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Vida cabulosa

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Blurb

Breno, mais conhecido como Cabuloso, é o temido dono do Complexo da Maré. Frio, implacável e viciado em poder, ele nunca se importou com sentimentos, muito menos com limites. Sua vida é cercada por mulheres, drogas e lealdade comprada. Amor? Isso nunca fez parte do seu vocabulário. Até que ela apareceu.Aline, uma jovem determinada e cheia de personalidade, se muda pra Maré pra viver com a irmã mais velha, casada com o sub de Cabuloso. Vinda de uma realidade completamente diferente, ela só queria recomeçar. Mas o destino tinha outros planos… e o nome dele era Cabuloso.Desde o primeiro olhar, Breno decidiu que Aline seria dele. Nem que pra isso ele precisasse destruir a paz que ela tenta construir. Só que o que ele não esperava era encontrar resistência. Aline não é do tipo que se dobra fácil. Ela enfrenta, desafia… e desperta nele sentimentos que ele jurava não ter.Entre o perigo e a paixão, os dois vão travar uma guerra onde o prêmio pode ser o coração — ou a destruição completa.

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1- CABULOSO
LIvro recomendado para maiores de 18 anos, conteúdo explícito!!! Livro escrito em atualização diária, sendo a obra concluída com a publicação do último capítulo e a sinalização de completo pela plataforma. Um pouco sobre a autora: Bruna Mattos, casada, mãe e batalhando para o crescimento da filha mais nova TEA 2. Minha carreira sempre foi focada em romances e os que meu público mais gostam, são no universo de morro. Avisos importantes: Como o universo é morro, traficantes, a linguagem utilizada não é na maioria das vezes o português escrito no dicionário. Mas sim o português falado no dia a dia com suas abreviações de palavras e gírias. Algumas palavras são censuradas pela plataforma, então aparece a primeira letra e ** mais a última letra, exemplo, s**o, seio, quando a autora lembra, ela pode usar o trema sëio e você terá a palavra escrita com uma acentuação não pertinente. Temos uma janela de publicação curta pois conta o horário dá plataforma em Singapura, para termos nossas metas diárias completas, de forma que fazer uma revisão ortográfica antes de publicar, para mim que escrevo em média 4 livros ao mesmo tempo é impraticável. Caso tenham alguma dúvida, ou não entendam algo escrito, podem sinalizar nos comentários do capítulo que eu terei todo carinho do mundo em esclarecer. Eu não escrevo violência doméstica nem tão pouco cenas de estüpro. Espero que gostem de ler um romance diferente que se passa em algum dos muitos morros do Brasil! Lembrando que eu nunca fui em um morro. Então tudo que eu escrevo é fruto da minha imaginação e pura ficção. Livro registrado e com direitos reservados. Capítulo 01 CABULOSO NARRANDO Tem gente que nasce pra viver no corre. Eu nasci pra mandar. Meu nome é Breno, mas ninguém me chama assim. Aqui no Complexo da Maré, eu sou o Cabuloso. E não é apelido à toa. Eu sou o tipo de cara que mete medo até com o olhar. Moreno, alto, corpo trincado, braço fechado de tatuagem. As mina pira, os inimigo respeita, ou morre tentando. Assumi essa p***a aqui quando tinha só dezoito. E não foi por vaidade, não. Foi por sangue. Sangue do meu pai, que morreu defendendo esse morro durante uma invasão. Eu ainda lembro daquele dia como se tivesse acontecido ontem… Era de noite, e o céu tava carregado. Os rádio tudo chiando, geral falando em voz baixa. A invasão começou pelas vielas de trás. Os alemão vieram com tudo. Metendo bala, jogando granada, querendo tomar o que era nosso. Meu pai era o dono dessa p***a na época. Respeitado. Inteligente. Um