Capítulo 2

1748 Words
Fernanda pov. Por incrível que pareça eu e o Erick descobrimos várias coisas em comum, e posso até dizer que nos tornamos próximos com o passar das horas. Isso antes dele falar que meninas malvadas é um lixo e que a barraca do beijo é bem melhor, vê se pode uma m***a dessa. __ Você só escolhe porcaria, essa m***a lá pode se chamar de filme?!__ Reclamo e me debruço no sofá tentando pegar o controle. __ Eu escolho porcaria?! Tu fez a gente assistir a um filme super chato e tá reclamando da minha escolha?! __ Cruzou os braços me dando um sorriso irônico. __ Ah se liga mano, ninguém gosta de clichê tá legal, a barraca do beijo é uma m***a supera tá?! __ Gente vocês tão levando isso a sério ein, vou lá pegar mais um pouco de pipoca pra nós começar crepúsculo __ Pedro comentou indo até a cozinha, bufei indignada enquanto me colocava de pé. __ Olha só seu merdinha, meninas malvadas é mil vezes melhor que essa porcaria que tu chama de romance! __ Larga de ser insuportável garota, esse filme já perdeu a graça faz séculos. __ Insuportável é você seu sem graça. __ Gente chega disso, quem liga qual filme é melhor que o outro?! __ Ouvir isso foi um insulto dos grandes, tanto que eu e o Erick nos viramos para o encarar ao mesmo tempo. __ Calado. __ Novamente falamos juntos, que coisa irritante. __ Vem cá vocês não cansa não é, tudo é motivo de briga não tavam concordando com as coisas mais cedo? __ Isso foi antes dele insultar meninas malvadas. __ Olha, o filme não é r**m tá legal?! Só é antigo demais pro meu gosto. __ Certo…. Talvez a barraca do beijo não seja tão r**m, mais o segundo filme nem deveria existir até porque é uma m***a. __ Tá… nisso eu vou ter que concordar, realmente ficou uma m***a. Nos olhamos e então caímos na gargalhada, acho que posso o considerar um amigo?! __ Certo acho que já deu de filme hoje, que tal a gente ir lá pro quarto e ficar de boa, ein? __ Pelo amor de Deus, na minha frente não tá __ Reclamo me jogando no sofá __ Isso é um insulto a minha pessoa que está solteira. __ Sinto te informar, mas tu vai continuar solteira com esse péssimo gosto pra filme. __ Pelos deuses, anda bebê vamos subir lá pro quarto. Bufo mais uma vez e lhe dou o dedo do meio coisa que ele devolve revirando os olhos, solto um bufo de tédio. O Pedro nem trouxe a pipoca que falou que ia buscar aquele i****a, também não quero assistir mais, me levanto levando as vasilhas para a cozinha e me preparo pra começar organizar aquela bagunça. Depois de ajeitar a cozinha eu arrumo as almofadas da sala e subo pro meu quarto passando bem longe do quarto do Pe, isso é tão entediante, se o Paulo tivesse aqui a gente talvez estivesse jogando vídeo game ou então a gente iria tomar um sorvete na praça, mesmo que eu tenha comido um pote inteiro de sorvete eu não reclamaria de tomar mais um pouco, principalmente se for de chocomenta. Fico mexendo no celular até o sono chegar, é quando eu o largo de mão, me remexo um pouco até achar uma boa posição e relaxo descansando o corpo da viajem. Acordei com meu celular tocando, olhei ao redor confusa e percebi que estava em BH e já eram oito horas da noite, meu celular tava tocando sem parar do meu lado mas o número era desconhecido então evitei as chamadas o máximo que pude. __ Fernanda o pai tá chamando pra jantar __ Ouvi o grito do Paulo e respondi com um "ok". descendo as escadas meu celular começou a tocar novamente e somente por ser a décima ligação eu resolvi atender. __ Alô? __ O outro lado ficou mudo e por um instante eu achei que a ligação tinha caído __ Alguém aí? __ Tá falando com quem Nanda? __ Aí meu Deus que susto p***a, tô falando com ninguém até porque não me respondem mesmo __ Digo com a mão no peito tentando normalizar a respiração. __ Deixa vê o número aí, quem sabe eu não conheça. __ Conhecer o que garoto, o número é desconhecido nem eu sei quem tá me ligando. __ E porque diabos tu atendeu o telefone? __ Pelo amor Paulo, é só que a pessoa me ligou várias vezes então eu decidi ver quem era. Assim que fechei a boca meu celular foi tomado bruscamente da minha mão, enquanto eu tava com cara de trouxa meu celular virou sucata no chão. p***a minhas mensagens e toda a minha galeria de fotos foram perdidas, meu Deus como que vou recuperar minhas contas antigas. __ Mais que c****e! Que m***a tu tem na cabeça Paulo?! d***a, perdi todas as minhas coisas e agora? __ Como diabos aquele filho da p**a conseguiu teu número Fernanda? __ Quem liga pra quem tá me ligando c*****o, m***a meu celular novinho __ Lamento me abaixando pra pegar o que sobrou da minha tela toda quebrada __ Sabe quanto gastei nessa m***a? __ Por quê