CAPÍTULO 18 ALINE NARRANDO Saí dali com o coração disparado e as pernas firmes só por fora, porque por dentro… eu tava tremendo. A batida da música lá de fora parecia vir de dentro de mim. Cada passo que eu dava no corredor apertado era uma tentativa de não olhar pra trás. Mas eu sabia. Sabia que ele ainda tava ali. Me olhando. A voz dele ainda martelava na minha cabeça. Aquele tom baixo, rouco, cheio de certeza. –Tava te esperando. Quem é que fala isso assim, com tanta calma, como se já soubesse o fim da história? Cheguei de volta no camarote, respirei fundo e forcei um sorriso quando a Adri olhou pra mim. — Tá tudo bem? — ela perguntou, dando um gole no copo. — Tá — menti. — Só fui no banheiro mesmo. Ela me observou por uns segundos, como se tivesse farejando alguma coisa,

