Thaís continuava a andar sem rumo pelas ruas sinuosas da Rocinha, suas mãos ainda segurando as sacolas e o sangue seco manchando suas roupas. Cada passo era pesado, como se suas pernas estivessem sendo arrastadas por um peso invisível. As pessoas ao seu redor a observavam com curiosidade e receio, murmurando entre si. Alguns se perguntavam se ela havia enlouquecido ou se havia levado um corretivo de alguém, mas ninguém se atrevia a se aproximar. Soraya,que também era uma manicure conhecida na favela, estava saindo da casa de uma cliente quando avistou Thaís. Os olhos de Soraya se arregalaram de surpresa e preocupação ao ver ela naquele estado. Sem hesitar, ela correu até Thaís e a segurou pelos ombros: "Thaís, está tudo bem? O que aconteceu?" Thaís piscou, como se estivesse despertand

