Capítulo 03

966 Words
•Um selvagem em minha vida "Toda a ideia de controle é um mito. O universo é um animal selvagem, você não pode domá-lo. Tudo que você pode fazer é tentar viver dentro dele.___ Bojack Horseman" {...Aurora Williams...} Já fazia dias que mim encontrava naquela ilha, não sabia ao certo quanto tempo havia se passado desde o naufrágio, o relógio do tempo parecia parar naquela pequena parte do continente. Ainda estava anestesiada pelas dores em meu corpo, mesmo assim apesar das circunstâncias, eu estava feliz por estar viva. Ao longo desse tempo muitas coisas mudaram em meu pensamento, aprendi a ver a vida de um modo diferente a dar valor as coisas mas simples. A felicidade que eu tanto almejava! Infelizmente eu não encontrei, muito pelo contrário eu diria. No entanto, não posso dizer que sou exatamente infeliz, a ilha é um paraíso afrodisíaco, diferente de tudo que já tinha visto antes. Meu companheiro de sobrevivência ainda parece um animal selvagem típico da pré-história, más sua beleza exótica é de tirar o fôlego, também não avistei nenhum outro humano além de mim e Ipuã, nem barcos, navios, aviões parece até uma ilha perdida no tempo. O estranho homem das cavernas quase não falava, as vezes acho que ele não entende bem a minha língua. No entanto, tento comunicar me com ele em português, idioma oficial do seu país. Visto que até onde me recordo, estava no Atlântico Sul próximo à fronteira com o Brasil. Apesar de sua aparência bruta e com cara de poucos amigos, Ipuã não mim parece ser uma pessoa r**m, com ele aprendi muitas coisas na ilha, como pesca e até caça: a sobrevivência aqui não é nada fácil, existem muitos animais selvagens, dentre eles o javali e até mesmo a temida onça-pintada. Tudo e muito inóspito, o que me faz lembrar sempre de ser bastante cautelosa aos perigos da ilha. As vezes ainda me recordo da minha cidade natal, as ruas iluminadas e até mesmo o calor humano das pessoas, apesar da tranquilidade da ilha, a solidão é o que mais reina nesse ambiente. Ao olhar o mar a minha frente, lembrei me de tudo que passei até chegar aqui, a dor é a tristeza ainda permanece no meu peito, mas a sensação de estar livre novamente invade a minha alma. Uma sensação nova a cada dia, a liberdade tinha um ar más puro, trazendo me uma paz em meu peito. Caminhando sobre a areia clara da praia, alguns pensamentos invasivos percorriam a minha mente, saber que iria ficar o resto da minha vida em uma ilha deserta angustiava me, mais ao mesmíssimo tempo, me dava alívio, para o mundo e para todos eu estava morta, e isso de uma certa forma me beneficiava, pois eu não terei mais um louco obsessivo a mim perseguir. Por outro lado, eu poderei recomeçar a minha vida do zero, ser feliz comigo mesma dando me uma oportunidade de recomeçar uma vida nova e quem sabe até encontrar a verdadeira felicidade. Essa era a esperança que eu mantinha viva em meu peito, más cada vez se encontrava mais distante. Andando em passos lentos sobre a trilha da cachoeira. Eu admirava a paisagem daquela região; sua beleza era exuberante as águas cristalinas refletiam a luz do sol formando um arco-íris cheio de cores. Peixes de vários tamanhos e várias espécies se agrupavam em um ritmo harmônico era inimaginável aos meus olhos. Retiro o tecido fino que cobria meu corpo, jogando sobre as pedras ali próximas, em seguida dou um salto sobre as margens das águas, mergulhando até o fundo e volto a superfície. A alegria de me sentir viva novamente invade a minha alma, transbordando em um misto de prazer. Ao terminar meu banho, pego meu vestido velho, retirando todo o suor e a sujeira que impregnavam o tecido antigo. Em seguida visto ainda molhado sobre meu corpo, na intenção de cobrir a minha nudez. Continuo a prosseguir o mesmo caminho de volta a cabana, seguindo pela trilha de folhas secas. A sensação de perseguição, refletia minha mente me deixando aflita, apresso cada vez más o meu passo no intuito de chegar logo ao destino. Já estava próximo a saída da mata, quando sinto meu braço ser puxado feito uma pena por uma mão grande e ásperas, em seguida meu corpo se contrai ao ser chocado contra uma grande árvore. Meus olhos se moviam em câmera lenta, admirando cada estrutura do seu corpo quase desnudo, minha mente parecia parar no tempo a respiração ficava cada vez mais pesada. Ao encara-lo de baixo a cima, encontro a íris dos seus olhos azuis oceânicos, seu olhar sério escondia um medo por de trás daquela armadura. Meu peito subia e descia, aumentando mais meus batimentos cardíacos. Suas mãos grandes e fortes imprensavam meu pulso na altura da cabeça, aquele olhar de lobo faminto percorriam meu corpo com aptidão, pronto para agarrar a sua presa. A fera selvagem de instinto livre, olha no fundo dos meus olhos como se pudesse enxergar a minha alma. Suas mãos libera meus pulsos de suas garras, em seguida ele se distância se embreando na mata fechada; desaparecendo em milésimos de segundo. Olho ao redor tentando assimilar a lógica de tudo. ___ Não obtendo nenhuma resposta óbvia. Ao encarar o chão a minha frente a resposta veio como uma prévia, o chão de folhas secas, escondia uma das armadilhas mais mortais da natureza, um poço extenso de areia movediça. Ainda tentando compreender a real situação; eu não fazia ideia do porque Ipuã havia salvado minha vida duas vezes. Ele me intrigava cada vez mais, suas atitudes indecifráveis e seu comportamento estranho incomum persuasivo, me desencadeava, más ao mesmíssimo tempo sentia me segura nos braços daquele selvagem nativo, como se o conhecesse a muito mais tempo. Continua...
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