general. Só que até rei cai quando o castelo tá cercado. A gente tava dentro do barraco principal. Eu, ele e mais uns quatro fiel. A guerra estourou feio. Gente caindo pra tudo que é lado. Eu metendo tiro com a mão tremendo e o coração gritando. Vi meu pai tomando dois no peito. Não chorou, não gritou. Só olhou pra mim e disse: — É contigo agora, Breno. Mostra que tu é sangue meu. Depois disso… foi só escuridão. Mas naquele mesmo dia, ainda com o corpo dele quente no chão, eu subi no caixote no meio da quebrada e falei: — Agora quem manda nessa p***a sou eu. E foi assim que começou o reinado do Cabuloso. Mas a minha história não começou ali, não. Antes disso, eu já tava no corre. Desde moleque. Minha mãe? Nem lembro da cara. Foi embora quando eu tinha um ano, largou eu com meu pai que na época era só vaporzinho da boca, ralando pra trazer leite pra dentro de casa. Nunca apareceu, nunca mandou notícia. Pra mim, é como se tivesse morrido. Cresci vendo o tráfico de perto. Aprendi a contar pino antes mesmo de aprender a contar dinheiro. Enquanto os moleque da escola jogava bola, eu tava aprendendo a montar fuzil com os grandão. Cresci rápido, sem escolha. Meu pai sempre me dizia: – Nesse mundo, ou tu manda, ou tu morre. E eu escolhi mandar. Comecei como olheiro. Depois vapor. Quando vi, já era fogueteiro, depois gerente. Sempre calado, sempre observando. Nunca fui de falar muito, mas quando eu falava, geral ouvia. Foi com sangue, suor e ódio que eu construí minha história. E quando meu pai caiu, eu já tava pronto. O morro era meu, só faltava todo mundo entender isso. E entenderam. Porque eu não pedi respeito. Eu peguei. Na marra. Com mira certeira, coração frio e visão de tubarão. Enquanto muitos queria só fama, eu queria império. Levantei essa favela do chão. Organizei as boca, cortei traíra, impus respeito. Fiz aliança, eliminei inimigo. Hoje ninguém entra ou sai do Complexo da Maré sem minha autorização. Nem polícia, nem bandido, nem pastor. Só tem uma pessoa nesse mundo que eu confio de verdade: o Dudu. Dudu cresceu comigo. Era vizinho de barraco. A gente jogava bolinha de gude junto, roubava fruta no mercado, fazia as merda tudo. Era a coroa dele quem fez o papel de mãe pra mim, tá ligado. Quando meu coroa tava no trampo era ela que. Cuidava de mim. Tenho mó respeito pela dona Cida. Quando entramos no tráfico, foi junto. Ombro a ombro. Vi ele se lascar, se levantar, matar pela quebrada… e nunca me virar as costas. Hoje ele é meu sub. E se um dia eu cair, é ele que assume. Dudu é o único que sabe tudo de mim. Já viu meus momento de raiva, meus ataque de fúria, mas também já me viu calado, sentado na beira da laje com os olho marejado olhando a lua. Ele nunca falou nada, só sentava do lado. E isso pra mim vale mais que mil palavra. Aqui no morro, ninguém tem vida fácil. Mas eu faço o possível pra manter ordem. O tráfico é guerra, mas também é sistema. E eu sou o sistema. Mando nas boca, no armamento, na distribuição. Sei quem tá devendo, quem tá metendo o louco, quem tá vacilando. E se vacilar comigo, já sabe o destino. Sou linha dura. Sem dó. Sem segunda chance. Já queimei traidor com a mão tremendo. Já enterrei parceiro de infância porque tentou me passar a perna. Já tirei criança da boca e botei pra estudar. Já paguei cesta pra viúva de vapor morto. Eu sou o vilão e o herói. Depende de quem conta a história. Mulher? Já tive várias. Nunca me prendi em nenhuma. Não porque não surgiram, mas porque eu não deixei. O coração aqui é trancado. Já vi muito cara cair por causa de bucetä. Eu prefiro o silêncio da solidão do que o choro de uma traição. Tá ligado. Aqui eu nunca vou cair numa dessa. Hoje em dia, minha família