Episódio 3

1819 Words
Pelo que eu sei, normalmente os noivos não saem da festa tão cedo. Mas não tenho o direito de contradizer o meu marido. Agora ele é o chefe da minha família. Então eu apenas aceno impotente. — Vamos, Jade. Recebo olhares cautelosos da minha mãe e do meu pai. Primeiro abordamos os meus pais e depois o tio de Amiran, e Alikhan. Surpreendentemente, cada um deles reage favoravelmente quando Amiran diz que está levando a sua esposa e deseja que os convidados celebrem adequadamente o evento de hoje. Um carro de luxo está nos esperando na rua para nos levar para casa, para a casa do meu marido. Eu não sei o que esperar. Durante todo o caminho, Amiran fica em silêncio e pensativo. Ele olha pela janela e não faz nenhuma tentativa de se aproximar ou iniciar uma conversa. E a cada minuto fico cada vez mais confiante de que Alsira não mentiu, de que tudo que vi foi exatamente como ela disse. Eles nos levam para fora da cidade. Isto foi inesperado. Por algum motivo pensei que Amiran morasse em um apartamento na cidade, porque de lá chegar ao escritório é muito mais cômodo. E então surge o pensamento de que isso não é sem razão. Assim ele me manterá longe de sua amante. E o ciúme corre como veneno nas veias. — Bem-vinda. Diz o meu marido, abrindo a porta da casa para mim. — Agora você é a dona desta casa. — Obrigada. Digo baixinho, olhando em volta. — Você deve estar muito cansada, certo? Ele pergunta distraidamente, tirando o paletó e ficando apenas com a camisa. — Devo subir? Arrisco perguntar e olhar para o dono da casa. — Sim, tem um quarto e um banheiro. Suas coisas já foram transportadas, você as encontrará lá. Concordo obedientemente, suspeitando que ainda hoje ele poderia simplesmente procurar a sua amante. Isso vai me machucar mais? Muito provavelmente. Ma*l consigo respirar. Resta muito pouco para finalmente destruir as minhas ilusões. O quarto é lindo. Aconchegante. Outra vez eu definitivamente olharia mais de perto, mas não hoje. Depois de tentar desabotoar o vestido, entendo que é inútil. Agora ficam claras as palavras de minha mãe durante a prova de que serei embrulhada como um presente. E que esta embalagem é para o meu marido. Exausta, afundei na cama. Enquanto estou sozinha, não adianta fingir ser submissa ou fazer cara de feliz. E eu choro. Embora isso seja dito em voz alta. Apenas deixei algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Quando a porta se abre de repente, eu congelo e limpo rapidamente, escondendo o rosto atrás do cabelo. — Jadr? Pergunta o meu marido confuso. — Há algo de errado? — Eu não posso tirar o vestido sozinha. Minha voz soa monótona e tensa. Provavelmente não é assim que uma jovem esposa deveria soar. Mas parece que as minhas forças estão se esgotando por hoje. Amiran lentamente se aproxima de mim e faz um gesto para que eu me levante. Não me atrevo a contradizê-lo, mesmo que queira fugir. Eu obedientemente me levanto, ainda olhando para o chão. — Vire as costas, Jade. Vou te ajudar… Tudo dentro congela com as suas palavras. Já imaginei esse momento tantas vezes. Como estaríamos sozinhos na penumbra do quarto, como Amiran desabotoaria o meu vestido... Sonhei tantas vezes com isso, imaginando fotos nada modestas e me perguntando como seria o meu marido em nossa primeira noite. Mas nunca pude pensar que este momento seria envenenado pela amargura da decepção. — Você está muito tensa. Ouço atrás de mim. Meu marido m*al toca os meus ombros. Ele provavelmente está tentando me relaxar, me encorajar, mas em vez de parar de ficar nervosa, estou chorando baixinho. Não, claro, não me permito derramar lágrimas. Mas minha alma e o meu coração... Eles estão sangrando. — Você está com medo? Eu aceno lentamente. Deixe-o pensar que estou com medo. Que assim seja. Não vou admitir isso agora. Cada toque parece uma queimadura para mim. Um farfalhar de tecido e então o vestido se acomoda em uma nuvem branca como a neve perto de seus pés. É difícil chamar o que está por baixo da roupa íntima. Pura provocação. Mamãe disse que esta seria um ótimo presente para o meu marido. Mas agora quero esconder. Esconder o meu corpo, que doravante pertence a ele, a um homem que não precisa dele. — Você é muito bonita, Jade. Sussurra Amiran, beijando o meu ombro com cuidado. Depois, um pouco mais alto e de novo. Outra vez. Eu estremeço a cada toque. — Não tenha medo de mim. não vou te ofender... Meu marido me vira para ele, levanta o meu rosto pelo queixo e olha atentamente nos meus olhos. — Muito assustador? Ele pergunta um momento depois, e então enxuga uma lágrima com o dedo. — Ou você não quer? — Você agora é meu marido. Seu desejo é a lei. Eu pronuncio as palavras que aprendi. Eu as ensaiei tantas vezes. Sonhei em dizê-las, entregando-me ao homem que amava. Mas, na realidade, ele não precisa dos meus votos. — Jade, escute, você é livre para expressar os seus desejos. Eu sei que seus pais criaram você corretamente. Mas não vou fazer de você uma sombra idi*ota. — Isso significa que posso sempre dizer o que penso? Pergunto com cautela, não acreditando no que ouvi. — Claro. Amiran sorri suavemente. E esse sorriso faz algo ondular no meu peito. Quantas vezes