caralhos o Bernardo tem seu número Fernanda? __ Aquele questionamento não me levava a nada já que nem eu sabia como o Bernardo tinha conseguido meu telefone. __ Que gritaria dos inferno é essa? __ Ouço a voz grave do papai e então mostro meu telefone pra ele. __ Que p***a aconteceu aqui ein? __ O Bernardo conseguiu o número da Fernanda, quem sabe se essa m***a não tá grampeada?! __ Eu sei que o Bernardo é surtado mas porque ele grampearia meu celular? E eu não faço a mínima ideia de como ele conseguiu meu número, se vocês souberem gostaria de ser informada também. O silêncio surgiu quando eu olhei no rosto dos três bom...já que nenhum deles vai me contar algo eu posso tentar descobrir sozinha, o Bernardo me paga, ele só surgiu para destruir meu sossego. __ Quem liga pra isso, deve ter sido um engano e talvez o Paulo tenha se confundido __ Apenas olho pro rosto do Pe e bufo __ Amanhã eu te levo pra comprar outro celular beleza?! Agora vamos comer porque a comida vai ficar fria. Apenas dei as costas e voltei pro meu quarto, talvez eu estivesse sendo dramática mas eu realmente estava chateada pelo meu celular, quem se importa em como o Bernardo conseguiu ou não meu número?!Ele ainda deve ser o mesmo b****a e******o que cruzou o caminho do meu pai. Todos sabem que ele é perigoso então não tem motivo pra ter chilique por conta de um Zé ninguém que quer brincar de ameaçar, espero que ele se f**a. [...] Desci do quarto já arrumada mais não vi nenhum dos meninos e nem o papai em casa então eu decidi ir pedir informação para os "guardas" na minha porta, bom, não foi surpresa descobrir que estavam todos na boca então eu decidi ir até lá. Que m*l faria?! Desci apenas o suficiente pra chegar na boca do morro, e pra ser sincera eu tava incomodada com o tanto de olhada que o pessoal tava me dando, será que tô muito arrumada pra ir na boca ou será porque não se lembram de mim?! Cheguei em uma viela que dá na entrada da boca e fui entrando, notei alguns meninos me olhando e apressei o passo pra chegar mais rápido na porta do escritório do papai. __ Onde pensa que vai boneca? __ Tomo um susto quando um homem de no mínimo 30 anos me para na entrada do escritório. __ Tô aqui pra ver o meu pai. __ E quem é teu pai mesmo, só pra saber. __ Antes que eu pudesse responder a porta se abre, mostrando novamente aquele rapaz que tava na minha casa ontem. Será que é algum aliado?! Sentir seus olhos pararem em mim me deixando constrangida. __ Terminamos por aqui correto Maycon? Não quero perder meu tempo com trivialidades __ A voz grossa e baixa me deixou arrepiada, e mesmo falando com meu pai seus olhos não saíram de cima de mim. __ Diabos eu já fa…__ As falas do meu pai foram interrompida quando seus olhos pousaram em mim __ Fala sério! O que tu tá fazendo aqui Fernanda? __ Vim atrás do Pe, ele disse que ia me levar pra dar uma volta __ Me explico ainda olhando pro garoto na minha frente, acho que ele tem uns 22 ou 24 anos não parece ser tão velho. __ Pedro vaza daqui com a Fernanda, tenho coisa pra resolver com o Ryan __ Disse olhando mortalmente para o homem na frente dele. Então esse é o Ryan que meu tio tanto conversava no telefone, aí mais que d***a. E eu aqui pensando que Ryan era alguém f**o e e******o, ele tem cara de ser importante no mundo do tráfico ou talvez ele seja capacho de alguém da patente alta. Nunca soube qual era a função desse Ryan já que meu tio fazia questão de não me deixar ouvir as conversas ou simplesmente orbitar no mesmo ambiente que ele, percebo seus olhos me encarando de cima a baixo então eu desvio o olhar. Pedro aparece uns dois minutos depois e então vem na minha direção me empurrando pra saída da boca, fico tentada a virar o rosto e olhar novamente mas me seguro, ele é muito bonito sim mas não vale a pena. Meu celular tá arruinado, e meu foco tem que ser nisso, no celular quebrado. E também fiquei com fome ontem a noite por conta das palhaçadas que o Bernardo aprontou, talvez o universo estivesse me fazendo pagar a língua de tanto que eu desejei a morte dele. __ A gente se vê por aí Nanda __ Me viro pra observar sua expressão sentindo Pedro me empurrar para andar mais rápido. Meu nome na boca dele parece diferente, um diferente bom. Organizo meus pensamentos e fecho a expressão, olho novamente pra trás e lhe dou o dedo do meio como forma de extravasar um pouco da minha raiva pelo Bernardo, mesmo que o Ryan não tenha nada a ver com o assunto. Não perco o momento em que um sorriso sarcástico aparece em seu rosto antes de se virar pra falar com meu pai, bufo novamente indignada por ele ser tão lindo.
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