11
Fael narrando
Fico encarando o corpo caído no chão da sala, o sangue ainda fresco ao redor. Guardo a arma na cintura e levanto os olhos para Juliana. Ela estava paralisada, em choque, o olhar vidrado no homem morto.
— Agora você me deve uma vida também — digo, firme.
Ela tenta responder, mas só balbucia, sem conseguir formar uma frase.
— Mateus, leva ela pra casa daquela amiga dela... a Rafaela — ordeno, sem tirar os olhos de Juliana.
Mateus se aproxima e toca no ombro dela.
— Ei, mina... — ele diz com calma.
Juliana se assusta, dá um pulo.
— Vai se trocar. A gente precisa sair daqui.
Ela me encara, tremendo dos pés à cabeça, e finalmente consegue falar:
— Eu... vou trocar de roupa.
Ela entra no quarto, ainda trêmula. Poucos minutos depois, volta com outra roupa, e Mateus a
