CAPÍTULO 38 TUBARÃO NARRANDO Saí com a Monique coladinha em mim, já no modo missão. Pode achar graça, mas era isso mesmo. A mina tem um cheiro que vicia, uma voz que embriaga e um olhar que te desmonta sem encostar. Não era só desejo, era vontade de cuidar. — Tu veio de carro? — ela perguntou, olhando meio surpresa quando parei do lado do meu Civic preto. — Vim. Sempre venho — falei destravando o alarme. — Sobe aí, princesa. Vou te deixar em casa. Ela hesitou um segundo, mas entrou. Sentou no banco do carona ajeitando o cinto, e eu fui logo dando partida, o som baixinho tocando um trap suave, só pra embalar o momento. Fui guiando devagar pelas vielas, farol baixo, uma mão no volante e a outra ali, de leve, na coxa dela. Não falei nada, mas dava pra sentir no ar que o clima tava pesad

