II – Ela será a minha vingança

936 Words
(07 de janeiro de 2017, Sábado)                    Paloma analisa pela última vez seu visual no grande espelho de seu quarto. Ela queria passar uma boa impressão para a família Fonseca, teria que deixar claro que queria ser amiga deles, para destruir um inimigo é preciso conhecê-lo. Sente-se satisfeita ao trajar seu lindo vestido vermelho, caro e colado ao corpo, assim como seus saltos agulha preto, com certeza o nome “beleza” foi criado para caracterizar aquela mulher. Ela pega sua bolsa e desce a escada. - Senhorita Marrie, está linda. - Obrigada, França.             Ela responde calma, sem nenhuma expressão. Poderia ser considerada fria, e era verdade, depois da morte do seu pai ela se fechou para qualquer tipo de sentimento. Sua mente se prendia em se vingar e administrar a empresa, esses eram seus objetivos, mulheres já não lhe chamavam a atenção como antes. Paloma era um tipo de pessoa que viola a mulher que queria e quando queria, sua orientação era s****l bem clara para todo o mundo, mas agora desejo era s****l algo sem importância. Ela sai da mansão e se encaminha para o carro de luxo, onde seu motorista Carlos a aguarda, a milionária não gosta de dirigir e o homem n***o sempre foi fiel a seus desejos. Ela entra no carro em silêncio, assim como o homem estava, já era costumeiro dos dois trocarem apenas palavras necessárias. A loira observa cada prédio das ruas de São Paulo, não sabia o que esperar daquele jantar, mas estava preparada para qualquer coisa, isso era o que ela imaginava. Minutos depois já estavam em frente a grande mansão dos Fonseca. - Esteja pronto às dez, Carlos, é o máximo que posso aguentar nessa situação.             Ela disse direta ao homem que assente, eram dezenove horas no momento. Paloma coloca seu salto perfeito no chão da entrada da grande casa, sendo amparada pelas mãos do motorista, respira fundo e toca uma campainha, uma porta logo é aberta por uma mulher uniformizada, ela sorri e a manda entrar. - Paloma. Que bom que veio. _ A senhora Fonseca disse, alegre.             A mulher tinha o tom de pele diferente do marido, se assemelhava ao da loira, a diferença era a cor do cabelo, os de Priscila Fonseca eram negros. Seu sorriso provocou sincero aos olhos da loira, mas não podia se deixar enganar, qualquer um poderia fazer parte de seja lá o que Abelardo tenha planejado. - Eu agradeço pelo convite. _ Ela retribui o sorriso. - Paloma. _ A loira ver o homem saindo de uma sala com um copo de uísque na mão. - Abelardo.             Eles se encaram por longos segundos. Era uma disputa interna entre eles. A loira sempre soube da ambição do sócio, mas nunca complementar que chegaria ao ponto de m***r alguém, ela queria vingança, mas desejava que tomar cuidado. - Eu fico feliz que tenha vindo. Só esperaremos minha princesa para o jantar ser servido, desde já peço desculpas por ela. Mas Clara é muito tímida.              O homem disse, sorrindo, mas era verdade, Clara Fonseca era uma pessoa tímida, na verdade até demais. A menina de dezenove anos, estudante de administração, era esforçada e o orgulho do pai, tomar cativar qualquer pessoa, tinha ótimos amigos, era ótima aluna, e se preparava para assumir o lugar do pai como segunda maior acionista da M&F Construções. A garota, pois assim a consideravam, era reservada, porém decidida, tinha um olhar marcante. Sua pele morena profissional menção ao n***o do pai e brancura da mãe. Mas o que a deixava perfeita eram seus lindos cachos. Seu cabelo caído pelos lados do corpo, e que corpo, esse que ficou marcado por aquele vestido amarelo. Qualquer um poderia deliciar-se com aquela mulher, até mesmo Paloma Marrie. Foi isso que a loira recebeu no instante em que viu a morena descer a escada. - Olha ela aí. _ O pai vai para perto da filha. - Me deixa adivinhar, estava estudando? - Sim. _ Ela diz, baixo. - Me desculpe.             Seu olhar vai de encontro ao chão. Mas os de Paloma a penetravam como se pudesse despi-la, senti-la, saboreá-la. Aquela garota era uma porta para o paraíso, mas também do inferno. - Paloma, essa aqui é o meu maior tesouro e orgulho. Clara, minha filha, minha única filha e a minha vida. _ A loira podia sentir o orgulho nas palavras do homem. Ela também usaria esse tom se tenha uma mulher daquelas. - Olá, me chamo Clara.             A menina de dezenove anos estende a mão para a loira, que sorri com o ato, quando os corpos se tocam, apesar de pouco, elas sentem o arrepio, Clara nunca sentiu tal sensação, ela nunca se viu tão vulnerável perto de alguém ou por alguém. - Prazer, sou Paloma.             Como duas se encaram, os olhos vermelhos em chamas da loira escolheu uma morena atormentada, ela se sentiu dominada, submissa, só pensava em se entregar e todas aquelas sensações eram novas para ela. - O jantar será servido.             A senhora Fonseca quebra o contato do olhar das duas. Ela observou que um clima estranho havia se instaurado lugar, mas resolveu ignorar. Minutos depois estavam sentados à grande mesa de jantar, com Abelardo na cabeceira, sua esposa e filha do lado direto e esquerdo respectivamente. Conversa vai e conversa vem, ele sempre deixava escapar o orgulhoso se sentia da filha, a menina que era a sua maior alegria e seu melhor presente. Mas as palavras só serviram para Paloma ter uma certeza, aquela garota seria a sua vingança. Queria fazer o homem sangrar e faria isso por dentro, ela quebraria seu coração no lugar onde mais doeria, sua filha. Clara Fonseca seria a sua vingança.
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