é só duas pessoas: Dudu e dona Cida. Dudu porque é meu irmão de caminhada. Sangue que a vida escolheu. E dona Cida… porque foi a única mulher que me deu colo de verdade. Quando eu era pivete, era ela que enxugava meu suor depois de correr da polícia, que passava pomada quando eu ralava o joelho nas viela, que fazia um arroz com ovo como se fosse banquete. Nunca esqueço do dia que ela me deu um tapa na nuca porque eu chamei o pai de um colega de “Zé Droguinha”. Ela olhou no fundo do meu olho e disse: — Aqui em casa tu vai ser homem, não projeto de bandido. Mas o destino me empurrou pra esse lado. E mesmo assim, ela nunca virou as costas. Nem quando virei patrão, nem quando comecei a aparecer nos noticiário. Ela só me chama de Breno. E é a única pessoa que pode fazer isso sem eu me incomodar. Hoje eu moro num palácio no alto do morro. É isso mesmo. Palácio. Não tem outra palavra. Construí com o dinheiro do corre, do sangue, da luta. Casa de dois andares, sacada com vista pra favela inteira, piscina, sala com sofá de couro que mais parece cama. TV de 70 polegada, ar-condicionado em todos os cômodo, cozinha que parece de novela, quarto com hidromassagem e cama king. Na parte de baixo tem uma garagem só pros meus brinquedos: moto, carro blindado, quadriciclo. E quando eu digo que tenho tudo que o dinheiro pode comprar, é porque tenho mesmo. E mais um pouco. Minha roupa é Lacoste, Nike, Puma. Relógio caro no pulso, cordão de ouro grosso no pescoço. Perfume gringo. Quem vê pensa que eu sou jogador. Mas eu sou pior. Eu sou o cara que manda no jogo. O Complexo da Maré me pertence. E cada viela, cada barraco, cada olhar que cruza comigo… sabe disso. Eu nunca precisei pedir nada duas vezes. Se eu falo, acontece. Se eu quero, eu pego. E se alguém tenta impedir… desaparece. Porque quando o Cabuloso decide, o mundo para. Tem quem pense que é exagero, mas só quem vive aqui sabe como funciona. Meus fiel anda armado até na padaria. A contenção roda dia e noite. Os rádio nunca param. Eu sei o que acontece em cada canto do morro antes mesmo de acontecer. E se não souber, o Dudu me conta. Ele é meu ouvido, meu olho, minha sombra. Não sou burro de confiar em muita gente. O mundo do crime é traiçoeiro. Hoje tu é rei, amanhã tá com a cara estampada num muro com vela em volta. Por isso eu mantenho meu círculo fechado. Pouca gente entra, menos ainda fica. Mas quem tá comigo, tá protegido. E não falta nada. Comigo, fidelidade vale mais que sangue. Eu dou casa, dou comida, dou conforto. Dou arma pra quem sabe usar e bala pra quem vacila. Ensino os moleque novo o certo do errado, pelo menos o certo dentro do errado que a gente vive. Tem quem diga que eu sou um tirano. Talvez eu seja mesmo. Mas prefiro ser chamado de tirano do que ver meu povo passando fome, meu morro sendo invadido ou meus parceiro virando estatística. Eu sou o terror de quem ousa bater de frente. Mas sou a mão estendida pra quem veste minha camisa. Já paguei funeral de mãe de vapor. Já mandei buscar remédio de helicóptero pra criança doente. Já coloquei poste, reformei campinho, distribuí cesta. Não é bondade. É política. É visão. Aqui, eu sou o rei. E meu trono não tem almofada. Tem concreto, sangue e coragem. E se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida… é que o homem que tem dinheiro e poder, tem o que quiser. Mulher, respeito, silêncio. Só estalar o dedo. Mas eu também sei que tem coisa que nem dinheiro compra. E é por isso que eu durmo com um olho aberto. Porque o trono é confortável… mas nunca é seguro. E eu tô pronto pra matar e morrer por ele. Continua ..... As atualizações diárias começam dia 16/07

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