admirei secretamente esse homem quando ele visitou meu pai a trabalho? — E fazer perguntas? — Sem dúvida. — Você tem outra mulher? Amiran franze a testa quase imperceptivelmente, mas não tem pressa em responder. — Amante. Ou você quer ter uma segunda esposa? A pergunta se desfaz imediatamente, assim que esse pensamento surge na minha cabeça. — Não, Jade, só terei uma esposa. É você. Fico esperando que ele continue, que responda outra pergunta, mas Amiran permanece em silêncio. E a cada novo momento a esperança que surgiu em mim morre. — Celebramos um contrato de casamento. Você deveria saber que não tenho o direito de ter outras esposas. Mas mesmo que não fosse por ele, eu não faria isso. Estou em silêncio. Não posso mais me humilhar. Sim, sou a esposa dele. E tenho que ser capaz de suportar muito. Mas se Amiran não considerou necessário responder à minha pergunta, isso significa... — Não vou trancar você em casa. Continua o meu marido. — Acho que também não adianta correr com as crianças. Você ainda é muito jovem e provavelmente quer aprender... Nesse momento, os resquícios do que construí tão diligentemente em minhas fantasias durante a preparação para o casamento desabam completamente. E eu entendo que Alsira estava certa. Ele não precisa de mim. Sou apenas uma esposa nominal por uma questão de negócios. Não teremos filhos. Porque ele não precisa deles de mim. Todas essas lindas palavras sobre estudar e assim por diante são apenas uma imagem para me fazer acreditar no surgimento da vida familiar. — Jade? Eu sorrio tensamente. — Você está certo, meu marido. Digo com uma voz frágil. Cerro os punhos até doer, para de alguma forma me livrar da dor que está me dilacerando por dentro. — Você vai ficar comigo? — Claro. Ele responde e lentamente começa a desabotoar a camisa. Não sei se devo ficar feliz ou não. Estou confusa. Por um lado, estou muito magoada e ofendida e, por outro, tenho tanto medo de perder o homem com quem tanto sonhei que parece que estou pronta para fazer qualquer coisa só para mantê-lo. Odeio pensar que hoje, em nossa primeira noite, ele irá até ela. Apenas não hoje. Não! Eu não tenho o direito de permitir isso também! Então tento me recompor. Minha virgindade deveria ir para o meu marido. É assim que deveria ser. É assim que as coisas são. Eu me preparei para isso por muito tempo. Deixado apenas com as calças, Amiran segura o meu rosto entre as mãos e toca cuidadosamente os meus lábios nos dele. Gentilmente. Isto é incomum. Afinal, esta não é apenas a minha primeira noite com um homem, mas também o meu primeiro beijo. Uma garota deve se preservar para seu amado. Foi assim que fui criada desde criança e acreditei sinceramente nisso. — Confie em mim. Sussurra Amiran. — Procure não pensar, mas apenas sentir. Ele cuidadosamente me deita de costas, se afasta um pouco e rapidamente tira a calça. Contra a minha vontade, o meu olhar desce até a sua cueca. E pelo que posso ver, meu marido está com tes*ão. O que significa que ele me quer. Inspiro ruidosamente, comemorando uma pequena vitória. Pelo menos não sou pior que ela... " Não tenha medo, minha querida. Diz ele, cobrindo-me com o seu corpo. — Não vamos nos apressar. Sorrio timidamente e coloco as palmas das mãos nos ombros largos do homem. Outro beijo começa com o mesmo cuidado, mas aos poucos tudo muda e os seus lábios ficam mais insistentes. Sinto as palmas das mãos dos homens no meu peito e fico tensa. Não por medo, mas por sensações inusitadas. Eu nem sabia que isso poderia ser sentido tão intensamente. Sem parar de beijar, Amiran me livra da calcinha, que é tão pequena que dá para dizer que nem está lá. E no momento seguinte foi como se eu estivesse sendo baleada por uma pequena carga. — Ahhh... Eu exalo incontrolavelmente e imediatamente mordo o meu lábio para não falar muito alto. — Não há necessidade. O meu marido balança a cabeça. — Não fique calada, Jade. Faça o que você quiser. — Posso? — Absolutamente. Ele acena em resposta. A palma da mão repousa sobre um sei*o e a outra no outro. Ele os aperta com facilidade, provocando outro lampejo de langor entre as minhas coxas. : Não existem temas tabus na cama. Lembre-se disso. — Você... você faz isso com todo mundo? Reúno coragem para perguntar. Provavelmente a questão toda é o que está me afastando do que está acontecendo. Caso contrário, eu nunca teria feito tal pergunta. — O principal é como faço isso com você. O meu marido novamente evita uma resposta direta. E novamente sinto uma pontada dolorosa no coração. Fecho os olhos e deixo as mãos do homem fazerem o que quiserem. Consigo relaxar um pouco e aceitar que tudo está para acontecer. — Você está bem? Pergunta Amiran, continuando a me acariciar com cuidado. Em teoria, claro, sei como tudo deveria acontecer. — Não sei. Respondo honestamente. — Você é muito estreita. Ele suspira. — Não será... fácil. — Eu dou conta disso. Amiran se inclina e me beija nos lábios novamente. Por mais que me machuque, assim que os seus lábios me tocam, tudo floresce por dentro, e eu mesmo derreto, e a garota ingênua novamente olha com cuidado na esperança de que nem tudo esteja perdido.
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