Zephyr segurava Nefertiti em seus braços como quem segura algo quebrado, precioso e irrecuperável. Ela havia desmaiado, e ele a levou sem hesitar para os aposentos da Imperatriz — agora limpos, organizados, como se o caos de antes jamais tivesse existido. Um novo decreto havia sido emitido com dureza e precisão. As ordens no Palácio da Imperatriz eram claras: silêncio e obediência. O médico de confiança de Nefertiti, o experiente Marlon, renunciou sem uma palavra coerente, o rosto marcado por confusão e medo após o tratamento. Ao lado da Imperatriz, que dormia inquieta, Zephyr sentou-se em silêncio. Seus olhos se fixaram nos lábios dela — rachados, manchados de sangue. Com delicadeza, ele os tocou, tentando apagar, com um gesto inútil, as marcas do que havia acontecido. Era a segunda ve

