedade, havia aqueles que achavam que ela tinha tudo. Uma excelente saúde, um emprego perfeito, um marido que era o máximo... Ainda assim, ela gostaria de trocar tudo isso pelo amor dele. Doce ilusão.  “A ideia de casamento era algo que nenhum dos dois pensassem naquele momento. Brendon olhou para a mulher sentada ao lado de sua mãe. Ao mesmo tempo que aparentava timidez, embora tivesse ouvido que Camile de Oliveira tinha uma boa oratória. Em breve, ele assumiria os negócios de seu pai, já que seu irmão mais velho havia aberto mão dos negócios e ido morar em Portugal com sua atual mulher.      E como seu pai tinha dito, era importante que um homem como ele, futuro dono de tudo que pertencesse a família tivesse casado. E, nada melhor do que a única filha do melhor amigo de seu pai para compor essa união”. 

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