CAPÍTULO 97
MONIQUE NARRANDO
Fiquei alguns segundos olhando pra ele, sem saber se respondia ou se fingia que não tinha ouvido direito. Mas como fingir? Ele tinha falado olhando dentro dos meus olhos, com aquela firmeza que não dava espaço pra dúvida.
O jeito que o Tubarão me encarava… parecia que queria gravar a minha reação, como se precisasse ter certeza que eu tinha entendido. E eu entendi.
Desviei o olhar, mordendo o canto da boca pra disfarçar a confusão que ele tinha acabado de causar dentro de mim. Eu nunca gostei da ideia de depender de homem nenhum, sempre quis ter meu corre, minha independência… mas quando ele disse “eu sou o teu homem”, não soou como prisão, soou como proteção.
Respirei fundo e tomei um gole do café, tentando quebrar o clima.
— Tu fala umas coisas… — murmu
