As vielas estreitas da favela pareciam abafar o ar, prendendo o calor e o cheiro de suor e drogas no ar. Eduardo, odiava ter que ir até as bocas de fumo, os locais onde as drogas eram vendidas. Embora não fosse santo e, ocasionalmente, consumisse maconha, ele nunca se permitiu ao vício. Já havia cheirado cocaína em eventos onde precisava manter as aparências, mas aquela sensação de alienação causada pelas drogas nunca lhe agradou. Ele tinha um objetivo claro, e para ele, vícios eram uma fraqueza. Não gostava da ideia de ser arrastado para um ciclo de dependência e perda de controle. Mas como dono do morro, sabia que uma parte significativa de seu império vinha das drogas. E, se havia uma coisa que ele não rejeitava, era dinheiro. Porém, havia uma boca específica que ele detestava, princi

